O Prazer de ler Jornal

Antônio Padilha de Carvalho

É necessário que leiamos mais. Carecemos de tomar consciência e termos convicção da importância da imprensa em nossas vidas.

Abordando esse tema o grande psiquiatra e escritor Augusto Jorge Cury, que também é psicoterapeuta e cientista brasileiro, autor de vários livros de grande sucesso no Brasil, é um estudioso sobre as dinâmicas da emoção e da construção dos pensamentos, afirma de maneira categórica: “Quem dera nas escolas de ensino médio e universitário lessem, debatessem e assimilassem temas relevantes levantados e discorridos pela imprensa. Espero que os jovens, bem como os adultos, descubram cada vez mais o prazer de folhear um jornal. É um ritual mágico.”

Uma vez que somos apenas hóspedes e não proprietários deste planeta azul, é de primordial interesse que todos nós acompanhemos diariamente as mudanças que se fazem.

Os Jornais trazem de maneira simultânea e com muita precisão todos os fenômenos que ocorrem no mundo. Assuntos como a economia, políticas, conflitos, opiniões, lazer, meio ambiente e novas tecnologias. Verdadeiramente, os jornais são imbatíveis e insubstituíveis nesse aspecto da rapidez e da comodidade. Abrir um jornal é deparar-se como o mundo vivo e palpitante a menos de dois palmos de distância dos nossos olhos ávidos de saber.

Os jornais através de suas elaboradas matérias, estão muito além de apenas fornecer informações, eles acabam por fomentar idéias e ideais nos seus leitores. Os jornais têm a grande capacidade de fazer as pessoas pensarem ao invés de somente repetirem dados.

Sabemos que a invenção de Gutenberg foi fruto do aparecimento  da burguesia, que começava a disputar e buscar a liderança do processo histórico com a aristocracia que comandava o mundo. A imprensa, verdadeiramente, foi quem incentivou as massas a participar de maneira ativa nas disputas pelo poder. O Jornal que lemos todos os dias tem um passado glorioso e de alta respeitabilidade.

O jornal impresso jamais será substituído. Já passou por momentos sombrios de censura e de arrocho econômico-financeiro, cambaleou, mas nunca chegou a cair. Como em todas as áreas, presenciou a chegada das novas mídias tecnológicas que visam o mercado, o tempo e o bolsos da sociedade.

Temos informações seguras que: “Nos últimos anos, a discussão sobre o futuro dos jornais passou a freqüentar o debate sobre comunicações. A internet – e suas infinitas possibilidades de informação e interação – é colocada como rival dos meios impressos, tachados de lerdos e opacos. Preocupados com a adesão avassaladora dos jovens à rede de computadores, os jornais buscam a renovação e discutem sua função nesse momento e seu espaço como negócio.

Tradicionais empresas jornalísticas já há muitos anos investem na internet e aproximam suas plataformas de informação. Embora sejam âncoras importantes na rede e ganhem audiências em crescimento exponencial, não encontram contrapartidas em suas receitas que possam justificar uma eventual transição do papel para a tela.”

O número de alarmistas-pessimistas e de alguns analistas da área da comunicação, prevêem já há algum tempo o fim dos jornais como algo inevitável. Ninguém é capaz de dizer com certeza o que ocorrerá. Só o tempo dirá, vez que pesquisas sérias dão conta que a venda e tiragem de jornais continuam a crescer em todo mundo. Pois não é que estão dizendo por aí que até o mundo vai acabar.

Antônio Padilha de Carvalho é advogado, professor, geógrafo e escritor. E-mail: [email protected]