A BATALHA FINAL

Por Marcos Guimarães Castello Branco | 25/03/2020 | Sociedade

A teoria daqueles que condenam a quarentena geral para frear a pandemia do COVID19 e priorizam salvar a economia ao invés das pessoas parece realmente perfeita:

  • A volta ao trabalho dos mais jovens e menos susceptível à doença permitiria retomar rapidamente o crescimento econômico;
  • Os efeitos mais severos da falta de atendimento médico nas populações e áreas carentes também reduziriam parcela significativa dos pobres e miseráveis no mundo;
  • A maior letalidade da doença nos idosos também resolveria o problema do déficit da previdência.

    Quer plano mais perfeito que este para economia do planeta?

Por outro lado, a recém retomada da recuperação econômica e a normalização das atividades na China, remetem ao outro lado da questão:

  • Seriam os chineses realmente responsáveis por um plano maquiavélico de destruir os paradigmas ocidentais do livre mercado?
  • O desespero e o pânico dos capitalistas com a corrosão de seu patrimônio acumulado os levam a contestar e cobrar soluções mágicas de seus gurus financeiros, consultores e gestores de investimento;
  • Na contramão desta tendência a maior operadora de comunicações móveis do mundo China Mobile acaba de anunciar que deve triplicar suas estações rádio-base e usuários de 5G ainda em 2020;
  • No desespero da pandemia, diversas empresas ocidentais instaladas na China estão sendo compradas por seus anfitriões a preços de liquidação;
  • Os desenvolvimentos tecnológicos chineses, especialmente no campo da Inteligência Artificial, também demonstram sua capacidade de liderança no mundo, especialmente, num momento em que as maiores mentes do ocidente estão voltadas para soluções emergenciais na área da saúde e da sobrevivência econômica.

Seria este cenário um momento de reflexão para que a humanidade busque um maior equilíbrio entre bens materiais e bens espirituais?

Esta pode ser a batalha final de nossas vidas antes que sejamos extintos do planeta ou, ao invés, consigamos a tão almejada harmonia e convivência entre os povos, raças e credos idealizados pelos sonhadores e também cantados pelo saudoso John Lennon em sua composição “IMAGINE”.