A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO DO BULLYING ESCOLAR

Por Priscilla Gonçalves Pereira | 04/11/2024 | Psicologia

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO DO BULLYING ESCOLAR

Priscilla Gonçalves Pereira

Édina Cristina Rodrigues de Freitas Alves

 

RESUMO

O Bullying é nova forma de violência escolar, que promove agressão, opressão, dominação e subjugo pela força em relação aos oprimidos. Uma das formas de combatê-lo é a presença do psicólogo nas escolas, que junto a equipe gestora, poderá proporcionar ações para a identificação e maneiras de enfrentamento. Em uma escola estadual do município de Itumbiara-GO, os casos de bullying são recorrentes, e projetos de intervenção devem ser realizados. O objetivo geral deste trabalho foi compreender como o psicólogo pode adotar para minimizar o bullying dentro das instituições de ensino. Sobre o bullying, Pereira (2019, p. 7) destaca que ele é uma dinâmica psicossocial expansiva que envolve um número cada vez maior de crianças e adolescentes, é um problema epidêmico, motivo pelo qual deve ser considerado questão de saúde pública, e no intuito de combatê-lo tem-se a hipótese do problema que foi: A aplicação do projeto de intervenção contribuirá para a diminuição do bullying no CEPI Dom Veloso? No intuito de responder ao problema norteador algumas ações, com cunho pedagógico e psicológico, foram realizadas em um modelo de dinâmicas e discussão grupal para promover a mobilização dos estudantes e intervenção terapêutica.

 

Palavras-chave: Bullying; Educação; Papel do Psicólogo.

 

ABSTRACT

Bullying is a new form of school violence, which promotes aggression, oppression, domination and subjugation by force towards the oppressed. One of the ways to combat it is the presence of a psychologist in schools, who, together with the management team, can provide actions for identification and ways of coping. In a state school in the municipality of Itumbiara-GO, cases of bullying are recurrent, and intervention projects must be carried out. The general objective of this work was to understand how psychologists can adopt to minimize bullying within educational institutions. Regarding bullying, Pereira (2019, p. 7) highlights that it is an expansive psychosocial dynamic that involves an increasing number of children and adolescents, it is an epidemic problem, which is why it must be considered a public health issue, and in the in order to combat it, the problem is hypothesized: Will the application of the intervention project contribute to the reduction of bullying at CEPI Dom Veloso? In order to respond to the guiding problem, some actions, with a pedagogical and psychological nature, were carried out in a model of group dynamics and discussion to promote student mobilization and therapeutic intervention.

 

Keywords: Bullying; Education; Role of the Psychologist.

 

 

 

 


 

1. INTRODUÇÃO

Uma nova forma de violência escolar vem ganhando corpo nos últimos anos, promovendo agressão, opressão, dominação e subjugo pela força em relação aos oprimidos. Tal situação trata-se do fenômeno bullying, e também do cyberbullying, que ocorre no ambiente virtual. Ambas situações são uma preocupação da sociedade em geral, e em especial, de pais e/ou responsáveis e da instituição escolar, onde o ato é mais recorrente.

A visibilidade deste fenômeno como um problema social aumentou ao longo dos anos, principalmente devido ao aumento do bullying dentro das instituições escolares, um ambiente de bastante diversidade, e, portanto, propício a conflitos. Destarte, a instituição escolar, deve estar preparada para esta situação, e conforme as bases legais, ela deve proporcionar ações preventivas para a prevenção e/ou resolução deste problema, quando ele surgir na escola. Dentre as várias ações que podem ser realizadas para combater este problema, a institucionalização das regras ao combate do bullying e do cyberbullying devem ser claras e objetivas, e constar no Projeto Político Pedagógico – PPP, Regimento Escolar e Regimento interno da escola.

Uma das formas de combater o bullying e o cyberbullying é a promoção de um local que fortaleça o respeito mútuo, o diálogo e a escuta ativa com os estudantes. Nesse ínterim, ações podem ser promovidas, por meio de realização de palestras, de projetos e oficinas, podendo tais ações contar com parcerias externas, seja de instituições públicas ou privadas, ou de profissionais autônomos, que possam esclarecer a importância de denúncia, do falar com a família, colegas, professores e com a instituição escolar, e de conhecer a legislação acerca deste problema.

Dentre estes profissionais, a figura do psicólogo é fundamental, pois ele é apto a realizar ações de prevenção e enfrentamento deste tipo de violência escolar, contribuindo em direção à construção de relações interpessoais mais saudáveis. Desta forma, este profissional deve estar inserido no ambiente escolar, conhecer sua realidade, participando ativamente do dia a dia dos discentes. Assim, o agir do psicólogo, em conjunto com a equipe gestora escolar, poderá proporcionar ações para a identificação do bullying e as maneiras corretas de como combatê-lo, e de como proceder com a vítima, orientando assim, toda a comunidade escolar.

