AUTORES:

HELENA DA SILVA  MACIEL

EDILENE DE LIMA

RUTE ALVES CARVALHO

O PEDAGOGO NA EDUCAÇAO DE JOVENS E ADULTOS

SORRISO

2017

HELENA MACIEL

EDILENE DE LEMA

RUTE ALVES CARVALHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, como requisito parcial para obtenção do Titulo de Pedagogo.

SORRISO

1 INTRODUÇÃO               

Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a Pedagogia, que no Brasil é uma graduação e que, por parte do MEC - Ministério da Educação e Cultura, é um curso que cuida dos assuntos relacionados à Educação por excelência, portanto se trata de uma Licenciatura, cuja grade horário-curricular atual estipulada pelo MEC confere ao pedagogo, de uma só vez, as habilitações em educação infantil, ensino fundamental, educação de jovens e adultos, coordenação educacional, gestão escolar, orientação pedagógica, pedagogia social e supervisão educacional, sendo que o pedagogo também pode, em falta de professores, lecionar as disciplinas que fazem parte do Ensino Fundamental e Médio, além se dedicar à área técnica e científica da Educação, como por exemplo, prestar assessoria educacional. Devido a sua abrangência, a Pedagogia engloba diversas disciplinas, que podem ser reunidas em três grupos básicos: disciplinas filosóficas, disciplinas científicas e disciplinas técnico-pedagógicas.

                Buscamos com essa pesquisa principalmente compreender o porquê da falta de profissionais com perfil para trabalhar no EJA, que é um problema muito sério e que acarreta dificuldades para se desenvolver um bom trabalho nessa modalidade de ensino, causando assim um número significativo de evasão escolar.

                Ser professor da EJA não é para qualquer profissional da educação. Ele precisa ter um perfil adequado, pois a metodologia tem que ser diferenciada, bem como a forma de relacionar professor/aluno.

Na formação continuada tem que procurar enfocar: metodologia, avaliação e relação professor/aluno de forma sistêmica sendo o mais objetivo possível.

Paulo Freire, no seu método de alfabetização, visando a libertação, da um significado a essa relação professor/aluno: “Para ser um ato de conhecimento o processo de alfabetização de adultos demanda  entre educadores e educandos, uma relação de autentico diálogo”.

                Em nosso país que não tem como negar um número significativo de analfabetos. Muitos se vêem obrigados a improvisarem, local  para suas aulas, materiais utilizados e professores arranjados para resolver essa demanda, a profissionalização do corpo docente e o enriquecimento dos ambientes da aprendizagem são fundamentais.

Procuramos focar essa pesquisa nas seguintes questões: Qual é o perfil dos educadores da EJA que estão se  formando nas faculdades?

Até que ponto o curso de Pedagogia, com essa habilitação, contribui para uma inserção profissional?

Os profissionais enfrentam dificuldades para trabalhar na EJA?

Há casos de formandos que desistem de atuar por não serem valorizados ou reconhecidos como profissionais qualificados para uma área específica EJA?

 Já tenho um amplo conhecimento do assunto por ter participado de um treinamento com um grupo de educadores, é esse curso me instigou um maior interesse por esse assunto e  através de leituras pesquisas e discussões com educadores e educandos, acredito esclarecer várias dúvidas fiz novas investigações e estudos sobre a formação de um educador para a EJA.

O nível de analfabetismo no Brasil tem um índice altíssimo, foi elabora das pesquisas pelo o INEP-MEC (2003) nos permitindo traçar o perfil do fenômeno do analfabetismo. Referenciando nos dados do senso demográfico o mapa aponta 13,6% da população de 15 anos e mais, seja, cerca de 16 milhões de pessoas não tem nenhuma escolaridade ou menos de um ano de estudos o que os coloca como analfabeto absoluto. Se tomarmos como referencia o conceito de analfabetismo funcional esse numero sobe para cerca de 30 milhões de pessoas.

A maior concentração de analfabetos nesta na faixa etária está acima dos 60 anos representando 34,0% em seguida os de 45 a 59 anos com 17,6% em seguida os de 30 a 44 anos com 9,5% em seguida os de 20 a 29 anos com 6,0% em seguida 15 e 19 com 3,2%. Se considerarmos o gênero, verifica-se que 12,4% dos homens de 15 anos e mais são analfabetos, enquanto as mulheres representam 12,3%. Assim podemos ter uma visão que nos dar a magnitude do problema. Cabe a nos como educador dar-lhe uma dimensão humana, pois conhecer cada um dos seus alunos como sujeito histórico, na medida em que fazem historia nela também se vão fazendo. É preciso conhecer cada um, seu mundo, sua historia de vida, suas lutas, seus fracassos e vitórias, aspirações, é necessário o profissional da área da educação buscar esses dados para poder desenvolver um bom trabalho, mesmo tomando esses cuidados o professor encontra varias dificuldades como o atraso, as faltas e o pior de toda a desistência desse aluno.

                 A nossa sociedade está focada nesse assunto enfrentar o desafio de erradicação, tendo como princípio a inclusão e a facilitação do acesso aqueles que não tiveram oportunidade de aprendizagem na idade própria, supõe a organização de espaço e tempos diferenciados.

O desenvolvimento da educação de jovens e adultos no período noturno têm sido o mais comum. Entretanto, podem ser organizadas turmas no final de um turno de trabalho noturno, podendo ser no antes do inicio do expediente e no intervalo do almoço enfim possibilitando assim o acesso e a permanência supõe uma serie de arranjos diferenciados.

É importante também o tempo das aulas que deve ser dimensionada e organizada, considerando que se trata de estudantes trabalhadores que vem ou vão enfrentar uma dura jornada de trabalho. A esta ainda se associando nas grandes cidades, o desgaste natural relativo ao deslocamento de casa para o trabalho. Portanto, não faz sentida uma carga horária de aula elevada. É preciso também pensar em atividades dinâmicas e significativas para esses alunos.

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