A ação do extrativismo que está ocasionando um futuro incerto aos recursos naturais
Por Cíntia Maria Loyola Silveira | 20/10/2016 | EcologiaCíntia Maria Loyola Silveira¹; Jaine Grolla²; Lídia da Silva Santos³
Karina Peixoto Rosa4; Mayra Martins Teixeira5
Orientadora: Cristiana Gama Pacheco Stradiotti6
RESUMO
Os recursos naturais sofrem com a ação desequilibrada do extrativismo, com o aumento populacional houve uma necessidade maior na retirada das matérias primas para suprir as necessidades de consumo, mas com o desgaste excessivo desrespeitando o ciclo natural, observa-se a extinção parcial ou total daquele bem em diversos lugares, o conteúdo apresentado demostra os meios nos quais pode interferir nesta ação desordenada e a utilização dos recursos naturais conscientemente.
INTRODUÇÃO
O tema recursos naturais se encontra em todas as áreas do sistema, e um dos desafios que o mundo enfrenta neste novo milênio é fazer com que as forças de mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente. E isso tem se tornado cada vez mais difícil com o crescimento desordenado das coisas, infelizmente tudo vem crescendo rapidamente que acabou se tornando algo descontrolado e ofensivo ao meio ambiente.
O crescimento populacional fez com que cada vez mais o consumismo fosse aumentando, ou seja, quanto maior o número de cidadãos maior é a demanda e com isso teriam que aumentar sua produção. Porém isso não quer dizer que aumentaria a empresa, o mais importante era a matéria prima, e é exatamente ai que se encontra o problema. A maioria das coisas usam os recursos naturais como matéria prima na sua produção, e com isso o impacto ambiental deixou de ser apenas um comentário.
Serão abordados os novos métodos sustentáveis, para que possa usufruir da natureza de forma consciente e promover o descarte do lixo de forma correta.
A procura excessiva pelos recursos naturais
Com os avanços tecnológicos ocorridos nos últimos tempos, o ecossistema vem sofrendo transformações preocupantes decorrentes da ação do homem na procura desordenada por recursos naturais.
Segundo Seiffert (2009, p.06), Isso foi uma consequência do modelo de crescimento econômico adotado, que se fundamenta no lucro a qualquer preço, atrelado a lógica do aumento da produção os recursos naturais são utilizados sem o respeito á capacidade natural de recomposição dos ecossistemas e a natureza é vista como um grande supermercado gratuito, com reposição infinita de estoque, observando-se os benefícios econômicos e desprezando-se os custos ambientais.
Os recursos naturais passam por problemas de reposição, a seca, extinção de fauna e flora, habitavam lugares que foram massacrados pela exploração, árvores centenárias virando lápis ou pó dependendo da ação que o homem necessita, esse estado é alarmante e a projeção do que estará por vir nos últimos anos fez com que haja uma preocupação maior. Desde os anos 70 pensaram na necessidade de discutir conceitos que amparem os “direitos” dos recursos naturais e a preocupação de sua regeneração.
Hoje há uma valorização maior sobre o desenvolvimento sustentável sobre sua conservação e a prevenção no mundo todo, pois a preocupação da extinção desses bens essenciais para vida faz com que a sociedade repense no modo de viver, e respeite o limite natural.
Segundo Seiffert (2009, p.07), Isto é o resultado da evolução de um histórico de problemas ambientais gerados ao longo dos anos, particularmente pelas ações de processos industriais, que geravam degradação da qualidade ambiental tanto em sua operação diária quanto no caso de acidentes ambientais (explosões, derramamentos, vazamentos, transbordamentos etc.) em equipamentos ou instalações.
Incidente de Bhopal
Segue a história de um dos maiores desastres químico ocorrido.
“Na noite entre dois e três de dezembro de 1984, cerca de 40 toneladas de metil isocianato e outros gases letais vazaram da fábrica de agrotóxicos da Union Carbide Corporation, em Bhopal, Índia. Foi o pior desastre químico da história. Estima-se que entre 3,5 e 7,5 mil pessoas morreram em decorrência da exposição direta aos gases, mas o número exato continua incerto. Infelizmente, a noite do desastre foi apenas o início de uma tragédia, cujos efeitos se estendem até hoje. A Union Carbide, que possuía a fábrica de agrotóxicos na época do vazamento dos gases, abandonou a área, deixando para trás uma grande quantidade de venenos perigosos. Os moradores de Bhopal ficaram com fornecimento de água contaminada e um legado tóxico que ainda hoje causa prejuízos.” (GREENPEACE, 2002).
