O Que é Crédito De Carbono
Por Pamela Duarte | 12/09/2008 | AmbientalCréditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de poluentes na atmosfera, porém, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. As empresas recebem créditos que entram em negociação na proporção de suas responsabilidades. Todos os bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas que atingiram seus objetivos de redução de gases tóxicos. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais. Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de Mercadorias.
Há várias empresas
especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás
carbônico na atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás
espalhadas pelo mundo se preparando para vender cotas dos países menos
poluidores (geralmente subdesenvolvidos e em desenvolvimento), para os que
poluem mais. Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de
certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.
A criação de mecanismos de mercado que valorizam os recursos naturais é uma
extraordinária inovação cujo primeiro exemplo deu-se nos EUA com a emenda de
1990 ao Clean Air de 1970. Por causa dessa Emenda de 1990, que criou as cotas
comercializáveis de poluição nas bacias aéreas regionais dos EUA, a poluição do
ar diminuiu numa media de 40% nos EUA entre 1991 e 1998. Varias iniciativas,
seguindo o mesmo princípio, estão em processo de ser adotadas em vários países e
internacionalmente.
Os volumes do Mercado de Carbono têm estimativas das mais variadas, e na maior
parte das matérias publicadas pela imprensa os índices não batem. Cada fonte
indica um dado diferente, vai desde U$ 500 milhões até US$ 80 bilhões por ano -
os analistas de investimentos consideram o volume estimado pelos especialistas
insignificante, comparado com alguns setores que giram volumes equivalentes num
mês.
O que pode haver é uma forte demanda por países industrializados e uma
expectativa futura de que esse mercado venha a ser um "grande negócio", uma
fonte de investimentos, do ponto de vista estritamente financista. Neste caso,
a posição do Brasil é estratégica, em função de uma série de considerações que
faremos adiante.
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