O Comité especial dos 24 (C24) da ONU sobre a descolonização  reuniu, 18 de maio 2017, na ilha de Santa Lúcia, região Antilhas. No qual participaram várias delegações através o mundo, na margem desta conferência, a imprensa internacional relatou sobre o incidente que envolveu o Diretor Geral do ministério dos Negócios Estrangeiros da Argelia, Soufiane Mimouni, e Mohamed Ali Khamlichi, ajunto da Embaixada de Marrocos nas Ilhas, que  sofreu  uma lesão diante docomplexo fenômeno da violência, causado pelo bate-boca.

A Frente Polisário foi o motivo quando tentou desviar a atenção dos delegados, admitindo ser o único representante legítimo do povo sarauí, o que foi protestado e contestado por parte dos representantes marroquinos.

O diplomata argelino, desentendido sobre a causa marroquina, expressando a sua unilateralidade junto à Frente Polisário, levando a orquestrar alguns golpes contra o então o diplomata marroquino que contestava suas versões.  Os golpes foram de grande profundidade, o que necessitou a sua hospitalização.  Tal fato deve ter suas repercussões e acentuar a crise diplomática entre os dois países rivales do norte da África; interrogando assim sobre a despreparação das partes e o ódio para negociar sobre a questão do Saara marroquino.

Após a agressão do diplomata marroquino, as acusações continuam a sutir os efeitos negativos, portanto isso não deve ser motivo da confrontação, nem de dissipar  o clima de tensão que paira no horizonte, notadamente nas principais manchetes e nos jornais, em torno do dossiê do saara ocidental.  Tal motivo do desentendimento prolonga ainda mais o conflito artificial que durou mais de 4 decadas, sem uma solução justa que coloca fim a este conflito saraniano.

Para a Frente Polisário o enfoque dos direitos do povo saruí e da descolonização das terras não passa de umas estratégias políticas e os programas instrumentalizados para fins ideolóficos. Nos encontros internacionais e regionais refletem o complexo que envolve o dossiê, bem como as pataformas a promover para defender os direitos dos povos em estado da miséria e da detenção. O que corre o risco de semear o caos e a confusão, dos povos que lutam pela paz, em detrimento da integridade territorial.

Para isso a região do saara necessita de cautela, da coragem e da vontade, proque a Frente Polisário e a Argélia criaram um círculo vicioso em torno dos líderes, atraídos pelos interesses e não pela causa do povo sarauí que reconhece os fatos da evolução histórica desta questão.  Bem como dos obstaculos para negociar a paz e a estabelidade em torno de programas marroquinos da regionalização avançada.

 Por outro lado o governo de Marrocos deve mostrar a maturidade, diante deste incidente evolcuído como "um ato inaceitável" e que "transgride todos os usos e práticas diplomáticas". Mas ao mesmo tempo motivo de  uma reflexão no contexto da Frente Polisário e da interferências da Argélia no diálogo do dossiê do saara marroquino.

Este episódio constitui também um ponto  central das posturas e das garantias  que promovem um clima de paz e de negociações em prol da estabelidade e da compreensão dos protestos das mílicas em torno do conflito sarauí.

Em fim as interrogações a levantar neste contexto do incidente diplomático, tendo em vista as repercussões internacionais entre Marrocos, Argélia e a Frente Polisário, a reflexão é sobre o futuro  das relações de cooperação entre os povos da Argélia e de Marrocos? E a comunicado Internacional desempenha um papel no sentido de prevenir contra estes incidentes, de modo que nem os marroquinos nem outras partes possam considerar tal fato como vitória ou fracasso, mas sim como fator para progredir junto com a humanidade num processo de paz sem  conflitos armados, nem violações dos direitos os mais elementares, e com respeito à dignidade humana e ao direito à educação no âmbito de uma região estável e pacífica?.

Lahcen EL MOUTAQI