2015 - O ano de rezar para não pedir esmola

Ouvi dizer que 2015 seria um ano difícil. É ano de ajuste fiscal, investigação da Lava Jato, desligamento incentivado nas empresas públicas, férias remuneradas e demissão voluntária nas empresas e, principalmente, não há mais crédito para casa própria e não há mais crédito para o consumo.

Ouvi dizer que 2015 seria um ano difícil. Não há nenhuma possibilidade de ampliar o endividamento das famílias, para dar fôlego a economia (É ano de ajuste fiscal, lembram?), com as demissões, a previdência, sustentada pela população ativa, tem de modificar suas as regras. Nem o pensionista, aquele do "crédito para aposentados e pensionistas" das longas filas dos bancos, se for jovem, se safou. E coitado do trabalhador desempregado, as regras para o seguro desemprego estão mais rígidas e o didin do fgts, (ha!) é de rir para não chorar, perdeu para inflação e se perdeu diante do cenário nebuloso da Petrobras.

Ouvi dizer que 2015 seria um ano difícil. Pois é, ouvi dizer, e esperava que fosse boato, como todo e qualquer "disse e me disse", como todo e qualquer petista que jura de pé junto que a gestão do país, há 13 anos,é e sempre foi boa.

Pois é, coitado de jovens como eu, fruto da pátria amada, da pátria educadora, que estuda há pelo menos 9 anos para se trabalhar em um setor elétrico que em 2012 foi guilhotinado pela justificativa da tarifa alta (E não é que teve que aumentar de novo? Por que será?) e do vencimento das concessões. Jovens desta pátria amada, a nossa pátria educadora, estão se formando e não estão conseguindo nada. NADA! Infelizmente, o jovem de hoje que se qualificou, mediante a uma demanda de anos atrás, de que o País não tinha mão de obra qualificada, atualmente está pedindo emprego como um mendigo faz para pedir esmola.

Se você é jovem e vive no Brasil, meu amigo e companheiro de luta, neste ano de 2015, reze para não pedir esmola.

Porque a situação está braba!

(Wendel da Rocha)