Neste contexto e diante esta situação, essa pesquisa-ação de intervenção vem de encontro com esta realidade, no intuito de contribuir com atividades, inicialmente de investigação e sondagem, e posteriormente executar interferências planejadas com os discentes de uma escola pública estadual do município de Itumbiara -GO. Destarte, a questão investigativa deste projeto de intervenção é: Como o psicólogo pode atuar no ambiente escolar para mitigar ações de enfrentamento do bullying?

Portanto, no intuito de obter respostas para tal indagação, o objetivo geral foi  compreender como o psicólogo pode contribuir para minimizar o bullying dentro das instituições de ensino; e os objetivos específicos foram: a) verificar quais medidas específicas são adotadas pela unidade escolar para o enfrentamento do bullying; b) compreender os principais fatores que podem ocasionar o bullying nas escolas; c) identificar, de forma ativa, as possibilidades de contribuições do psicólogo para a prevenção do bullying escolar.

Sendo o bullying um fenômeno considerado como um problema social transfronteiriço, que adentra a escola, e onde a incidência deste fenômeno é maior, a presença de um psicólogo na escola se faz importante. Desta forma, este trabalho de intervenção se justifica devido à sua contribuição social e científica, haja vista que a temática ainda é um problema que precisa ser investigado e debatido, visto que se tem a pretensão de contribuir com esta temática, além de aprofundar o conhecimento para o enfrentamento no contexto educacional.

 

2. O BULLYING, A ESCOLA E O PSICÓLOGO

            Para que haja uma maior compreensão do bullying, como problema social que prejudica o desenvolvimento social, afetivo e cognitivo dos alunos, assim como do papel do psicólogo no enfrentamento deste, são necessários estudos de seu conceito, tipos, legislação, e como a psicologia, no papel do psicólogo, pode interagir neste processo.

Diante desta premissa, o bullying, de acordo com Pereira (2019, p. 7) “é uma dinâmica psicossocial expansiva que envolve um número cada vez maior de crianças e adolescentes, é um problema epidêmico, motivo pelo qual deve ser considerado questão de saúde pública”; e Braga e Lisboa (2014, p.1) destacam que:

 

Bullying é, portanto, o fenômeno pelo qual uma criança ou adolescente é sistematicamente exposta/o a um conjunto de atos agressivos (diretos ou indiretos), que ocorrem sem motivação aparente, mas de forma intencional, protagonizados por um/a ou mais agressor/es. Esta interação grupal é caracterizada por desequilíbrio de poder e ausência de reciprocidade, uma vez que a vítima possui pouco ou quase nenhum (Braga; Lisboa, 2014, p.1).

 

 

            Diante desta explicação, verifica-se que no ambiente escolar no que se refere ao bullying há dois tipos de pessoas, o agressor e a vítima. O agressor, segundo Santos (2019, p. 13) muitas vezes é aquela “pessoa reprimida, que aprendeu a agir de forma que esconda seus sentimentos como pessoa dócil e amigável, a pessoa quer dar a impressão de que é melhor do que os outros por ser uma pessoa insegura”. A vítima do fenômeno, é aquela pessoa que “sofre repetidas vezes a agressão e não resolve uma situação por não conseguir se importar, na maioria das vezes essa vítima é tímida, insegura, submissa e possui baixa autoestima, que impede de reagir contra a violência sofrida (Fante, 2005, p. 71).

            Contudo, conforme Toro et al. (2010, p.127) são três os envolvidos nestas práticas: “[…] o bullying não envolve apenas a vítima e o agressor, mas também os sujeitos que testemunham, presenciam e, muitas vezes, por medo ou por não saberem reagir, calam-se diante da violência”.

            Em relação às vítimas do bullying, Oliveira (2018, p.312) reforça que estas pessoas “não sofrem consequências apenas na sua vida escolar, estes alunos sofrem dificuldades por toda a sua vida, se torna uma pessoa insegura em tudo na sua vida, desde a sua aparência física até nas decisões a tomar”.

            Pelo exposto, percebe-se que este agressor, é uma pessoa que possui problemas de infinitas ordens sociais, emocionais e psicológicas, e encontra na agressão um meio de extravasar estes sentimentos de repressão, e a vítima sempre será aquela pessoa, que de alguma forma terá comprometimentos, principalmente aqueles de ordem psicológica.

            Lopes Neto (2005, p. 18) explica que há dois tipos de ações de bullying: “diretas: físicas (bater, chutar, tomar pertences) e verbais (apelidos, insultos, atitudes preconceituosas); e indiretas: relacionam-se com disseminação de histórias desagradáveis, indecentes ou pressões, para que a pessoa seja discriminada e excluída de seu grupo social”.

