SERÁ QUE DEUS É NOSSO AMIGO?

SERÁ QUE DEUS É NOSSO AMIGO?

Professor Mestre Ciro Toaldo

 

Tempo passa e o julho chegou e a vida, a cada dia que passa vai se tornando uma caixa de surpresas, quando menos esperamos a tristeza aparece, entre altos e baixos a existência segue seu rumo. Como viver ‘bem’, quando estamos inseridos numa sociedade impregnada pelo consumo e quando a essência humana perde sua identidade? Como ter entusiasmo pela vida, sabendo que o amor deixou de ser fundamento para muitas famílias e onde o prazer torna-se algo incontrolável? Vivemos na sociedade na qual a conquista da tal ‘felicidade’ passou a ser adquirida por qualquer meio e ser feliz tornou-se sinônimo de fazer valer o prazer pelo prazer!

Nessa dimensão os valores acabam perdendo sentido e a amizade, tornou-se um ‘valor comercial’, sou amigo de quem é meu amigo! Quanta hipocrisia e falsidade presente em nossa sociedade: o ser humano passou a ser escravo dos falsos deuses e dos falsos ‘amigos’, onde a preguiça, sexo, moda, boa mesa, soberba, luxúria, comodidade, individualismo, entre outros, levam as pessoas a imaginar que Deus pode até ser ‘comprado’ ou ‘manipulado’, quando querem e da forma que desejam Deus vai ser seus amigos. Triste ilusão! A vida quando traçada por interesse torna-se vazia e leva o ser humano à escravidão, onde a tão sonhada liberdade vai se distanciando; desse modo, experimenta-se na carne as conseqüências da ‘vaidade’ e o amor e a caridade vão sendo banidos, consequentemente Deus também é banido!

Não vamos esquecer do maior mandamento de Deus: o amor. O próprio Jesus disse: “O meu mandamento é que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida em favor de seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando; não vos chamo servos, pois ele não sabe que faz seu Senhor, chamo-vos de amigos, pois tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Jo 15,12-15).

Palavras sábias de Jesus que nos chama de seus amigos. Deus quer nossa amizade, mas precisamos nos comprometer com ela. A escravidão pela qual passa o ser humano pode ser rompida por meio desse presente de Deus: sua amizade. Feliz aquele que acolhe e assume esse presente em sua vida, abrindo seu coração e mergulhando nessa experiência que o próprio Jesus nos leva a entender; quem conhece Jesus e seus ensinamentos, vivenciando-os, torna-se seu amigo. Em meio a tantas contradições, o amor de Jesus, manifestado para nós, tornou-se sublime, puro, livre, sendo capaz de dar sua própria vida pela nossa salvação.

Madre Tereza de Calcutá em sua grande sabedoria escreveu um poema: “dai-me alguém para amar”, onde demonstra que o verdadeiro amor precisa de compromisso. Entre seus ensinamentos ela afirmava: “quando tivermos aborrecimentos, dai-nos alguém que necessite de consolo; quando a cruz parecer pesada, dai-nos força para compartilhar a cruz do outro; quando nos acharmos pobres, coloca-nos ao nosso lado alguém necessitado; quando não tivermos tempo, dai-nos alguém que precise de alguns de nossos minutos; quando sofrermos humilhações, dai-nos ocasião para elogiar alguém e quando desanimados, dai-nos alguém para lhe dar novo ânimo”.

Quem consegue viver esse ensinamento poderá dizer que Deus é seu amigo, desde que esteja com os olhos, coração e a mente aberta! Que você, meu irmão, durante esse m~es de julho, quando estamos nos preparando para ser Diocese, que você sinta o amor de Deus e perceba que o mundo não se perdeu, pois Deus quer ser nosso (melhor) amigo e Ele tem um grande plano para com cada um de seus amigos!

Tenha força e coragem e seja um amigo de Deus!