TESOUROS COMPARTILHADOS
Por Isabel C. S. Vargas | 02/03/2010 | CrescimentoHá quem pense que acumular bens materiais seja o mais importante na vida. Dedicam-se por anos a trabalhar incessantemente para poder conquistar certos prazeres,certos bens, sem se importar se para conquistar isso estão sacrificando coisas mais importantes.Ao dizer isto, não significa que não é correto, saudável e necessário trabalhar com dedicação , conquistar segurança, poder proporcionar à família e a si mesmo certo conforto.
Refiro-me àquelas pessoas que se dedicam exaustivamente a uma coisa, descuidando-se do restante à sua volta e até de si mesma, de sua qualidade de vida, da qualidade de suas relações, esquecendo-se de cultivar o jardim da casa e do coração. Assim como as plantas para crescerem fortes e saudáveis precisam de cuidados, as pessoas e os sentimentos também precisam de cuidados, de atenção, de doação.
É preciso dividir o tempo para o trabalho, para a família, para o lazer, para os afetos, para cuidar do espírito. Se nosso tempo é preenchido demais por uma coisa, não sobra espaço nem tempo para as demais.
É preciso ver os filhos crescerem (e eles crescem rápido) acompanhar cada etapa, estar perto para ver os primeiros passos, as primeiras palavras, o primeiro dente que cresce e depois o primeiro a cair, o primeiro tombo, as primeiras artes, a entrada na escola, as festas de aniversário, a apresentação do balé, o jogo de futebol do filho, a festa no colégio, porque ao nos darmos conta já está na festa de 15 anos, na formatura, cada um alçando vôo rumo ao horizonte. Se cada etapa não for acompanhada, vivenciada e orientada para um futuro mais seguro e confiante não haverá chance de voltar atrás.São tempos que não voltam,etapas que ficam perdidas no passado.
A presença, o apoio, a dedicação, a cobrança de atitudes, a colocação de limites são coisas fundamentais para um desenvolvimento seguro e sadio, são suportes para a segurança emocional futura. São bagagens que acompanham o indivíduo por toda a vida. Por isso, mais importante que encher as pessoas de bens materiais é preencher o seu coração, sua memória de bons sentimentos, de confiança, de valores, pois estes sim não se desatualizam não se desvalorizam, não saem da moda, ao contrário são tesouros compartilhados que acompanham as pessoas pelo resto de suas vidas.