A Arte Erótica
Por Nicéas Romeo Zanchett | 17/09/2008 | ArteEm todos os tempos a arte sempre procurou mostrar os mistérios, tabus, gostos, preferências, habitos e conflitos de cada época da humanidade.
A velha ìndia é oberço das mais exóticas criações do mundo erótico; Templos forrados de esculturas eróticas; Objetos de arte em sexo explícito; O Kama-Sutra e o Ratiroshaya são obras nascidas da sabedoria que codificou o Maythuna "ioga do sexo".
As sublimes obras de Miguel Ângelo, Rubens e Leonardo da Vinci cultuadas e admiradas ao longo dos séculos; O nobre burguês Toulouse Lautrec que pintava suas prostitutas preferidas; Rubens Courbet, Parcim, Degas, Lautrec, Marquet, Jeam Cocteau, Barret e tantos outros que retrataram, sem preconceitos, o amor entre iguais; A arte do Oriente com destacados artistas como Torií Kiyonobu, Eizan, Mosanobu Kitao, além de outros talentosos do velho mundo; As gravuras eróticas de Picasso conhecidas do público a partir dos anos 70 são verdadeiras explosões de sexo.
O Museu Nacional de Arqueologia de Nápoles possue uma das mais finas coleções de arte erótica de todo o mundo. Vasos, objetos eróticos e afrescos resgatados de Pompéia, retratando cenas de sexo explícito, sadomasoquismo, sodomia, lesbianismo, sexo bestial, etc.
Pela arte tão antiga podemos constatar que os preconceitos de nossos dias seriam motivos de muita estranhesa naqueles tempos. O que hoje causa tanta polêmica é tão antigo quanto a própria humanidade.
Corpos que se unem, se abraçam, se penetram sem pudor e sem culpa, na busca do prazer e do êxtase sexual pleno e profundo.
A arte erótica consebida com prazer é como uma cópula sublime materializada pela inspiração criadora. Com ela o artista procura eternizar gestos, posições amorosas, formas de amar, sensações e libidos, despertando prazerosamente o real inconsiente, muitas vezes inconfessado, de cada um que a vê.
A representação do ato amoroso sexual na forma de escultura; A constante busca do mistério dos corpos reproduzidos em forma de arte, são como um orgasmo visual e tátil. Corpos impregnados de erotismo, sem preconceitos, nas mais diversas formas de amar; Erotismo elevado ao máximo, sem medo de críticas e falsos moralismos. Corpos que falam por si.
Talvez por preconceito ou por custo elevado, o acesso ao deleite visual da arte erótica sempre ficou restrito a poucos afortunados que podiam apreciá-las e tocá-las.
Nicéas Romeo Zanchett - artista plástico
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