O relatório de Guterres, Secretário Geral da ONU sobre o Saara ocidental a apresentar vai ser diferente do  seu antecedente Ban Ki-moon e seu enviado especial norte-americano, Christopher Ross, cujo  diagnóstico e observações  não levaram a uma resolução definitiva do conflito do Saara ocidental. 
 
Estas últimas semanas que antecedem o relatório da ONU parecem difíceis, pelo fato que Christopher tinha feito de tudo para criar novas tensões entre Marrocos e as Nações Unidas, mas não conseguiu finalmente, a sua posição a favor da causa da Frente Polisário foi desvendada, bem como do Mohamed Khadad, militante da Polisário junto aos corredores das Nações Unidas. Mas a capacidade do novo Secretário-Geral da ONU, Guterres,  sua experiência e seu conhecimento revela sua posição estratégica ora ele contem e outras invalida as manobras do Christopher Ross. O que levou  ao novo relatório baseado sobre  um conjunto de mensagens e posições geo-estratégicas a ler com cuidado para determinar as características da resolução do Conselho de Segurança do próximo final de abril, e para compreender o processo do dossiê do Saara, depois da época do Ban Ki-moon e Ross:
 
A primeira mensagem é dirigida ao Polisário e à Argélia, Guterres deve  referenciar no seu relatório o papel das "negociações realistas" ..Isso significa ultrapassar a época do Christopher Ross, e voltar para as conclusões do ex-enviado holandês da ONU, Walsum, cuja conclusão é o pedido da Polisário foi impossível e irrealista: Suas conclusões constituem uma recomendação  no relatório do Secretário-Geral da ONU em 14 de Abril de 2008,  votada tanto nas resoluções do Conselho de Segurança, como na última resolução 2285, na qual se anota "que as partes devem ter realismo e a vontade  necessária para avançar no processo denegociações."
 
O novo no relatório de Guterres volta para a abordagem e as conclusões do ex-enviado da ONU, Walsum: O que significa que a abordagem da Europa Ocidental em relação ao conflito vai retomar o dossiê, desvendando as manobras da Argélia das últimas semanas ao propor um novo enviado dos EUA, ao invés do Horst Koehler da Alemanha, alemjado por Guterres.
 
A segunda mensagem trata das observações de Guterres nas quais ele expressou sua preocupação diante da condição humana nos campos e da falta de meios de vida, e ajuda humana. O que leva o novo Secretario para abrir uma nova janela para a gestão do conflito. Propondo uma saída para o povo do campo, exigendo um mecanismos  para o recenseamento, e um controle sobre o destino da ajuda e a transferência. Tudo isso preoupa a Argélia, uma vez que  os campos se encontram no seu território, e os líderes da Polisário continuam explorando a ajuda em grande escala, cujos nomes do Ghali e Bouhali foram citados como atores das milícias.
 
Argélia sabe  que Guterres tem a competência e a experiência dentro da Organização, ele visa a mudar o destino dos refugiados no mundo, bem como nos acampados de Tindouf onde o estatuto dos acampados dever midar para dos refugiados.
 
A terceira mensagem do Guterres é a caracterização da situação na zona de Alkrkrat, na qual a Polisário se envolveu num estado de violação do direito internacional, causando uma tensão e um desafia tanto para o Marrocos que para a ONU: O que constitui um perigo para a missão da ONU, bem como para a segurança na região como um tudo.
 
O que busca as milícias da Polisário é manter o controle sobre a movimentação da zona tampão em termos do comércio e de trânsito para a Mauritânia e para os outros países do Oeste Africano.
 
Foram claras mensagens para o Conselho da Segurança, as quais  colocaram  a Polisário em apuro. segundo Guterres trata de uma situação de ameaça de paz e da segurança internacionais. E se ligar estas conclusões para Guterres é uma preocupação que exige umas medidas contra o conflito e os riscos de segurança.  Isso significa que o Conselho de Segurança alerta sobre o perigo na zona tampão. Os relatórios das Nações Unidas, muitas vezes chamam há quase um ano sobre a gravidade do que acontece na Argélia, no norte do Mali que se estende até o sul da zona do controle da Polisário, por motivo da movimentação dos terroristas e dos grupos extremistas.
 
A quarta mensagem  geo-estratégica no qual o relatório de Guterres deve chamar atençao  sobre os parágrafos do discurso real referente ao 41 aniversário da Marcha Verde. São as mensagens fundamentais no relatório, apresentado  para o Conselho de Segurança, no qual se envolve o projeto do desenvolvimento que Marrocos iniciou para as províncias do sul, caminho que fará o projeto dessas regiões como pólo regional e continental e que serve como um hub estratégico entre o Atlântico e a profundidade Africana Ocidental.
 
O Secretário-Geral das Nações Unidas apresentou para o Conselho de Segurança, bem como para as grandes potências ocidentais o modelo das regiões marroquinas e das fronteira para com a África Ocidental, na qual Marrocos  firmou seu novo modelo econômico regional e continental, e junto a uma zona isolante onde se encontram as forças da ONU, bem como a Argélia e a Frente Polisário..O que leva a pensar sobre as seguintes estratégias principais: a primeira é a construção económica iniciada por Marrocos para promover o topo do continente Africano e o oeste e, a segunda estratégia  é que este projeto económico colocado ao longo da costeira Atlântica e da zona tampão aumenta as perspectivas do desenvolvimento socioeconômico e as oportunidade do emprego para estes países, face ás  milícias armadas que desafiam  a estabelidade do projeto do desenvolvimento econômico que abre o continente  ao investimento exterior.
 
Assim Guterres deve tomar nota no seu novo relatório, sobretudo é como nomear os riscos regionais e alertar sobre a violações da Polisário, introduzindo a abordagem do desenvolvimento económico marroquino, que visa o continente africano.
 
O Marrocos conseguiu gracias ao seu poder conter as tensões, o que levou o Secretário Geral da ONU, Guterres, a denunciar as ùltimas manobras do Ross. Razão pela qual  o Marrocos se retirou da zona de Alkrkrat,  aceitando a volta dos civis da Minurso, alguns dias antes da saída do relatório de Goterres..Mas o fato  da frustração e do desmantelamento de todos os pretextos de  Ross é acabar com a era Ross, sem  influenciar o atual o Secretário-Geral, durante este período de transição, sem que as novas tensões entre Marrocos e as Nações Unidas possam a afetar as relações e o relatório da ONU que denuncia todas as manobras do ex-enviado, Ross, bem como  Ramadan Lamamra.
 
Foi muito claro que a resolução do Conselho de Segurança, base deste relatório, vai chamar a atenção  da Polisário e  condenar as ações deste movimento separatista. Incluindo uma ordem para retirar a milícia da zona  Alkrkrat, o novo projeto do presidente argelino, Kaid Saleh, pretendendo ocupar o lugar do Bouteflika,  e acender o plano de guerra na região, através das manipuldadas milícias da Polisario, o que fica sob os olhos do Conselho da Segurança.
 
Lahcen EL MOUTAQI