            Frente às estas ações, que ocorrem, principalmente no ambiente escolar, e que se refletem fora dele, em 6 de novembro de 2015, a Lei N. 13.185, institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying), caracterizando-o e classificando seus tipos de intimidação sistemática, de acordo com as ações praticadas. Esta classificação do bullying foi dada no artigo 3º da referida lei, sendo ela:

 

Verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente; b. Moral: difamar, caluniar, disseminar rumores; c. Sexual: assediar, induzir e/ou abusar; d. Social: ignorar, isolar e excluir; e. Psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar; f. Físico: socar, chutar, bater; g. Material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem; h. Virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social (Brasil, 2015).

 

Assim, percebe-se que há vários meios em que os agressores podem vitimizar uma pessoa, e que no ambiente escolar, todos eles podem ocorrer, sendo que eles não devem ser tratados apenas como um problema escolar, mas sim da sociedade, e neste ínterim, a aplicação da Lei deve se fazer presente, como orientado no artigo 5º desta: “É dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)”.

Dessa forma, cabe às instituições escolares promoverem ações de combate e enfrentamento ao bullying, conforme sua realidade, sendo que uma convergência de tais ações pode estar na inserção do psicólogo escolar. Tal presença se justifica, pois, segundo Paz e Fraga (2022, p. 36), o bullying, por se “tratar de uma forma de violência que consiste em um potencial fator de risco para diferentes implicações a nível de saúde mental, é importante que o bullying seja devidamente manejado e, idealmente, prevenido”, e neste caso, o papel do psicólogo é muito importante.

A presença do psicólogo no ambiente escolar ajudará a instituição educacional ao “problematizar esse fenômeno com toda a comunidade escolar, envolvendo alunos, educadores e família, bem como, desenvolver ações nas escolas sobre a ineficácia da culpabilização dos sujeitos como os únicos responsáveis pelos episódios de bullying” (Mezzalira; Fernandes e Santos (2021, p. 4).

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2007), citado por Martins e Piason (2022):

 

O Psicólogo Escolar atua no contexto educacional realizando pesquisas, diagnósticos e intervenções preventivas, a sua análise envolve todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de aprendizagem. Tendo como objetivo principal mediar situações no que diz respeito ao desenvolvimento humano e suas relações, promovendo intervenções com o intuito de prevenir eventos futuros (Conselho Federal de Psicologia 2007, citado por Martins; Piason, 2022, p. 873).

 

            Diante das possibilidades de trabalho do psicólogo escolar, Freire e Aires (2012) enfatizam:

Estando o psicólogo ligado à instituição, ele tem a possibilidade de atuar como agente de mudanças, capaz de promover reflexões a respeito do tema da violência, podendo, assim, conscientizar os agentes institucionais sobre os seus papéis, garantindo a construção de relações mais saudáveis e evitando o surgimento de qualquer forma de violência nas escolas. Nessa perspectiva, o profissional de Psicologia deve começar seu trabalho mapeando a instituição, conhecendo como estão sendo estabelecidas as relações, os conflitos existentes e as contradições institucionais que podem propiciar a problemática estudada (Freire; Aires (2012, p.58).

 

            Portanto, frente aos benefícios que a presença do psicólogo em uma instituição escolar pode oferecer, e frente à problemática norteadora deste trabalho de intervenção a ser realizada no CEPI Dom Veloso, as ações interventivas propostas foram idealizadas com o propósito de melhor atingir o público-alvo desta, e auxiliar no trabalho de fortalecimento das relações interpessoais da unidade escolar.

 

 

 

3. METODOLOGIA

            Os procedimentos metodológicos conduzidos nessa pesquisa-ação de intervenção seguiram uma sequência cronológica de desenvolvimento de ações, para que fosse possível chegar ao resultado da pesquisa-ação educacional, que segundo Tripp (2005, p. 445) é “uma estratégia para desenvolvimento de professores e pesquisadores de modo que eles possam utilizar suas pesquisas para aprimorar seu ensino e, em decorrência, o aprendizado de seus alunos”.

            Ressalta-se que a ideia de promoção dessa pesquisa-ação de intervenção surgiu de observações das autoras, que são professoras na unidade escolar, e convivem diariamente em salas de aulas, onde muitos alunos apresentam comportamentos agressivos, principalmente verbais, e que muitas vezes ofendem, seus colegas de maneira verbal, moral e psicológica.

Nesse ínterim, viu-se a necessidade de realizar ações em combate e prevenção a este tipo de comportamento e situação. Para tal, foram realizadas pesquisas bibliográficas a respeito do bullying, e como a psicologia pode ajudar neste processo, e a partir desta, foram delineados os procedimentos metodológicos a serem realizados nesta intervenção.

