7: Amor Que Eu Queria
Por Hiago R. R. de Queirós | 14/05/2008 | Literatura*7: Amor que eu queria.
Sem o céu, estrelas não são nada,
sem teu sorriso, tão fria é a madrugada,
onde os pássaros não cantam,
apenas as corujas nos espantam
enquanto andamos nesta escura calçada.
Nós em silêncio abraçados,
eu pensando em você, e você ao meu lado,
pensando vou no mundo sem teu brilho,
como o céu sem estrelas é vazio,
como um terreno sem flores, é baldio,
como, viver sem te ter é um trocadilho,
um terrível e tenebroso andarilho de martírio,
e hoje não dormirei, por você estou obcecado,
te observarei dormir navegando no sono pesado,
vendo-te babar, tentando descobrir porque tanto sorrio.
Queria escrever em música revigorante
os sons que traduzem o meu bem-querer,
tenha Dó o Sol de semínima gritante,
tanto que faz o ardor de tua falta tanto doer
e se antes era um pobre-louco de desejo
deitou-se sobre mim e desatou-me o teu beijo,
que afirmo e redigo que jamais serei eu mais o mesmo,
agora posso eu dizer que tenho pelo quê viver:
te amar e te amar para sempre e sempre mais te querer.