21/12/2012 - Calendários e Números
Por Januário Elcio Lourenco | 06/11/2009 | Saúde
Há quem diga que se o cara é jornalista e não tem a pretensão de mudar o mundo, então errou de profissão. E se o mundo não existir mais? Daí ele – e nós também – perdemos o emprego. Como Secretário de Estado convivi - muitos anos - com os profissionais de imprensa, e os bons repórteres sabem ser, ao mesmo tempo, questionadores e objetivos, dentro da compreensão de que as fontes são imprescindíveis para a veracidade do que se afirma. E aqui chegamos à matéria de capa veiculada recentemente na revista Veja. Ali, André Petry faz uma análise do fim do mundo, começando com a hipótese de que ocorrerá em 2012, mas com vasta pesquisa, que regressa mil anos no passado. No texto, Petry cita outras datas em que o mundo deveria ter acabado, e não acabou. E vem a pergunta: Por quê? E daí surgem outras: Desta vez é verdade? O mundo acaba mesmo em dezembro de 2012? O repórter menciona o calendário Maia, discorre sobre opiniões de cientistas, doutores e filósofos, cuja existência pessoal cessará até o fim deste século. Na esfera espiritual, dizer que a crença e a religião - nas quais se inserem profecias do Apocalipse de João - são mero paliativo para o pensamento humano, não parece razoável, já que a fé e a espiritualidade são marcas inegáveis na vida humana. E afirmar que tudo é fruto do acaso, mesmo o nascimento de um gênio como Albert Einstein, talvez seja ir longe demais. Em primeiro lugar, é preciso separar Deus - e a crença em sua existência - de religiões e de movimentos humanos que tentam definir, ano após ano, a data final fatídica. Deus é Deus, e as cogitações humanas são outra coisa. Veja que somos 'novos' na criação, pois a Revista afirma que o homem está na Terra somente há dois segundos, caso se considerasse um tempo universal de 24h desde o Big-Bang. Então, comparados a Deus, que EXISTE e SEMPRE EXISTIU, o nosso tempo é INFINITAMENTE menor. A consciência do Criador transcende minhas razões pessoais, meus medos e traumas. Deus vai muito além de qualquer lenitivo para mazelas terrenas, ou aleatórios incidentes da nossa quase insignificante existência, como menciona Einstein em seu livro “The world as I see”: “When you look at yourself from a universal standpoint, something inside always reminds or informs you that there are bigger and better things to worry about.” |