PESQUISA SOBRE O IDEB NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO FUNDAMENTAL

Por ROGERIO VIANNA | 24/09/2017 | Educação

PESQUISA SOBRE O IDEB NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO FUNDAMENTAL

1º  RELATÓRIO PRELIMINAR

Rogério Vianna, coordenador, dezembro de 2016

Senhor Ministro da Educação, e senhores Secretários de Educação de Estados e Municípios,

 

                Venho lhes encaminhar em anexo Relatório de Pesquisa realizada em dezembro de 2016 com cerca de 3 mil escolas públicas de ensino fundamental  de 1320 municípios.

                O faço estimulado pelos comentários feitos pelas escolas na pesquisa, altamente impactantes e muitas vezes comoventes, que nos solicitaram fazer esssa comunicação, como os seguintes:

                “seria bastante interessante que essa pesquisa chegasse até às autoridades para que eles pudessem ter uma visão real dos problemas enfrentados pelas escolas públicas brasileiras e que assim pudessem reformular as políticas educacionais para atender cada realidade.”

                “pesquisa muito relevante para se constatar a realidade das escolas municipais. parabéns!”

                “espero que essa pesquisa surta algum efeito, pois todos os anos que estou aqui costumo responder o que tem e o que falta e bem pouco e realizado pelas pesquisas.tem algumas que mandamos até fotografias e no outro ano de novo e não mandam um prego pra perguntar de novo como está. desculpa a sinceridade”

                “a iniciativa dessa pesquisa foi muito boa, mas é preciso realmente se analisar as respostas dadas por cada escola a fim de que se tome de fato medidas para auxiliar na melhoria da aprendizagem. esperamos que essa pesquisa não fique apenas no plano teórico”

                Verifico que embora hajam muitos estudos sobre a educação no Brasil raros são os que se baseiam nas realidades  e nas opiniões das próprias escolas. A pesquisa deixou claro o distanciamento das autoridades e dos especialistas da educação com relação as proprias escolas, fator este que certamente tem contribuido para a proposição de soluções “teóricas” e distantes dessas realidades.

                Sem ouvidar da qualificação e da valorização dos professores, as escolas, na pesquisa, apontaram como principais problemas “políticas públicas e/ou apoio às escolas” e “participação da família e/ou articulação com a comunidade”. O primeiro problema corrobora o dito acima, e o segundo problema indica, muito claramente, que ações são necessárias não apenas para encorajar e dar suporte às famílias para se envolverem com a educação de seus filhos, mas também que as escolas precisam de mais apoio e, principalmente, autoridade própria para lidar com os problemas que essa carência suscita.

                Concluo sugerindo que se lance mão da tecnologia para que haja uma real comunicação, em tempo real, das escolas com suas autoridades, e que se dê de forma transparente para todo o público. Como se sabe pela experiência de muitas outras áreas, a desinformação não apenas é a ferramenta dos incompetentes, como não mais é aceitável no mundo atual. Vale relembrar uma frase de Einstein e de Steve Jobs: “somos todos muito ignorantes. O que ocorre é que não ignoramos as mesmas coisas”, “você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção”.

                A planilha completa da pesquisa está a disposição dos senhores, e de quem mais queira analisar seus resultados.

Atenciosamente,

Rogério Vianna

Brasília, 14 de janeiro de 2017

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