Antônio Padilha de carvalho

As pessoas estão sempre sofrendo, isso aconteceu no passado, acontece no presente e acontecerá no futuro.

Temos medo de nós mesmos. Temos medo de saber quem realmente somos. Temos medo de nossas falhas. Temos medo do que este mundo possa fazer conosco.

É mais fácil ter e conviver com os inimigos exteriores. Devemos dominar o nosso ego, essa é uma guerra necessária. A raiz da guerra é o medo. Temos medo da escuridão que está dentro de nós.

Somos espelhos uns dos outros! Palavras geram ações, e os  hábitos geram nossa personalidade, que por sua vez gera nossa cultura. Assim, temos nossa cultura bem violenta, posto que calcada nos medos.

A humanidade até hoje apenas se feriu, as pessoas precisam se curar, superar essa negatividade.

Será que para sermos cidadãos da Terra precisamos sofrer?

Somos a única espécie que tem consciência de sua mortalidade, com isso, temos uma enorme vontade de pesquisar o desconhecido. Não somos totalmente humanos.

Não sabemos descrever Deus pelo fato de ainda nem sabermos nos descrever. Por que tanta pobreza e sofrimentos? Por que existem tantas pessoas deprimidas? O que irá acontecer conosco após a morte?

Se você tem medo de morrer, demonstra que tem amor à vida. A maioria de nós, leva a vida com a barriga, não está aí pra nada. Queremos apenas beber o leite da vaca, não queremos dar de comer a vaca. Assim somos nós!

Os extravagantes e viciados afirmam categoricamente que viver muito não é bom. É inútil viver 80 anos.

O ser humano devido à violência, tornou-se insensível, estamos tão acostumados com a violência na mídia, que acostumamos com ela. Isso leva a aceitação e à participação desses atos incontroláveis.

Perdemos nossa inocência, e nunca mais a reconquistaremos. Caímos numa armadilha! Ninguém pode nos salvar. As religiões não estão nos seus melhores dias.

Não podemos zangar com Deus pelo que acontece. Todos nós fazemos escolhas, e isso que é a vida, uma coleção das coisas que fazemos.

Todos os dias tento me conhecer e detesto o que vejo, não posso fugir de mim mesmo, mas que dá vontade dá!

Temos medo de Deus, de nós mesmos. Não podemos fugir de nós próprios, mas podemos mudar, redimir, virar gente.

“O medo é verdugo impiedoso dos que lhe caem nas mãos. Produz vibrações especiais que geram sintonia com outras faixas na mesma dimensão de onda, produzindo o intercâmbio infeliz de forças deprimentes, congestionantes. À semelhança do ódio, aniquila os que cultivam, desorganizando-os de dentro para fora. Alçapão traiçoeiro, abre-se, desvelando o fundo do poço do desespero, que retém demoradamente as vítimas que colhe...”

 Antônio Padilha de Carvalho é Geógrafo e Presidente do CLUBE GEO – Instituto de Defesa do Meio Ambiente.