A auto Gestão da Sabesp com o impacto na Sustentabilidade

Por Aline Eliane | 20/04/2016 | Ecologia

Resumo

A Sabesp através de seus processos de inovação, sempre buscou melhorar seus produtos e serviços, com soluções modernas e sustentáveis. Através deste artigo queremos demonstrar o quanto a Sabesp vem contribuindo para sustentabilidade em nosso pais. A nossa metodologia foi à pesquisa quantitativa mostrou através de resultados o quanto a Sabesp vem desenvolvendo projetos para utilização consciente da água, o que demonstra isso é o Projeto Aquapolo, que em 2011 foi premiado com o segundo lugar no Global Water Awards, é a maior conferência de negócios para a indústria da água em todo o mundo. Os prémios reconhecem as conquistas mais importantes na indústria internacional da água dentro de várias categorias, com projeto Aquapolo é o maior empreendimento para produção de água de reuso do hemisfério sul e o quinto maior do planeta. Ele foi idealizado para gerar cerca de 1.000 litros de água de reuso industrial por segundo, o suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes, assim podemos considerar que este projeto significa desenvolvimento, sustentabilidade, qualidade de vida, pioneirismo tecnológico e conscientização sobre o uso racional do recurso natural mais valioso da humanidade.

Palavras Chaves: reuso água, Sabesp, sustentabilidade.

1        Introdução

              A nossa comunidade vive a imposição acima do processo hídrico beira o intolerável. O saneamento básico é uma área que temos a obrigação de olhar com vasta atenção, principalmente em um país onde há muito a ser feito para o crescimento ao acesso à água, coleta, tratamento de esgotos e reuso de água. No tratamento da indagação ambiental a um conjunto introduzido da administração de recursos hídricos, certificando, o começo de preservação e comando dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, com precedência ao abastecimento da população. A à água de reuso é produzida no interior das Estações de Tratamento de Esgoto, pode ser utilizada para inúmeros destinos, como geração de energia, refrigeração de equipamentos, aproveitamento nos processos industriais e limpeza de ruas e praças. Vale ressaltar que todo processo de produção da água de reuso da Sabesp é assegurado pelo sistema de gestão ISO 9001:2008, obedecendo a rigorosos parâmetros de qualidade.

              Segundo REBOUÇAS (2004), no Brasil, a conta de água e esgoto já compromete cerca de 1% da renda per capita, enquanto em países desenvolvidos os valores variam entre 0,3 e 0,8%.

              A Sabesp integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - BM&FBOVESPA desde a carteira 2007/2008, sendo a única empresa do setor de saneamento a compor esse índice, que reflete o desempenho das ações de empresas que apresentam alto grau de comprometimento com sustentabilidade e responsabilidade social.

              No mercado competitivo e em plena ascensão, mantém a companhia em constante busca das melhores práticas de gestão de pessoas. Com trabalho qualificado e o crescimento sustentável da empresa, compartilha experiência, ideias e valores, para contribuir com o desenvolvimento do capital humano e agregar valor ao negócio e promover a excelência em gestão.

              Soma-se às preocupações com abastecimento, as enormes perdas e desperdícios encontrados no setor de saneamento. As concessionárias, no Brasil, apresentam índices de perdas totais variando entre 40% e 60% da água captada. Essas enormes perdas, tanto as físicas, com o vazamento real de água pelas tubulações, quanto as não físicas, com falhas de cobrança e recolhimento das tarifas de água, aumentam os encargos dos que pagam.

  Como a Sabesp se destaca no mercado competitivo, descrevendo, analisando, elaborando um diagnóstico adequado e apresentando propostas pertinentes para a execução de uma visão sustentável com o reuso de água:

  1. Aos atuais desafios de gestão empresarial em geral e
  2. Aqueles específicos do segmento econômico no qual atua a organização.

  Neste trabalho também foi aplicado a “Estratégia do Oceano Azul”, que visa identificar na empresa alguma oportunidade para criar novos mercados, atuando com algum produto ou serviço pouco explorado ou inexistente, tornando neste cenário a concorrência irrelevante.

2        Métodos

              A metodologia de pesquisa usada foi bibliografia e por meio de estudo de caso. A pesquisa qualitativa nos permite verificar a causa raiz do problema estudado. De acordo com Severino (2007), preferível falar de abordagem quantitativa, de abordagem qualitativa, pois, com estas designações, cabe referir-se a conjuntos de metodologias, envolvendo diversas referências epistemológicas.

