MAURICE MERLEAU-PONTY

RESENHA E COMENTÁRIOS DAS TRÊS PRIMEIRAS PARTES DE “CONVERSAS”, TEXTO DE 1948, p. 01-27.[1]

Werner Schrör Leber

 

Maurice Merleau-Ponty insere-se entre os fenomenólogos do século XX, alunos de Edmund Husserl, adeptos da teoria do moraviano. Toda a filosofia merleau-pontyana leva consigo as marcas da fenomenologia desenvolvida por Edmund Husserl. A fenomenologia, por princípio, está ocupada em descrever significados. Seria uma “ciência” da interpretação dos sentidos sobre a visão primeira sobre algo. A fenomenologia quer descrever significados e intuições antes de eles se tornarem concepções sistematizadas pelas ciências e pelas concepções de mundo da história e da filosofia. O “ser do homem” no mundo é um significado. Não existe uma maneira de viver isenta de significados. Estar vivo é “gerar sentido” às coisas à nossa volta. O erro da filosofia idealista, empirista e inatista, conforme a fenomenologia, justamente está em acreditar que seja possível observar, contemplar o mundo sem considerar que a própria observação e contemplação, em si mesmas, sejam fenômenos carregados de intencionalidades. Não há como viver e pensar sem ser considerar que “viver e pensar” são atos intencionais que dirigem para algum horizonte. A vida é uma totalidade que jamais é neutra. A forma como se relaciona com o mundo, com as coisas é fenomenológica e não apenas natural. Além disso, Ponty foi também adepto da filosofia existencialista, cujos principais representantes no século XX foram Martin Heidegger, Max Scheler, Jean-Paul Sartre além do próprio Ponty.[2] Desse modo, fala-se também em filosofia existencialista-fenomenológica. Mas o que é fenomenologia? Essa pergunta não é de menor importância, posto que o texto de 48, aqui em questão, traz consigo os pressupostos desta escola de pensamento filosófico. Ponty mesmo explica ao dizer que a fenomenologia: “Trata de descrever, não de explicar nem de analisar. [...] eu não posso pensar-me como uma parte do mundo, como o simples objeto da biologia, da psicologia e da sociologia [...] tudo aquilo que eu sei do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada” (PONTY, 1996, p. 03, apud Cadernos de Textos Filosóficos da UFPR, 2008, p. 04).[3] O que transparece logo de princípio é a atitude claramente anticartesina da filosofia de Ponty. A separação radical entre o que “é claro e distinto” daquilo que assim não o “é”, conforme Descartes postula, em Ponty não é possível. Como diz o comentador “para compreender o homem, a ciência deve abandonar o hábito de dissecá-lo com técnicas padronizadas. Ela deve simplesmente ‘descrevê-lo’. É isso que a fenomenologia faz: descreve as coisas como elas se apresentam, sem projetar esquemas ou valores nas coisas” (Caderno de Filosofia Positivo, 2008, p. 04).[4]