Desta maneira, após esta etapa, realizou-se uma reunião com a equipe gestora da unidade escolar (gestora e coordenadora pedagógica) para ver a possibilidade de realização deste trabalho de intervenção, onde foram apresentadas as causas que levaram à sua construção, e as ações desenvolvidas com os alunos da unidade escolar, por meio da aplicação de palestra, dinâmicas e discussão grupal, apresentadas no Quadro 1, e o detalhamento de cada atividade encontra-se descrito no Quadro 2.

Quadro 1: Metodologia de ação do Projeto de Intervenção.

Atividade

Breve Descrição

Avaliação da Atividade

Aplicação de questionário eletrônico no Google Forms para averiguação de casos de bullying na unidade escolar.

 

 

O questionário foi aplicado aos alunos do ensino fundamental da unidade escolar, sendo disponibilizado seu link, via WhatsApp, ao grupo de conversação das turmas.

Ocorreu por meio da análise dos dados obtidos pelas respostas discentes. Estes dados servirão de subsídio para futuras ações de combate e enfrentamento ao bullying, a serem construídas em conjunto com a gestão escolar.

Realização de palestra interativa.

A palestra consistiu de uma orientação sobre o que é o bullying, como ele se caracteriza, quais são os seus agentes e suas consequências

Ocorreu por meio da participação efetiva dos envolvidos, pois a atividade foi interativa.

Os pontos mais relevantes servirão de subsídio para futuras ações de combate e enfrentamento ao bullying, a serem construídas em conjunto com a gestão escolar.

Exibição de um vídeo e fragmentos de um filme e Roda de Conversa.

Os alunos foram convidados a anotarem em seus cadernos, os pontos que consideraram mais relevantes acerca da visualização de um vídeo e de fragmentos de um filme expostos, para posterior conversação e debates.

Ocorreru por meio da participação efetiva dos envolvidos na Roda de Conversa. Os pontos levantados nesta roda de conversa servirão de subsídio para futuras ações de combate e enfrentamento ao bullying, a serem construídas em conjunto com a gestão escolar.

Realização da Dinâmica: “Desenvolvendo a Empatia”.

Os alunos escreveram em um papel algum defeito, dificuldade, vergonha, sem se identificar, e depois colocaram-os em balões. Em roda, e ao som de uma música, os alunos passaram os balões. Quando a música parou, um a um, os balões foram estourados, o papel lido, e realizados questionamentos acerca do que estiver escrito no papel.

Ocorreu por meio da participação e envolvimento dos alunos, e pelas palavras escritas nos balões, pois estas serão recolhidas, para servirem de subsídio para futuras ações de combate e enfrentamento ao bullying, a serem construídas em conjunto com a gestão escolar.

Encerramento: Roda de Conversa e Sugestões

Os alunos, em roda de conversa, falaram sobre seus sentimentos em relação às ações desenvolvidas no projeto de intervenção, e após, foram convidados a escrevem em papeis, sem identificação, sugestões para o combate e enfrentamento ao bullying na escola. Estes papéis serão colocados em uma caixa lacrada.

Ocorreu por meio da participação e envolvimento dos alunos, e pelas palavras escritas nos papéis da caixa lacrada, para servirem de subsídio para futuras ações de combate e enfrentamento ao bullying, a serem construídas em conjunto com a gestão escolar.

Fonte: Elaborado pelas autoras.

 

Quadro 2: Detalhamento das atividades propostas a serem realizadas no projeto de intervenção, no CEPI Dom Veloso.

Atividade

Detalhamento

Primeiro Encontro

Aplicação de questionário Google Forms.

 

 

Os alunos foram levados para o auditório da unidade escolar, e lá, eles foram informados do objetivo do encontro, que consistiu em responder a um questionário Forms, sobre a incidência do bullying na unidade escolar.

Para os alunos responderem ao questionário, eles utilizaram seus dispositivos móveis, smartphones, ou os chromebooks da escola, que já estavam organizados em mesas com cadeiras, e com a janela da internet aberta no link do formulário. Antes do preenchimento, houve um momento de acolhida, com uma música relaxante ao fundo, e após todos acomodados, perguntou-se sobre o conhecimento deles acerca do bullying. Após as devidas respostas, elas foram anotadas em um quadro branco, e os alunos foram convidados a responderem ao formulário em questão. O link do formulário foi disponibilizado no grupo de conversação WhatsApp das salas, e os alunos foram informados que teriam até 15 minutos para respondê-lo. Passado esse tempo, os alunos foram agrupados em 5 componentes e receberam a cópia da letra ‘Bullying, Sai Pra Lá’, recortada em versos, para que eles podessem montar, a sequência correta. Na ocasião, a música estava passando ao fundo. Os alunos tiveram 30 minutos para o desenvolvimento desta atividade, e finalizado o tempo, eles tiveram a oportunidade de falar o que sentiram ao responder ao questionário, e ao desenvolver a atividade proposta, em relação ao bullying. Finalizada esta etapa, aconteceu os agradecimentos de participação e os alunos foram dispensados para retornarem para suas salas de aula.

