A Vida é uma poesia que não tem fim, pois quanto mais vivemos, mais aprendemos na Universidade da Vida que não se extingue, porque é através da Existência que temos a honra de permanecer e fazer os nossos descendentes existirem. É exatamente por esta permanência que não sofremos a carência da não vida.

Apesar do passar dos tempos, vamos vencendo os tempos por amor aos outros e a nós mesmos nas asas da Poesia.

A igreja do principado

O qual ninguém conhece exceto aquele que o recebe.
Apocalipse de Jesus segundo João, cap. 2: 17.


Encontramos-nos em Pérgamo;
A igreja do pergaminho
Onde o homem se sente sozinho
Em meio à humana sabedoria
Que não traz ao seu espírito,
A verdadeira alegria.

É um principado humano
Que o deixa ao abandono
Completamente vencido.
O homem governa outro homem,
Mas não domina a si mesmo,
E nesse estado se consome
Vagando no ermo.

Não olha para dentro de si,
Vive só para o exterior,
A oração não procura,
Mas sente falta de Amor.

O amor humano aparece
A sua ajuda oferece,
Mas nada muda.

Não serve ao seu Deus,
Mas segue a Balaão,
Um simples falso profeta
Que a Balaque dá a mão.

Segue aos nicolaítas
Que proíbem a união
Do Homem com o seu Senhor,
Para tirar proveitos
E sentir os efeitos
Da falsa adoração.

Só casamento externo
Para afastá-lo do Eterno.

À prostituição o induz,
Para negar o Senhor Jesus.

Se ele vence esta batalha
Recebe da mão do Cristo
Uma pedrinha branca,
E com ela avança
Para outro degrau.

Conhece um Novo Nome
E recebe o cognome
De Filho do Homem.