A grande questão que a fenomenologia quer investigar assenta-se em perceber o erro da ciência: como ela pode querer estudar algo isolado da condição desse “algo”, o homem? A ciência é feita, praticada por pessoas. Não há ciência fora da visão e da liberdade, isto é, fora da capacidade de escolhas dos humanos. Como então querer um resultado completamente separado de quem o elaborou? Ponty não está contra a ciência, mas contra a interpretação equivocada que nos foi legada pela filosofia cartesiana, empirista e até mesmo a criticista (Kant). Assim escreve Merleau-Ponty nas lições proferidas entre 1949 e 1952 sobre a fenomenologia desenvolvida por Edmund Husserl: “A crise das ciências, das ciências do homem e da filosofia tende para o irracionalismo” (MERLEAU-PONTY, 1973, p. 16). O positivismo do século XIX é apenas um substrato do que vinha se desenrolando desde o fim do Medievo. É preciso contestar o objetivismo que a visão naturalista pretende. Ponty aqui não fala de Kant e Comte, mas sabemos de onde vieram aqueles postulados. O homem não pode ser separado das coisas. As coisas são sempre interpretações que o homem faz. Para a fenomenologia, a visão fatalista das coisas, dos objetos, não existe. A rigor, não existem “fatos” como simples processos naturais, mas interpretações que o homem faz daqueles acontecimentos que a ciência positiva considera “fatos”. O cientista é sempre um especialista que observa as coisas como sendo-lhe exteriores. Mas a pessoa comum ou mesmo um escritor de romances, por exemplo, não está interessado no que algum possível linguista ou exegeta poderá vir a ver e dizer sobre aquele escrito. Nossas ações somo comandadas por impulsos e intuições. Tanto Husserl quando Merleau-Ponty consideram essas intuições intencionalidades. Viver e ser é sempre dirigir a algo. Não há intenção sem conteúdo. Para Merleau-Ponty o importante é a percepção. Ela dá sentido ao mundo em que vivemos. Portanto, a fenomenologia é também um conhecimento que quer descrever intencionalidades (significados). Ela é o eixo da análise do texto de 1948.

 

PARTE 1:

O MUNDO PERCEBIDO E O MUNDO DA CIÊNCIA

 

Achar que o mundo percebido é mera natureza, que basta abrir os olhos e vê-lo é, conforme nosso autor, falso, ou melhor, ingenuidade. O mundo percebido é bem mais do que enxergar de modo natural apenas. É isso que ele nos diz logo na introdução de seu texto. É falso enquanto ficarmos presos a uma visão “prática e utilitária”, diz (MERLEAU-PONTY, 2004, p. 01). É ignorado por todos nós que a percepção não se limita a ver as coisas de modo natural. Ponty diz que foi nos últimos cinqüenta anos, pelos menos na França, que surgiram as críticas contra essa visão utilitarista da ciência e sua respectiva pretensão de ser objetiva em relação ao objeto investigado. A nossa “experiência vivida” está fora das alçadas da investigação científica (Op., cit., p. 02). A investigação científica não pode mais se comportar como se nossos sentidos naturalmente pudessem nos apresentar objetivamente o mundo, as coisas, os objetos. Ponty condena a visão científica que acha que apenas a metodologia da ciência empregada na investigação pode nos livrar da ingenuidade dos sentidos. Percebe que lentamente alguns cientistas deram-se conta disso. Conforme nos informa, na França já há cientistas que rejeitam essa pretensão absoluta e objetiva que a ciência crê possuir. Veja essa passagem: “O mundo verdadeiro não são essas luzes, essas cores, esse espetáculo sensorial que meus olhos me fornecem, o mundo são as ondas e os corpúsculos dos quais a ciência me fala e que ela encontra por trás dessas fantasias sensíveis” (Id., ibid., p. 03). Descartes queria fazer um exame que pudesse separar a sensibilidade (por isso rejeitou o empirismo; a sensibilidade) da coisa claramente distinta (a idéia, o puro pensamento, a coisa pensante sem a presença da coisa corpórea). Descartes, como Platão também, desconfiava dos sentidos e queria um conhecimento verdadeiro, indubitável, encontrado apenas na inteligência, na intelectualidade. Então Ponty comenta uma parte de Descartes na qual surge a discussão sobre a cera. [É uma passagem de As Meditações de Descartes, conforme parece]. Descartes pensa ter encontrado a cera como objeto, como algo objetivo e diferente do pensamento. Ou então, Descartes dá a entender que o pensamento é algo distinto e superior ao objeto observado. E Ponty comenta a posição cartesiana, com a qual, evidentemente, não concorda:  “A verdadeira cera, portanto, não é vista com os olhos. Só podemos concebê-la pela inteligência. [...] Para Descartes, portanto, [...] a percepção é apenas um início de ciência ainda confusa. [...[ Nossa dignidade é nos entregarmos à inteligência, que será o único elemento a nos revelar a verdade do mundo” (Id., ibid., p. 05).

