11 setembro 2010.
Por Apolinario Albuquerque | 11/09/2010 | CrônicasTriste data esta ? o jornal fez o favor de lembrar a brutal ocorrência do atentado às torres Gêmeas ? Lembram? Diante de tal brutalidade e de tantas outras ? eu fico a pensar ? o que realmente significam as palavras ? essas que ouvimos diariamente ? como civilização, progresso, paz, inteligência ? ser humano ? o que tem a ver o significado dessas palavras como escritas nos dicionários com o que de fato acontece na vida prática. Talvez todas elas tenham um significado oculto, misterioso, cabalístico ? destinado a ocultar a animalidade reinante na mente humana. Ou então tem a capacidade de ocultar essa faceta animal do homem ? significará mais um complexo processo de ocultação de verdades e dissimulação da vida real, com o propósito de cada vez mais nos distanciarmos de uma vida plena de paz e de harmonia.
Não, não é para falar disso que me dispus a tamborilar nessas teclas ? mas o pensamento é como um cavalo bravio ? sem rédeas passeia disparado pela ravina que lhe aprouver. Então, lembro de Platão já tentou dar as dicas de uma vida civilizada ? Thomas Morus também ? já tentou dar o caminho das pedras, e mais recentemente, pudemos assistir aos filmes: Avatar ? de James Cameron ? simplesmente maravilhoso e que tenta de algum modo mostrar a possibilidade de vida inteligente em harmonia até que os terroristas americanos chegam para acabar a paz reinante. Normal. E também o nosso nacional, Nosso Lar ? baseado em obra de Chico Xavier ? que me surpreendeu pela qualidade genial e perfeição na confecção ? apesar dos críticos de plantão não avaliarem assim(i!) ? pelas mensagens e pelo exemplo de vida (pena que situou essa vida pós-morte), vida possível e harmônica em paz. São caminhos ? porque não tentamos eis a questão?
Porque havemos nos de nos destruir como os animais inferiores ? não nos julgamos superiores? Porque desejamos destruir Nosso Lar ? quando o mais racional seria conservá-lo? Porque e para que precisamos de poder gerado por acumulo de riqueza?
Não será a preservação da vida uma prioridade?
Na minha filosofia ? não pergunto ? porque não tenho dúvidas quanto a isso: De onde vim, onde estou e pra onde vou. Pergunto mais - porque não aprendemos viver o dia de hoje em harmonia, que é tão mais simples de responder. Porque buscar na metafísica respostas que não fizeram qualquer diferença no modo de pensar dos homens que invadem as outras porções de terra habitados. E que continuam não tendo o menor peso nas decisões dos tribunais humanos.
Certamente, o Sr. Hosama Bin Laden ? o terrorista ? segundo conceito americano ? provocou os atentados matando mais de três mil inocentes sob o argumento de "retaliação"? - "guerra justa"?. Afinal o Sr. George Bush ? não terrorista mas sim Presidente dos EEUU, também, matou Sadan Hussem, e quantos cidadãos inocentes por conta também de: retaliação ? guerra justa ou teria sido por conta de posse de armas atômicas! - resta-me a dúvida ? Porque somente os americanos podem estocar armas nucleares?.
Nada disso importa realmente, o que importa é até quando vamos ser achincalhados em nossa razão? - Afinal não somos seres pensantes.? Não seria melhor nos convencer de que os lucros das fabricas de armamentos se sustentam por guerras ? justas ou injustas isso é irrelevante para razão comercial. Ou, mesmo, que os bens naturais de um país não lhe pertencem mais, a partir do momento que não possam, pelas armas, o defender dos invasor ganancioso, como no filme Avatar ? lembram?
Neste mês tivemos a visita do George Bush dando palestra em São Paulo e, todos (todos quem? Cara pálida) ficaram maravilhados com o seu não arrependimento das barbaridades que fez à humanidade e, não se arrepende de nada. Oh! Ala socorra-me ? perdemos o juízo.
Vivemos emocionalmente sequestrados ? tanto internacionalmente, como na esfera nacional ? vivemos a era do medo, produzida pelo desvirtuamento da moral e dos costumes ? aliais, como deve ter afligido tantos Gregos, Romanos, porque o homem, na sua essência ? na verdade, nunca deixou de ser um bárbaro que conduz sua vida, não pelos bons sentimentos, mas sim por vaidade, ganância, prepotência. Salomão, para dar segurança ao seu governo ? deu início a uma matança sem igual. Matou Adonias (1 Reis 2-25) ? e mais: Abiatar, Joab, Semei e quantos mais?. Porque o poder se sustenta do medo para continuar no poder. Estamos falando do Rei Salomão ? isso aquele que foi definido como o mais sábio e justo que já existiu. Puts.
Deixemos pois de hipocrisia ? e vamos aceitar ? o poder se sustenta pelo sangue ? de inocentes ou não, porque a ganância reinante no coração do homem, faz com que ele busque e lute para galgar o poder ? onde irá dar vasão a sua vaidade. Fora disso é utopia.
Razão porque Chico Xavier e tantos outros situam a possibilidade de existência humana em paz harmônica ? numa esfera espiritual ? não provada e distante de realização aqui no plano terreno. E, sabe porque? ? simplesmente, porque não acreditamos nessa possibilidade. Aprendemos a colocar nosso bem estar na esfera da fé ? e por conta da crença da impossibilidade de paz agora no dia a dia, continuamos animalizados. Que coisa ehm!.
Apolinario de Araujo Albuquerque nario2010@gmail.com