O défit habitacional no Brasil contemporâneo
Por Wiliam mata silva | 01/03/2021 | SociedadeNa obra "O cortiço" de Aluísio Azevedo, mostra um espaço no qual a maioria dos indivíduos viventes ali, vivem em cômodos inadequados, onde há sujeira, bagunça e mau cheiro. Neste viés, é inegável que na contemporaneidade há um grande número de lugares que seguem as mesmas características do "cortiço". Ademais, para agravar ainda mais a situação, há uma crise na renda familiar e um grande aumento no total de desempregados. Desta forma, há dois fatores que não podem ser negligenciados, a respeito deste problema, são eles, a ausência de políticas públicas e a busca pelo lucro (por parte dos proprietários).
Em primeiro lugar, é percebível a falta de iniciativa e de fiscalização, por parte de entidades governamentais, que não estão buscando minimizar a problemática. Visto que, segundo a Fundação João Pinheiro, em 2013 cerca de quase 6 milhões de pessoas estavam vivendo em situação de calamidade. Desta forma, pode-se estabelecer que a maioria dos cidadãos vivem em ambientes impróprios, tendo por sua maioria habitações precárias e com excesso de moradores por residência, ou até em casos mais graves, com a junção de famílias por falta de moradia. Logo, é preciso que forças governamentais busquem soluções para o bem estar e vivência do cidadão.
Em uma segunda análise, é notório que boa parte dos proprietários das residências na atualidade buscam o lucro, de modo que cada vez mais estes lugares irão se valorizar para uma futura venda. No entanto, é possível perceber que nem todos possuem condições de estarem comprando cômodos com altos preços, visto que a uma crise na renda familiar e um grande número de desempregados no Brasil contemporâneo. Assim, causando um grande valor de pessoas que não possuem lugar para morar, uma vez que é garantido e assegurado no artigo 5º da Constituição Federativa do Brasil, o direito à propriedade.
Portanto, medidas visando à diminuição deste problema precisam ser efetuadas. Por isso, cabe ao Ministério da Cidadania aumentar o número de fiscalizações no Brasil. Isso ocorrerá com parcerias entre ele e os governadores de cada estado, de modo que estes mesmos receberão ordens para que a fiscalização seja maior e mais rigorosa nas suas regiões. Em virtude disso, haverá uma grande queda nos índices de déficit habitacional no país, desta forma fazendo justo a Constituição Brasileira. Assim, mostrando o quanto as forças governamentais presam por seus patriotas. Ademais, o Ministério da Cidadania pode fazer projetos que visem a criação de residências, com parcerias entre ele e bancos, como por exemplo, Caixa e Bradesco.