Eis aqui a questão da percepção fenomenológica. Aquilo que para Descartes é apenas um “início de uma ciência confusa”, [no Discurso do Método ele várias vezes chama isso de “as muitas opiniões”, ou também “as várias ciências”], em Ponty é o centro da questão. Não se trata de uma “ciência ainda confusa”, mas da forma como percebemos o mundo. Não há essa visão “clara e distinta” que Descartes procura. A nossa relação como o mundo se dá pela percepção e pela inteligência também. As duas coisas estão sempre ligadas. Segundo Ponty, Percepção e Inteligência (Imaginação) são fenômenos sempre juntos. Não há como separá-los. Essa separação entre pensamento e coisa (que em Descartes é a separação da Coisa Clara e Distinta [Res Gogitans; o pensamento] da Coisa Corpórea (os objetos; Res Extensa), em Ponty torna-se como que enxertado um no outro. Percepção não é lago distinto de pensar e imaginar, isto é, conferir significado às coisas. Mas Ponty também não é um empirista a ponto de dizer que só as experiências sensíveis (como queriam Locke, Bacon e Hume) formam o nosso conhecimento. A nossa forma de lidar com as coisas, com o mundo é sempre fenomenológica no sentido em que não é possível criar uma regra única e geral para o nosso entendimento. Nem atribuindo primazia do pensamento sobre o objeto sensível (Descartes) e nem atribuindo primazia da sensibilidade em detrimento do pensar (Locke e Hume). Daí a crítica de Ponty à maneira como se praticou “ciência” em nossa tradição: “A ciência foi e continua sendo a área na qual é preciso aprender o que é uma verificação, o que é uma pesquisa rigorosa, o que é a crítica de si mesmo e dos próprios preconceitos”. (Ibidem., p. 05). A partir desse ponto, Ponty nos adverte que não se trata de negar a importância da ciência, seu desenvolvimento, suas pesquisas e seus avanços, mas de perceber que a “metodologia” cartesiana, newtoniana, copernicana, kantiana criou uma visão padrão de praticar ciência em que a mensurabilidade técnica, a isolação fria entre “sujeito” e “objeto”, torna-se a norma.  Assim escreve ele a esse respeito: “Não se trata de negar ou de limitar a ciência; trata-se de saber se ela tem o direito de negar ou de excluir como ilusórias todas as pesquisas que não procedem como ela por medições, comparações e que não sejam concluídas por leis, como as da física clássica, vinculando determinadas conseqüências a determinadas condições”. (Ibidem., p. 06). Ponty é um filósofo crítico da tradição científica. Ele está em luta com o estatuto naturalista que a ciência cultiva desde Bacon e que se aprofundou nos séculos XIX e XX. Ele está em luta com essa concepção exatamente como já estava Husserl nas décadas de 20 e 30 do século XX (MERLEAU-PONTY, 1973).[5] Nós estamos acostumados a pensar o mundo como “natureza”, como objeto existente naturalmente. É assim que estudamos. As nossas academias, via de regra, são assim padronizadas. A visão de Ponty conflita com a tradição de entendimento cultivada nas academias e nas escolas. Para o fenomenólogo, assim se pode dizer, “o homem tem um mundo” por sua percepção. Mas não um mundo natural, e sim o mundo percebido, apenas aquele que se apresenta a nós como mundo. Não percebemos todas as coisas, mas apenas aquelas às quais a nossa percepção, por sua vontade livre, se volta. O mundo, para nós, será sempre a intenção que conferimos a este ao aquele aspecto do que observamos. Se há uma consciência, então há sempre consciência de algo e não uma consciência vazia.

