28: Eu, Hiago
Por Hiago R. R. de Queirós | 14/05/2008 | Literatura*28:Eu, HIAGO.
Estou cansado de verdades,
faço parte da mentira
debilmente mal criada,
mal encenada e bem dita.
Ao longo de uma história de mentiras,
sobre a morte já vencida
ou sobre a sorte sempre tida,
não tenho pensamentos de realidades
que não foram criadas por mim.
Minha realidade é um sonho dentro da tua,
eu, que consigo sobrevoar
e triunfar durante minha solidão
e até mesmo minha dor,
pois a bigorna da realidade
não pesa sobre meus ombros.
Egocêntrico? Egoísta? Fanático-melodramático?
São somente palavras que escondem
a dor não sofrida por mim,
já que em meu interior emocional
reina não o delírio, não um sonho,
nem mesmo a imaginação,
aqui dentro só temos o meu mundo,
venha e conheça, leia e critique,
decore e estale em aplausos,
ouça, não entenda e condene, mas,
em meio ao resultado, seja ele qual for,
minhas, não palavras e sim letras
verdes e precocemente colhidas do vento,
independentemente de tudo
o que você tanto sabe da realidade,
não se esqueça quem as escreveu,
a final aqui sou eu,
o criador de verdades,
para você, o imaginário de mentiras
e delírios mirabolantes.
Faça como você quiser,
já estou acostumado à ser sub-tratado,
subestimado, e sub-nem-dado-bola.
Lendo, você já esta no meu mundo,
esse mundo não tem nome, nem cor,
apenas sentimentos.
Não sou Deus,
que fez um mundo perfeito,
Bem-vindos; à todos...
Até aos cegos, que me escutam..
Ou aos surdos que me lêem!