Sítio eletrônico das músicas:

·         Bullying, Sai Pra Lá - DVD Super ECA

 https://www.youtube.com/watch?v=zv2pKABQhDo

·         Música para Relaxar e Tranquilizar o Coração | Reduz Ansiedade | Sons Relaxantes da Natureza

https://www.youtube.com/watch?v=DvM1AQLgoLc

Segundo Encontro

Realização de palestra interativa.

Os alunos foram levados para o auditório da unidade escolar, e lá, eles foram informados do objetivo do encontro, que consistiu em uma palestra interativa, com uso de celulares pessoais, em momentos específicos da palestra.

Para dar início à palestra, foi disponibilizado em link do Mentimeter, onde os alunos escreveram uma palavra que remetia à ideia do bullying, as palavras foram escritas no quadro branco, para embasar o início das explicações, tais como: agressividade (ou agressão), zoar, ofender, bater, amedrontar, dentre outras.

Após essa interação inicial, iniciou-se à exposição dialogada, com apresentação:

·          da origem da palavra e seu significado;

·         das características que as ações precisam ter para serem enquadradas como bullying;

·         das diferentes formas de intimidação;

·         da diferença do bullying para desentendimentos.

 

Durante as explicações, houve momentos de questionamentos, e interatividade com os alunos. Em um segundo momento, foi questionado aos alunos se eles conheciam as classificações do bullying, e após as possíveis respostas, eles foram convidados a apontarem as câmeras de seus celulares para realizarem leitura dos qr code, afixados em algumas paredes do auditório. O qr code deu acesso a um panfleto que traz informações sobre os tipos de bullying de acordo com a Lei N. 13.185/2015.

Na ocasião, os alunos foram informados sobre a lei, da classificação do bullying conforme a lei. O terceiro momento do encontro foi uma apresentação dos agentes envolvidos na dinâmica do bullying, e esta apresentação deu-se por meio de questionamentos sobre quem são os envolvidos em casos de bullying. Após, foi ressaltada a dinâmica do bullying.

No quarto momento foram explanadas as consequências do bullying e destacou-se a seguinte frase: “A orientação é respeitar as diferenças. Somos todos diferentes, mas com direitos iguais.”, e será solicitado aos alunos que reflitam sobre ela.

Finalizada esta etapa, aconteceram os agradecimentos de participação e os alunos foram dispensados para retornarem para suas salas de aula.

Terceiro Encontro

Exibição de Vídeos e Roda de Conversa.

Os alunos foram levados para o auditório da unidade escolar, e lá, eles foram informados do objetivo do encontro, que consistirá em assistir o vídeo “Create no hate” e trechos de um filme: “Bullying: provocação sem limites”.

Após a exibição destes, iniciou-se uma roda de conversa, onde foi solicitado aos alunos que relatassem algumas situações de bullying que eles já haviam presenciado e/ou que tivesse acontecido com eles. A conversa foi aberta para discussões, e o assunto inicial deu origem a outros, que foram conduzidos de acordo com as situações que foram sendo apresentadas.

Para finalizar o momento, foi apresentado um quadro esquemático, onde os alunos identificaram onde e como essas situações ocorreram, e eles puderam falar o seu ponto de vista, e identificar quais as marcas que foram deixadas com aquelas situações. Finalizada esta etapa, aconteceu os agradecimentos de participação e os alunos foram dispensados para retornarem para suas salas de aula.

 

Sítio eletrônico dos vídeos:

·         Create no hate:

https://www.youtube.com/watch?v=Cj8j0qMXztY

·         “Bullying: provocação sem limites”:

https://www.youtube.com/watch?v=COfEKCG01Vw

Quarto Encontro

Realização da dinâmica: “Desenvolvendo a Empatia”.

Os alunos foram levados para o auditório da unidade escolar, e lá, eles foram informados do objetivo do encontro, que consistiu em realizar exercícios de como se colocar no lugar do outro. A atividade foi direcionada para a escrita, em um papel pequeno, de algum defeito que o aluno ache que tivesse, sem se identificar. Os alunos foram orientados a colocarem as respostas em balões que foram amarrados. Após os alunos sentaram em círculo, e ao som de uma música, os balões foram trocados e sendo passados até parar a música. Ao parar a música, os alunos estouraram os balões e leram o que foi escrito por um colega.