 

PARTE 2:

EXPLORAÇÃO DO MUNDO PERCEBIDO: O ESPAÇO

 

Alguns comentadores têm dito que a noção de percepção da arte atual (moderna), conforme Ponty escreve, é difícil porque os modernos não teriam nada a dizer. “Não existe julgamento mais cego do que este”, assevera nosso autor (MERLEAU-PONTY, 2004, p. 09). O pensamento moderno inverte o senso comum a respeito da noção de espaço. Ponty observa que “[...] a ciência clássica baseia-se numa distinção clara entre espaço e mundo físico” (Op., cit., p. 10). O que ele quer nos dizer com essa afirmação? O problema é que “espaço”, segundo Ponty, não é uma coisa clara, distinta, como Descartes e toda ciência decorrente de seus postulados quer. O pensamento clássico (tradicional) crê que espaço seja algo claro, homogêneo, independente das coisas físicas. Era assim com Bacon, Descartes, Locke, Kant e outros... Não pode haver espaço sem as coisas. Essa é a questão da crítica de Ponty. Daí seu comentário, que vai assim: [...] o domínio da geometria permanece rigorosamente distinto do domínio da física, a forma e o conteúdo do mundo não se mesclam. As propriedades geométricas do objeto permaneceriam as mesmas durante seu deslocamento, não fossem as condições físicas variáveis às quais ele é submetido. Este era o pressuposto da ciência clássica” (Id., ibid., p. 10-11). E Merleau-Ponty segue apontando que a noção de espaço euclidiano já não se sustenta. Nas artes é preciso destruir a visão natural do mundo, ou seja, os nossos sentidos não são instrumentais técnicos que captam o mundo natural que observamos. Por isso, Ponty diz também que “Nesse esforço para reencontrar o mundo tal como o captamos em nossa experiência vivida, todas as preocupações da arte clássica são despedaçadas” (Id., ibid., p. 12). Para não citar o texto de modo integral, limitar-me-ei a comentar alguns aspectos do que Ponty apresenta na página 15 e 16. Eis o que interessa!! O que Ponty nos diz, e isso é o fundamental de seu argumento, é que espaço não é algo que dominamos como se supunha na arte clássica. O espaço não é algo frio, sem corpo, sem situação espacial, uma inteligência pura. O espaço não é, por assim dizer, um imenso vazio. Espaço já é um objeto de minha intenção. Diz-nos nosso autor ainda que a filosofia e psicologia perceberam que o nosso relacionamento com o espaço não são “[...] relações de um puro sujeito desencarnado com um objeto longínquo, mas as de um habitante do espaço com seu meio familiar” (Id., ibid., p. 16). A nossa relação com a noção de espaço que Merleau-Ponty defende é bem diferente da tese cartesiana. O comentário a seguir fecha a Segunda Parte de Conversas: “Encontramos aqui, pela primeira vez, essa idéia de o que o homem não é um espírito e um corpo, mas um espírito com um corpo, que só alcança a verdade das coisas porque seu corpo está como que cravado nelas” (Op., cit., p. 17-18).

 

PARTE 3:

EXPLORAÇÃO DO MUNDO PERCEBIDO: AS COISAS SENSÍVEIS

 