              Realiza-se o levantamento bibliográfico por meio de leituras de artigos, livros e sites, que tinham obras de acordo com a temática abordada.

              O estudo do tema abordado foi feito de uma pesquisa de campo com a abordagem qualitativa realizado na empresa Sabesp, de saneamento básico, localizado no estado de São Paulo, em outubro de 2015.

3        Resultados

              A água de reuso é obtida através do tratamento qualificado dos esgotos gerados pelos imóveis ligados à rede coletora de esgotos. Pode ser utilizada em processos que não requerem água que seja potável, mas sanitariamente segura, gerando a redução de custos e garantindo o uso racional da água. Ela é fornecida pela sabesp, essa água  é disponibilizada somente para: Indústrias, empresas de construção civil, prefeituras, comércio, transportadoras, pois, não é potável. Por isso, não pode haver nenhum tipo de uso/consumo humano, apesar de sua aparência ser semelhante à potável.

              Para transportar essa agua é utilizada caminhões pipas que  são contratados  pela própria empresa. A Sabesp desenvolve ações e tecnologia com vistas a ampliar o reusa de efluentes gerados a partir do tratamento de esgotos para fins industriais, refrigeração de equipamentos e outras aplicações não potáveis.

              Nesta direção, uma das principais realizações da empresa foi a entrada em operação do Aquapolo Ambiental, uma parceria da Sabesp com a Foz do Brasil (Grupo Odebrecht), que formaram uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). O Aquapolo terá capacidade para fornecer até mil litros por segundo para o Polo Petroquímico de Capuava, no ABC paulista. Com o Aquapolo, a Sabesp ampliou em 13 vezes a sua produção de água de reuso.  Hoje, é possível fornecer 395 milhões de litros de água por mês nas estações de tratamento de esgotos ABC, Barueri, Parque Novo Mundo, São Miguel Paulista e Jesus Neto.

4        Discussão

              A Sabesp é uma empresa de economia mista responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 363 municípios do Estado de São Paulo. É considerada uma das maiores empresas de saneamento do mundo em população atendida.

              São 27,7 milhões de pessoas abastecidas com água e 20,6 milhões de pessoas com coleta de esgotos.

              Em parceria com empresas privadas, a Companhia também atua em outros quatro municípios, Mogi-Mirim, Castilho, Andradina e Mairinque, além de realizar serviços de consultoria, no Panamá e em Honduras, e parcerias com as concessionárias estaduais de saneamento dos Estados de Alagoas e Espírito Santo.

              No período de 2012 - 2015 para ser oferecido serviços de qualidade é mantido uma gigantesca estrutura com investimentos de cerca de R$ 9 bilhões,  á na sua área de atuação, a empresa possui um planejamento  para até  2018 de aproximadamente          R$ 8 bilhões, na qual pretende avançar seu compromisso no cumprimento da universalização, sustentabilidade e responsabilidade nos serviços de água e esgoto. Além dos serviços de saneamento básico, a Sabesp está habilitada a atuar nos mercados de drenagem, serviços de limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e energia.

              Pense nas grandes inovações dos últimos anos, todas as grandes ideias surgiram da observação do mercado consumidor: suas dificuldades, cultura, valores, necessidades. Se as empresas focarem nas necessidades e desejos de seus clientes e não nas suas próprias necessidades seriam mais competitivas, mais inovadoras, mais criativas, e realmente se destacariam no mercado.

              Alterações significativas foram percebidas nas características do trabalho, nas estruturas organizacionais e nas características da gestão empresarial, gerando novas interpretações inclusive sobre a perspectiva da gestão de pessoas na dinâmica empresarial (OLIVEIRA e PICCININI, 2011; DUTRA, 2013).

              A maioria das organizações ainda aplica sistemas tradicionais de remuneração baseados nas “descrições de atividades e responsabilidades de cada função” (LIMA, 2009, p.49). Esta é a remuneração funcional, que já não é mais suficiente para recompensar adequadamente os esforços despendidos pelos empregados e está se tornando um entrave à evolução do processo de mudança organizacional e ao crescimento da empresa (LIMA, 2009; GHENO e BERLITZ, 2011). Diante disto, muitas empresas vêm substituindo a remuneração funcional por modelos mais flexíveis, focados em metas e no trabalho em equipe (LIMA, 2009) como meio de impulsionar o alcance dos seus resultados esperados (GHENO e BERLITZ, 2011). É importante que as organizações modifiquem a visão da remuneração como fator de custo para uma visão da remuneração como impulsionadora da competitividade (DUTRA, 2013).