Cada aluno, que se sentiu a vontade, leu o pedaço de papel e algumas perguntas foram realizadas pela mediadora, tais como: Alguém também se sente da mesma maneira? Alguém apresenta a mesma dificuldade? Posteriormente, foram levantadas questões como: Se todos nós temos defeitos, por que apontamos defeitos nos outros e magoamos uns aos outros? Não deveríamos unir forças para nos fortalecer?

Após as devidas respostas, o encontro foi finalizado e aconteceu os agradecimentos de participação e os alunos foram dispensados para retornarem para suas salas de aula.

Quinto Encontro

Encerramento: Roda de Conversa e Sugestões

Os alunos foram levados para o auditório da unidade escolar, e lá, eles foram informados do objetivo do encontro, que consistiu em realizar uma roda de conversa sobre as atividades realizadas durante a semana.

Os alunos, em roda de conversa, falaram sobre seus sentimentos em relação às ações desenvolvidas no projeto de intervenção, e após, foram convidados a escrevem em papéis sem identificação, sugestões para o combate e enfrentamento ao bullying na escola. Estes papéis foram colocados em uma caixa fechada. O encontro foi finalizado e aconteceu os agradecimentos de participação e os alunos foram dispensados para retornarem para suas salas de aula.

Fonte: Elaborado pelas autoras.

 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O primeiro passo da pesquisa-ação foi apresentar o projeto à equipe gestora e pedagógica para esclarecer questões a respeito do trabalho e ressaltar a importância da colaboração de todos para o êxito do trabalho, no qual foi bem aceito. A etapa seguinte foi reunir os estudantes e expor a problemática e as ações que seriam desenvolvidas pela escola para a prevenção e combate ao bullying. Nesta ocasião, alguns estudantes estavam relutantes, porém a maioria abraçou a causa e aos poucos todos estavam envolvidos com o projeto. Para combatermos a violência no efeito, de modo preventivo, de acordo com Fante (2005), é preciso agir de modo planejado e bem estruturado por todos os integrantes do âmbito escolar.

O que se pode observar entre a direção, professores e funcionários no ambiente escolar é a visível preocupação com a diminuição das ocorrências de práticas de bullying entre os estudantes, que a cada momento depara-se com violências verbais (chamar nomes feios), violências físicas (murros e pontapés), violência de intimidação (colocar medo) e violência de discriminação (preconceitos). É essencial que os professores promovam debates sobre bullying nas salas de aula, fazendo com que o assunto seja bastante divulgado e assimilado pelos estudantes, estimulando a pesquisa sobre o tema, para saber o que os estudantes pensam sobre a problemática e como acham que se deve lidar com este assunto.

Durante a realização da pesquisa-ação de intervenção observou-se mudanças nos hábitos e comportamentos dos estudantes, como por exemplo, o uso comum de apelidos, deu espaço para o nome e os alunos tornaram-se menos agitados e agressivos, dando oportunidade para o diálogo. Outra mudança perceptível foi em relação ao respeito dos estudantes com os professores, tornando-se mais companheiros, o que favoreceu o aprendizado. Mas, o fato que mais chamou a atenção foi a quantidade de estudantes que procuraram para relatar casos de bullying que aconteciam dentro do espaço escolar e que não chegavam ao conhecimento dos professores ou da equipe pedagógica. Shariff (2011) constatou que a denúncia, muitas vezes, não ocorre por parte da vítima, devido ao medo de que os adultos não acreditem em suas queixas ou que simplesmente não deem importância para o assunto, banalizando os seus sentimentos. Além disso, os espectadores, assim como as vítimas, não denunciam as agressões por não se sentirem seguros com relação à proteção, que podem vir a receber de seus professores e/ou diretor da escola.

A aplicação de questionário eletrônico no Google Forms para averiguação de casos de bullying na unidade escolar foi de grande valia, pois serviu de subsídio para futuras ações de combate ao bullying a serem construídas em conjunto com a gestão escolar.

A atividade desenvolvida inicialmente foi uma palestra com o objetivo de esclarecer o que era bullying, suas consequências e como combater. A palestra foi muito bem aceita, por dois motivos: primeiro, que a palestrante era uma estudante do curso de Psicologia, desse modo despertou a atenção e segundo, puderam fazer muitos questionamentos, o que foram pontualmente esclarecidos. Gabriel Clalita (2008), salienta que algumas atitudes simples por parte da direção escolar, podem ajudar a reduzir os casos de bullying no ambiente escolar. É necessário que toda equipe escolar, desde o primeiro dia de aula, esclareça sobre o que é bullying, e que não será tolerado condutas dele nas dependências da escola. Todos os estudantes devem se comprometer a não praticá-lo e a comunicar a direção escolar sempre que presenciarem ou forem vítimas da conduta do bullying. O mesmo autor comenta que, é relevante que os professores incluam na rotina escolar dos estudantes, estratégias que amenizem as causas do bullying. A dramatização é uma “ferramenta excepcional” para fazer crianças e jovens vivenciarem papéis. É essencial discutir sempre as experiências depois de dramatizadas. O trabalho com filmes e vídeos também permite uma reflexão crítica e significativa, com possibilidade de minimizar as manifestações de comportamentos agressivos.

