Geralmente quando ouvimos falar em sedução, associamos automaticamente a expressão à escolha de um parceiro, ao amor, ao sexo. Mas todos sabemos que na verdade a sedução não se fica por aqui, ela é extensiva a tudo o que nos rodeia, é parte integrante da vida de todos nós. Tentamos seduzir naturalmente o que nos interessa… melhor dizendo: Quem nos interessa.

Seduzir é provocar nos outros o interesse no que estamos a promover, quer se trate do mais simples objeto ou inclusivamente de nós próprios.

Que é a própria vida senão sedução?

Viver é seduzir. Criar empatias e não apenas providenciar alimento ao corpo, isso quando muito seria vegetar, é preciso alimentar também o espirito com algo que nos realize, que nos encha o coração e nos dê prazer e alegria de viver. Vivemos num mundo em que todos tentamos de uma forma ou de outra seduzir alguém, e só não seduzimos também as coisas, os objetos em geral, porque dada a sua natureza é impossível fazê-lo, uma vez que não reagem a qualquer estímulo.

Seduzir é inato na natureza humana. Sabemos que o fazemos permanente e incessantemente ao longo das nossas vidas nas mais diversas ocasiões, quer se trate da promoção de um simples produto de uso quotidiano ou de qualquer equipamento bem ou serviço de consumo. Porem, por muito que o façamos, não saberemos nunca como fazê-lo de forma eficiente.

Seduzir alguém para aquisição de objetos bens e serviços é relativamente mais fácil do que fazê-lo quando se trata de seduzir a pessoa em si. O markting, não sendo uma ciência exata embora não nos ensine completamente como fazê-lo fornece-nos dicas preciosas, no entanto quando se trata de seduzir um parceiro o caso muda radicalmente de figura.

Podemos ter muitos conhecimentos de retórica, dominar as mais recentes técnicas de Markting, recorrer aos melhores e mais recentes adereços de moda, às fragrâncias mais delicadas, a perfumes e cosméticos carissimos. Poderemos ter tudo isso e muito mais e de facto não termos nada.

Desiludam-se os que pensam conhecer a chave de sucesso da sedução porque ela não existe. Funciona sempre de maneira diferente.

A magia da sedução, residirá talvez na imprevisibilidade do gesto. Pois não são os maiores e mais elaborados os mais importantes e significativos, por vezes os mais simples, os que parecem mais insignificantes revelam-se os mais poderosos. E por isso, erramos redondamente ao carregarmos de intencionalidade os gestos, os atos e as palavras, esquecendo que a verdadeira sedução é um mecanismo interno e involuntário, uma verdadeira arte sem mestre que em vez de dominarmos nos domina completamente a nós.

É preciso ter em conta que não raras vezes… são as pequenas perceções que determinam as melhores impressões.

Por isso não se esforce nem force absolutamente nada, seja você mesmo na sua integridade total, espontâneo, sereno, natural e verdadeiro… talvez resulte.

Talvez a sorte esteja mais do seu lado que do meu.