              Segundo Cavazotte et al. (2012), o acelerado ritmo das transformações pelo qual passa o ambiente empresarial leva o mercado de trabalho a oferecer múltiplas oportunidades que colocam o empregado em posição de gerir sua carreira com mais autonomia. Salários atraentes e competitivos são objeto de pesquisa e atenção por empregados e empregadores.

              Este cenário demanda processos e soluções inovadoras exigindo altos níveis de produtividade, competitividade e ainda a incorporação de novos princípios relativos à remuneração.

             O ano de 2013 foi marcado por grande avanço em direção ao aprimoramento da eficiência dos processos internos da companhia, com o início da implantação de um ERP- Enterprise Resource Planning (sistema integrado de informações empresariais), composto pelo software da SAP e por um software comercial e de relacionamento com os clientes, da empresa Engineering. O projeto, intitulado SiiS (sistema integrado de informações Sabesp), estará em operação no segundo semestre de 2014, oferecendo maior confiabilidade e assertividade para a tomada de decisões, tanto nas áreas financeiras e comerciais quanto no âmbito da governança corporativa. Isso será possível a partir da disponibilização de informações integradas, consolidadas e em tempo real.

              Outro aspecto na vantagem competitiva está na mudança da cultura organizacional, a ser incorporada pelo conjunto de colaboradores, devido à necessidade de alteração nos atuais processos, para adotar as melhores práticas de mercado. Foi formada uma equipe em 2013 compostas de aproximadamente de 150 profissionais, de todas as áreas da Sabesp, com objetivo de desenvolvimento do projeto.

              O projeto contempla também as ações necessárias para preparar a empresa a atuar nesse novo ambiente. Portanto, todos os atuais procedimentos estão sendo revistos e adaptados e os 15.015 funcionários empregados serão treinados, utilizando-se a estratégia de multiplicadores do conhecimento formados pelas equipes alocadas no projeto. Também foi criada uma rede de Agentes de Mudança, cerca de 300 colaboradores de todas as unidades que tem a missão de disseminar os novos processos para todos os demais empregados da empresa.

Referências

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CAVAZOTTE, F. S. C. N.; LEMOS, A. H. C.; VIANA, M. D. A. Novas gerações no mercado de trabalho: expectativas renovadas ou antigos ideais? Cadernos EBAPE. BR, v. 10, n. 1, p. 162-180, 2012.

OLIVEIRA, S. R.; PICCININI, V. C. Mercado de trabalho: múltiplos (des) entendimentos. Revista de Administração Pública, v. 45, n. 5, p. 1517-1538, 2011.

SABESP - RELATÓRIO. Relação companhia/sindicatos. 21/06/2013. Disponível em: <www.ecoinfo.com.br/comunicações/SABESP/> Acesso em: 14 de setembro 2015 as 15h30min.

Kim, WC; Mauborgne, R.A estratégia do oceano azul; como criar novo mercado e tornar a concorrência irrelevante. Rio de janeiro: Elsevier, 2005.

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SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho cientifica. 23. ed.rev e atual. São Paulo Cortez, 2007.

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HESPENHO; Ivanildo. Revista Brasil engenharia Junior, Paulo Bezerril. Revista Brasil engenharia. A Estratégia do Oceano Azul. Disponível em:<http://w3.ufsm.br/proplan/images/stories/file/Outros/Estrategia_oceano_azul.pdf> Acesso em 27 de outubro de 2015 as 17h15min.

Marques, Andrea; Pretto, Tiago Luis. Kim,WC; Mauborgne, R.A estratégia do oceano azul; como criar novo mercado e tornar a concorrência irrelevante. Rio de janeiro: Elsevier, 2005.

AGESPISA/PI, Índice Engenharia compartilhada, Saneamento e recurso hídrico. Disponívelem:<http://www.engenhariacompartilhada.com.br/secoes.aspx?capitulo=37977>. Acesso em: 25 de outubro de 2015 as 22h09min.

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