A comunicação é uma inevitabilidade cultural e antropológica, sempre acompanhada de atitudes, e expressa por uma linguagem verbal e/ou não verbal. O relacionamento interpessoal provoca, necessária e inevitavelmente, determinados comportamentos comunicativos: uns, eventualmente, premeditados, estudados e treinados; outros, espontaneamente.

É possível, a partir do exercício persistente e de boas práticas, a nível da comunicação educacional, preparar o uso da língua com correção, elegância, naturalidade e eficácia.

A instituição de um paradigma comunicativo impõe-se, hoje, primeiro quarto do século XXI, à sociedade universal, sendo urgente implementar todos os recursos possíveis, para que o relacionamento humano intercultural, inter-religioso, intergrupos, interplanetário, seja uma regra e não uma exceção.

Quaisquer que sejam as: atividades profissionais, com os apoios das disciplinas técnicas, estratégicas e metodológicas que as estruturam, bem como os recursos utilizados, o objetivo fundamental é atingir-se um “resultado”, cientificamente expresso numa quantidade, revelando qualidade e rigor, sempre em contextos de crescente competitividade, num espaço cada vez mais globalizado.

Hoje, a par das preocupações académicas, teorizações e muita ilustração, exige-se, também, uma valência que vem assumindo uma qualidade que é, avassaladoramente, valorizada pelos empregadores, porque indispensável ao sucesso das empresas, sejam públicas, privadas ou cooperativas, sejam instituições da mais diversificada natureza e com os mais diferenciados objetivos. A valência a que se alude, denomina-se por “Competência”.

A necessidade, determinação, imposição e/ou urgência de se alcançarem objetivos materiais, morais, políticos, religiosos, éticos e quaisquer outros, previamente definidos, em todas as atividades humanas, sugere e aconselha uma atitude cada vez mais pragmática, no sentido de uma intervenção prática, enquadramentos socioprofissionais corretos, e uma abertura mental para a competitividade.

O avanço da ciência, da tecnologia e da globalização impõe comportamentos de rigor, de produtividade, de concorrência. Para vencer este surto desenvolvimentista, e consumista, pessoas, organizações e sistemas têm de ser competentes. Vários serão, certamente, os conceitos de competência, destacando-se, entre outros:

«Capacidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa.»;

«Atributos pessoais que distinguem pessoas de altas performances de outras, num mesmo trabalho.»;

«Pessoas competentes são aquelas que obtêm resultados no trabalho, nos empreendimentos, utilizando conhecimentos e habilidades adequados.»;

«Competência é a transformação de conhecimentos, aptidões, habilidades, interesse, vontade, etc., em resultados práticos. Ter conhecimentos e experiência e não saber aplicá-los em favor de um objetivo, de uma necessidade, de um compromisso, significa não ser competente, no sentido aqui destacado.» (RESENDE, 2000:30-32).

Nunca, como agora, as organizações sociais, e as pessoas precisaram de ter e desenvolver competências, porque se trata de um requisito essencial para o bom desempenho de uma atividade, mesmo que tal atividade seja comunicar e manter relações interpessoais corretas, civilizadas e produtivas no sentido de se alcançarem objetivos, ainda que circunscritos a uma comunicação e relacionamento agradáveis.

Por isso se justifica a valorização da competência, porque terá profunda influência nos destinos das organizações, nas carreiras profissionais das pessoas e, neste contexto, o conceito paradigmático de competência assume uma nova dimensão e significação, cujas consequências se evidenciam no relacionamento humano permanente.

Atualmente, o paradigma que se insinua, em diversos meios e organizações, aponta para noções objetivamente positivistas:

a) «A competência será tanto mais prestigiada do que a erudição»;

b) «A competência será o atributo mais importante das pessoas»;

c) «As referências mais importantes para a remuneração ou promoção das pessoas nas organizações não serão mais tempo de casa ou escolaridade, mas sim competências e habilidades»;

d) «As expressões competência emocional, competência espiritual e competência da cidadania, por exemplo, são novas formas de ver e conceituar estas maneiras de ser, manifestar e agir das pessoas.» (Ibid.: 7-8).

A inferência que parece adequada é começar a interiorizar-se que a competência será cada vez mais um atributo, que se impõe às pessoas e organizações, num mundo complexo, competitivo e, por vezes, conflituoso.

Logicamente, a primeira conclusão que se pode extrair é que também na comunicação, e no relacionamento interpessoal, as pessoas e as organizações têm de ser competentes, aqui no conceito prático de obtenção dos melhores resultados, isto é: fazer passar as mensagens verbais e não-verbais que se vão transmitindo, no exercício dos múltiplos papéis que diariamente são desempenhados pelas pessoas e organizações, numa sociedade que se deseja, competentemente, civilizada, tolerante, justa, solidária, fraterna e humanista. Exija-se, pois, competência.

 

Bibliografia

 

RESENDE, Enio, (2000). O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Auto-Ajuda para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark

 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

 

Jornal: “Terra e Mar”

 

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