Reminiscência do silêncio.
Publicado em 30 de julho de 2012 por Edjar Dias de Vasconcelos
Reminiscência do Silêncio.
Existia um sintoma.
Pequeno.
Mas era uma civilização.
Esse segredo foi escondido.
No seu princípio por ser refratário.
O mundo sempre fora gongórico.
Esse o grande sinal.
Imbecil.
Não tenho nada mais a dizer.
Além desse agnóstico propósito.
O mundo fora povoado.
Por Tribos escolhidas.
Certa geogenia física.
Então haveria de ser o que é.
Não poderia ser nada além do que está sendo.
Do lado de cá.
Existem multidões.
Perdidas.
Solitariamente.
O que é a grandiloquência.
Não sei dizer.
Além de um grânulo de areia.
A distância uma cláusula.
Inimistada.
Não sei se deveria revelar o último segredo.
Insculpido na intolerância.
É inútil relevar a natureza do caminho.
Dizer melancolicamente que existe uma pedra.
Para um turbilhão de montanhas.
Tudo que sei que amanha será dia.
E que a tarde terá a intensidade do escurecer.
Que os deuses são indolentes, insípidos.
Mistura se ainda o labroste sentimento nacional.
Para quem devo revelar essa fantasia.
Indecorosa.
O destino simplistamente ancorado.
Perspicácia linguagem.
Idiossincrática.
Pertransido.
Pêsame ao destino comum.
Esse mundo é uma configuração.
De coisas sem significação.
Acreditar em quê?
A pergunta fundamental.
Apenas o sujeito conhece.
O seu saber ideologicamente.
Aprendi uma coisa estapafúrdia.
Todo mundo tem a mesma perspiração.
Certa persecução a si mesmo.
Esse é o destino comum do mundo.
Isso já é o bastante.
Não sei da possibilidade de outras necessidades.
Já imaginou um graveto perdido na imensidade de um campo.
É a mesma coisa imaginar uma partícula da nossa química.
Solitariamente ao infinito.
Isso basta a minha solicitude.
Faz me entender tão pequeno.
A última das significações.
Prelibada.
A genialidade comum.
A refulgência da refutação dialética.
O libertário é aquele que é refém de tudo.
Menos do ideário do seu saber.
A predeterminada reminiscência.
Ontologicamente discreta.
Fantasmagoricamente.
O silêncio definitivo do mundo.
Edjar dias de Vasconcelos.