O que foi dito acima, não vale apenas para o espaço. Merleau-Ponty defende que o mundo exterior só é percebido por nós em função de nosso corpo. As coisas exteriores (os objetos que percebemos) são percebidas pelo nosso corpo e dele recebem como que “atributos humanos”, de modo que nunca se sabe claramente o que é espírito e o que é corpo. Também aqui Ponty critica a visão tradicional e natural de ver as coisas. Não há uma maneira absoluta de isolar um objeto e dizer de modo objetivo o que ele é. As coisas carregam a nossa presença, as nossas intenções. Estamos nas coisas. A neutralidade na observação é ingenuidade. Na página 20 Ponty dá o exemplo da imaginação de um cego com as cores. Ora, o cego não tem a experiência sensível das cores, mas pode imaginá-las por analogia (comparação) com o som. Desse modo, o cego estabelece uma relação de significação com a exterioridade que não tem correspondência natural com o objeto (no caso, a cor que ele não vê de modo natural), mas é uma qualidade que surge na sua imaginação com a qual ele imagina o que é “ser cor”. Mesmo não havendo uma correspondência direta, o cego consegue compreender, dar um significado ao que ele imagina ser a cor. Ele atribui uma significação ao que “à sua visão” seria cor. Aqui se dá o que Cézanne chamou de “[...] pintar o cheiro das árvores” (MERLEAU-PONTY, 2004, p. 22). O que Ponty quer nos dizer é que os objetos não são coisas neutras, objetivamente constituídas e que podem ser também objetivamente açambarcadas pela operacionalidade técnica da mente, pela mensurabilidade matemática, geométrica e geográfica. A ciência atual não é melhor nem pior que outras formas de ver o mundo. Mas o que precisa ficar em suspensão é a visão natural do mundo, como se as coisas fossem meras naturezas que pudessem ser claramente dissecadas, descritas, analisadas pelo pensamento, pela imaginação, pela idéia. Pensar e Objeto não duas coisas distintas. Não há pensamento sem objeto, assim como também não há objeto sem as intencionalidades que a ele atribuímos (o que Ponty também denomina “atributos humanos”). São coisas imbricadas; uma está na outra. O todo não é meramente a soma de suas partes. Cada parte, de um determinado modo, contém o todo. Cada parte do que for analisado é muito mais do que apenas as decomposições em partes, como queria Descartes na Segunda Regra, (Segunda Parte) do Discurso do Método. Não temos o direito de achar que os objetos se apresentam para nós sem algum “atributo humano” (Op., cit., p. 27). Os objetos implicam sempre certa decisão (na fenomenologia se chama isso de intencionalidade) que tomamos a respeito de suas presenças. No fundo, eles são aquilo que deles fazemos. As coisas representam nossas escolhas no mundo, representam as atitudes que assumimos em relação ao mundo.[6] Não essa relação de distância e dominação sobre os objetos como queria René Descartes. E sim uma integração em que “sujeito e objeto” nem podem ser vistos como separados. Eles formam uma unidade primária de sentido e significados de nossas ações no mundo.

 

REFERÊNCIAS

MERLEAU-PONTY, Maurice. Conversas – 1948. [Tradução de Fábio Landa e Eva Landa; Organização de Shéphanie Ménasé e Revisão de Marina Appenzeller]. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

MERLEU-PONTY, Maurice. Ciências do homem e fenomenologia. Tradução, prefácio e notas de Salma Tannus Muchail. São Paulo: Saraiva, 1973.

 

 

[1] Utilizamos aqui o texto conforme a seguinte edição: MERLEAU-PONTY, Maurice. Conversas – 1948. [Tradução de Fábio Landa e Eva Landa; Organização de Shéphanie Ménasé e Revisão de Marina Appenzeller]. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

[2] É difícil separar a filosofia existencialista do século XX dos princípios do método fenomenológico de Edmund Husserl. De um modo geral, todos os importantes filósofos existencialistas contemporâneos foram também fenomenólogos. Seria o caso de próprio Merleau-Ponty, Jean-Paul Sartre, Gabriel Marcel, Max Scheler e, sobretudo, Martin Heidegger.

[3] MERLEAU-PONTY. Fenomenologia da percepção. [1945] São Paulo: Martins Fontes, 1996. Essa passagem está citada nos Cadernos de Estudos de textos filosóficos da UFPR: Filosofia – A: Merleau-Ponty; Introdução à filosofia de Merleau-Ponty, Aulas 09 e 10. Curitiba: Editora do Curso Positivo[Gráfica Posigraf S/A], 2008, p. 04.

[4] Conforme Op. Cit.

[5] As conferências sobre o entendimento de Husserl das ciências europeias e a psicologia encontram sem reunidas em MERLEU-PONTY, Maurice. Ciências do homem e fenomenologia. São Paulo: Saraiva, 1973.

[6] MERLEAU-PONTY, 2004. Por exemplo, página 23