15-09-2002

 

Rex Judaerium

 

Aquele astro num céu cálido

anunciava um surgimento,

o maior de todos os tempos,

era o dia de seu nascimento.

 

Um menino nos nasceu!

Um filho se nos deu!

Braço forte pela justiça,

um varão, o rebento de Deus.

 

Sê luz àqueles que andam,

que caminham na escuridão.

Erga a voz e anuncia ao teu povo

a sua transgressão.

 

Sê ombro aos rostos aflitos.

Apascenta teus irmãos.

Sê consolo em meio aos conflitos.

Estenda-lhes suas mãos.

 

Como alguém de quem escondem o rosto

que passara tormento,

raiz de terra seca,

experimentado no sofrimento.

 

Não fizemos-lo caso algum,

o ferimos com nossa maldade,

mas levou sobre si nossas dores,

transgressões e iniquidades.

 

Viera aos que eram seus

mas estes o rejeitaram.

Quisera-lhes dar seu amor

mas com estupor foi julgado.

 

Ensina-lhes o valor da vida,

a repartirem o pão.

a ajudar com alegria,

ensina-lhes o perdão.

 

Não foi sacerdote segundo levitas

ou qualquer outro que peque.

Ele é sacerdote eterno

segundo a ordem de Melquisedeque.

 

De ti vem a salvação

efrata Belém!

Do teu sacerdote eterno

Cujo reino e Salém.

 

Pede-me as nações por herança,

pede-me e dar-te-ei,

és meu filho em quem me comprazo:

Eu hoje te gerei.

 

Ergue ao infinito seu som,

a paz de sua voz tão bela.

A morte não o deteve,

não sucumbira a ela.

 

Deixou a paz e a esperança

aos que se quiseram seus.

Eis que vive para sempre,

filho do homem,

filho de Deus.

 

Fellipe Knopp