Com a exibição do vídeo “Create no hate” e trechos do filme: “Bullying: Provocação sem limites”, os sentimentos dos estudantes vieram à tona e logo após podemos debater o que havia acontecido e toda a problemática envolvendo o bullying. Após as discussões, os alunos identificaram onde e como essas situações ocorreram, e eles falaram seus pontos de vista e identificaram quais as marcas que foram deixadas com aquelas situações.

Através da realização da dinâmica: “Desenvolvendo a Empatia”, os alunos escreveram em um papel algum defeito, dificuldade, vergonha, sem se identificarem, e depois colocaram em balões. Houve grande participação nesta atividade e os estudantes puderam se colocar no lugar do outro. Nesses relatos, observou-se que alguns estudantes que pareciam não dar importância às “brincadeiras”, sentiam-se muito incomodados. De acordo com Pedra (2008), as atividades em salas de aula em forma de redação, onde os alunos são estimulados a falar no anonimato sobre sua vida na escola, ou seja, seu relacionamento com os colegas ajudará a romper o silêncio e possibilitará a expressão de emoções e sentimentos.

No último encontro foi realizada uma roda de conversa sobre as atividades desenvolvidas durante a semana. Os alunos falaram sobre seus sentimentos em relação às ações executadas no projeto de intervenção, e após, foram convidados a escrevem em papéis sem identificação, sugestões para o combate e enfrentamento do bullying na escola. Estes papéis foram colocados em uma caixa fechada. Os estudantes se mostraram bastante envolvidos na execução. As sugestões por eles escritas serviram de subsídio para futuras ações de enfrentamento ao bullying em conjunto com a gestão escolar.

De maneira geral, todos os envolvidos gostaram muito das atividades desenvolvidas. Dessa forma, o projeto contribuiu de forma efetiva para esclarecer o que é bullying, discutir as práticas ligadas ao fenômeno com a comunidade escolar e proporcionou uma reflexão de como evitar que novos casos ocorram nas unidades escolares.

 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta de intervenção dessa pesquisa-ação proporcionou uma observação sobre o bullying no espaço escolar. Atitudes e campanhas de informação aos estudantes, professores e funcionários no combate ao bullying são fundamentais. As ações devem conscientizar que as vítimas precisam de apoio e que estas se sintam acolhidas e protegidas no ambiente escolar.

Por ser complexo e de difícil solução, é preciso que o fenômeno do bullying seja trabalhado continuamente, devendo as ações serem incluídas no cotidiano das escolas.

A escola deve agir precocemente contra o bullying. Quanto mais cedo o cessar, melhor será o resultado para todos os estudantes. Intervir imediatamente, tão logo seja identificada a existência de bullying na escola e manter atenção permanente sobre isso é a estratégia ideal. A única maneira de se combater é através da cooperação de todos os envolvidos: direção, coordenação, professores, funcionários, estudantes, pais e comunidade em geral.

A intervenção trouxe grandes resultados, pois além da informação sobre bullying houve grande quantidade de estudantes que procuraram professores, direção e equipe pedagógica para relatar casos de bullying. Portanto, o estabelecimento de elos de confiança e informação são instrumentos eficazes para a redução do bullying no ambiente escolar.

O trabalho realizado atingiu todos os objetivos e expectativas esperados em relação ao seu desenvolvimento, a mudança comportamental foi nítida e satisfatória. Cabe salientar que o sucesso e o alcance dos objetivos do projeto de intervenção só foram possíveis devido à colaboração e ao incentivo dos estudantes envolvidos no projeto, da equipe pedagógica e dos colaboradores do colégio. A família, juntamente com a escola pode ser o caminho para ajudar no processo de mudanças de ideias, comportamentos e valores no combate às condutas do bullying.

 

6. REFERÊNCIAS

AMARAL, G. R.; XAVIER, F.  A inteligência artificial e o novo patamar da interação humano-máquina. ECCOGS – Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, v. 26, n. 1, p.6-43. 2023. Disponiível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/teccogs/article/view/62989. Acesso em: 11 Mai. 2024.