Ou seja, esse acontecimento arrasou a cidade e com as regiões aos redores, porém o tóxico atingiu todos os recursos dessa população que vive em um ciclo de toxinas, não houve uma preocupação da fabrica em utilizar esses tóxicos altamente perigosos em áreas populosas, isso mostra que há 32 anos ocorreu este fato e ainda não encontraram a solução para o problema, e o estado deve agir criteriosamente nestas empresas onde o ramo é extremamente cauteloso até mesmo com as pessoas que trabalham na organização que são expostas a todo o momento a isto, e principalmente a prevenção de um estrago maior causado por algum problema técnico. Pois as organizações só sabem utilizar os tóxicos para o seu favorecimento, não sabem controla-los muito menos extingui-los do meio ambiente.
A ação da empresa perante os recursos
Com o passar das décadas percebe-se o quão importante foi os avanços tecnológicos, necessários para facilitar a vida do homem, porém a extração em massa é necessária para suprir a demanda do consumidor, mas as organizações não compreenderam que os recursos naturais têm seu desgaste e precisa de se recompor para expansão do ser vivo.
As empresas devem investir em projetos que ajude o meio ambiente.
Segundo Tachizawa (2010, p. 05) Uma pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do IBOPE mostra, que 68% dos consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais por um produto que não agredisse o meio ambiente.
Na pesquisa o relato é positivo, mas na prática não é o que ocorre. Infelizmente, o consumidor não deixa de consumir o produto mesmo sabendo do quanto ele pode ter agredido o meio ambiente na sua produção.
Pois a necessidade do “Desejo” ainda faz com que comprem algo por vontade e impulso desprezando saber como foi produzido.
Estratégias do Estado
O ideal seria que as organizações procurassem investir em projetos ambientais, o Brasil vem procurando dar espaço as ações sustentáveis no intuito de promover benefício a ambos com projetos sociais, pois a lei possibilita que as empresas abatam o valor do imposto de renda revertendo em ações sustentáveis vem ganhando espaço, pois dependendo da modalidade da doação pode haver uma redução desses impostos com ações em beneficio a qualidade de vida. E com isso a organização é reconhecida como empresa sustentável pelos consumidores.
Considerações Finais
A reciclagem não deve ser feita apenas no final de sua vida útil, mas sim no não desperdício desde a extração até o produto acabado. Pois se sabe que o desperdício não acontece somente no final da vida útil do produto, mas sim desde a extração.
Estudos são feitos para promover medidas necessárias eficientes, o caminho é primeiro conscientizar e estimular as empresas a usarem de forma correta o solo, a flora de maneira com que respeitem o tempo de renovação. E na produção, usar os recursos de forma correta sem desperdício, o projeto da química verde vem reduzir ou eliminar o uso ou geração de novas substancias nocivas, é o ponto de partida para que nos próximos anos tenham um avanço significativo com uma redução de tóxicos produzidos pelas organizações.
Os engenheiros e administradores devem procurar um beneficio comum com o meio ambiente, aumentar o ciclo de vida do produto fechado, para aproveitamento máximo dos resíduos e uma matéria prima secundária, a fim de diminuir o número de lixo no mundo.
Com a promoção de produtos sustentáveis, pode fazer com que os produtos ofensivos à natureza ficassem obsoletos, tendo o mesmo nível de qualidade ou melhor, e o mesmo valor, a sociedade passaria a adquirir o produto pensando na escolha certa, um melhor futuro.
Referências
- SEIFFERT,Maria Elizabete Bernardini. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental.1.ed. São Paulo: Atlas,2009.
- TACHIZAWA,Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa: estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. 6.ed. São Paulo : Atlas,2010.
- Disponível em: <http://www.greenpeace.org/brasil/PageFiles/4945/bhopal_desastrecont.pdf.>
Acesso em: 31/08/2016 às 9:00 hrs.