SIMPLICIDADE
Por Isabel C. S. Vargas | 08/12/2009 | Crônicas
É tempo de espera. Que se aproveite este tempo para reflexão e preparação para o Natal. Em uma época de consumo desenfreado é importante não se distanciar da realidade nem do verdadeiro significado da época.
Além do apelo ao consumo, há um forte apelo, quase uma imposição de que seja uma época de festa, de alegria e de abundância para todos. Nem todo mundo consegue estar com este ânimo e corresponder ao esperado, por inúmeras circunstâncias. Há que se pensar também o que realmente é importante para cada indivíduo, pois a felicidade pode ter diferentes significados.
Quando o ano aproxima-se do final é comum fazer um balanço do que transcorreu, assim explica-se o porquê da melancolia de alguns, pelas perdas sofridas, lembranças tristes, pela não superação de obstáculos que surgiram por não realizar planos previamente traçados, por expectativas com relação ao futuro.
Faz-se necessário respeitar o sentimento de cada um e procurar auxiliar, se possível for e esperar que o tempo passe. A exigência de consumo, de alegria e de festa pode tornar as pessoas mais frustradas por não conseguirem corresponder.
Em contrapartida é difícil para outros aceitarem que a época pode ser de simplicidade e não de luxo, de gastos excessivos e presentes caros. Desfrutar da presença de familiares, de momentos de tranqüilidade, união, paz de espírito, tão em falta nos dias de hoje é por si só um bom presente, assim como rever pessoas queridas , comemorar o fato de ter uma família, um lar, saúde, alimento, conforto, emprego, amigos é uma boa justificativa para se sentir muito bem não só na época de Natal e entrar o novo ano agradecido e com esperança.
Este tipo de postura ou de leitura da própria vida serve para fortalecer espiritualmente,assim evitando só lamentar o que não tem, procurando encarar de maneira positiva a realidade.
Como se encerra o período letivo, o que dá idéia de fechamento de um ciclo, pelo verão que chega e para muitos é sinônimo de festa, alegria, descontração e liberdade isto tudo induz à idéia de recomeço, de renovação, de esperança no novo, de mudança para melhor e expectativa de felicidade. Pois que cada um procure ser, a seu modo, porém respeitando o jeito e os sentimentos alheios, além de não esquecer as precauções sempre necessárias, como evitar excessos no consumo de bens em geral, na ingestão de bebida alcoólica, no transito e até na alimentação. Moderação e equilíbrio são importantes e não fazem mal.
Que não esqueçamos de renovar em nós os melhores sentimentos, como a paciência, a tolerância, generosidade, solidariedade, fraternidade, gratidão e muito amor. Nesta partilha são afastados sentimentos negativos, tais como ciúme, inveja, tristeza, rancor, mágoa, pois há despojamento do supérfluo e abertura para o que é essencial e verdadeiro, oportunizando uma troca muito positiva, que acolhe o outro com intuito de proporcionar o melhor para cada um.