BRAGA, L. de L.; LISBOA, C. Estratégias de Coping para Lidar com o Processo de Bullying: um Estudo Qualitativo. Interamerican Journal of Psychology, vol. 44, n. 2, p. 321-331, 2019. Disponível em: http://www.msmidia.com/ceprua/artigos/13-LuizadeLimaBraga-OK.pdf. Acesso em: 12 Mai. 2024.

BRASIL. Lei nº 13.185, de 06 de novembro de 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13185.htm. Acesso em: 8 Mai. 2024.

CARDOSO, M. B. Sequências didáticas: orientações para iniciantes na pesquisa em educação matemática. 1. ED. Iguatu, CE, Editora Quipá, 2024. 50 p. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/742078/2/SEQUENCIAS%20DIDATICAS.pdf. Acesso em: 10Mai. 2024.

CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade-bullying: o sofrimento das vitimas e dos agressores. 4.ed. São Paulo, Gente, 2008.

Conselho Federal de Psicologia. Resolução nº13/2007. Que institui o título profissional de especialista em psicologia e o respectivo registro nos Conselhos Regionais. CFP. 2007.

FANTE, C. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2ª ed. Campinas. Editora Versus, 2005. 224 p.

Freire, A. N.; Aires, J. S. A contribuição da psicologia escolar na prevenção e no enfrentamento do Bullying. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, v. 16, n. 1, p. 55-60, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/tvZ37DSGCbZNvQxnshq3DCs/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 Mai. 2024.

LOPES NETO, A. A. Bullying – comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria, v. 81, p. 164-172, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/gvDCjhggsGZCjttLZBZYtVq/?lang=pt. Acesso em: 8 Mai. 2024.

MARTINS, F. R. B.;  PIASON, A. S. A importância da psicologia no ambiente escolar como promotora do bem-estar emocional da criança – bullying não é brincadeira. n. 16 (2022): anais da XVI Mostra de Iniciação Científica do CESUCA, n. 16, p. 870-879, 2022. Disponível em: https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2462. Acesso em: 10 Mai. 2024.

MEZZALIRA, A. S. C.; FERNANDES, T. G.; SANTOS, C. M. L. Os desafios e as estratégias da psicologia escolar no enfrentamento do bullying. Psicologia Escolar e Educacional,  v. 25, n. 1, p. 1-5, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/dfxS3mLkxYJ9tnSVmNQ6C5y/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 11 Mai. 2024.

OLIVEIRA, W. C. de. O papel do Professor diante do Bullying na sala de aula. EDUCERE - Revista da Educação, Umuarama, v. 18, n. 2, p. 297- 317, 2018. Disponível em: https://www.revistas.unipar.br/index.php/educere/article/view/6973. Acesso em: 5 Mai.2024.

PAZ, F. M.; FRAGA, I. M. As contribuições da Psicologia Escolar no enfrentamento ao bullying. Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão, v. 6, n.12, p. 34-47,  2022.  Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/index.php/conecte-se/article/view/28728/20347. Acesso em: 9 Mai.2024.

PEDRA, José Augusto. Bullying escolar – Perguntas e respostas. Ed. Artmed, 2008.

PEREIRA, R. A. Como combater o bullying na sua escola: guia para educadores e gestores. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2019. - 52 p. Disponivel em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/564663/2/Produto%20Educacional_PROFEPT_Ricardo.pdf. Acesso em: 8 Mai.2024.

SANTOS, A. N. Bullying no ambiente escolar:  uma intervenção pedagógica em Artes Visuais. 2019. 35 f. Monografia. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Licenciatura em Artes Visuais, Recife, 2019. Disponível em: https://repository.ufrpe.br/bitstream/123456789/2219/1/tcc_andersonnunessantos.pdf. Acesso em: 8 Mai.2024.

SHARIFF, Shaheen. Ciberbullying: questões e soluções para a escola, a sala de aula e a família. Tradução: Joice Elias Costa; revisão técnica: Cleo Fante. Porto Alegre: Artmed, 2011.

SOUSA, A. S. I.; OLIVEIRA, G. S.; ALVES, L. H. A pesquisa bibliográfica: princípios e fundamentos. Cadernos da Fucamp, v.20, n. 43, p.64-83, 2021.  Disponível em: https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/cadernos/article/view/2336. Acesso em: 6 Mai.2024.

TORO, G. V. R.; NEVES, A. S.; REZENDE, P. C. M.Bullying, o exercício da violência no contexto escolar: reflexões sobre um sintoma social. Psicologia: Teoria e Prática, v. 12, n. 1, p. 123-137, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872010000100011. Acesso em: 10 Mai. 2024.

Tripp, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica.  Educação e Pesquisa, v. 31, n. 3, p; 1-25, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/3DkbXnqBQqyq5bV4TCL9NSH/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 10 Mai. 2024.

Artigo completo: