Roberto Ramalho é jornalista, Relações Públicas e trabalha na área de saúde.

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
É preciso ficar atento porque o vírus da gripe suína ou gripe A (H1N1) poderá ficar virulento, isso é, tornar-se mutante e resistente aos antigripais receitados que são o Tamiflu e o Relenza, caso já confirmado na Dinamarca e no Japão para o primeiro antiviral. Além disso, uma vacina poderá não ser eficaz e eficiente para combatê-la. Ele já está matando muitas pessoas na Argentina, no Chile, no México e nos Estados Unidos. Só na Argentina, país que faz fronteira com o Brasil, a gripe A já matou mais 100 pessoas até agora.

No Brasil,  a gripe suína ou gripe A (H1N1) também já matou até agora mais de 130 pessoas pessoas, sendo um número de grande de adultos até 25 anos, de crianças menores de idade, e muitas mulheres grávidas, e a situação já começa a ficar preocupante. Muitas pessoas estão sendo contaminadas sem sequer terem saído do Brasil para os países afetados, como Estados Unidos, México, Chile e Argentina. São os chamados casos autotócnes.
De acordo com um laboratório de São Paulo, o centro das pesquisas é o vírus influenza, o causador da gripe comum e também da nova gripe que se espalhou pelo mundo. A pesquisadora Nancy Bellei analisa também as informações levantadas pelo Ministério da Saúde com pessoas que ficaram gripadas.

Segundo a pesquisadora a gripe comum e a nova gripe são bem parecidas em alguns aspectos. A febre foi notada em 91% dos pacientes com gripe comum e em 91,3% daqueles que contraíram a nova gripe. A tosse teve o mesmo tipo de incidência: apareceu em 87% dos casos.

Ainda não há vacina específica para o novo vírus, mas convém tomar a vacina para gripe comum, embora os benefícios sejam incertos. Alguns antivirais também podem ser usados preventivamente por profissionais de saúde que lidem com casos suspeitos. Quem vai viajar para áreas com a doença, embora não seja recomendado pelo Ministério da Saúde, pode levar remédios na mala. As multinacionais farmacêuticas Novartis e Sanofi-Aventis já estão fabricando uma vacina que já estão passando por testes clínicos no Canadá, nos Estados Unidos, na Austrália e na China. São testes clínicos em humanos para saberem a eficácia da vacina a fim de serem comercializadas e distribuída a população mundial.

Os pesquisadores só não sabem ainda precisarem se serão necessárias aplicar uma ou duas doses da vacina nas pessoas a serem vacinadas.

Esse aceleramento na preparação das vacinas é para evitar que matem milhares de pessoas já que o inverno começará no próximo mês no Hemisfério Norte.

Em entrevista coletiva recentemente, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão afirmou que o Instituto Butantã que vai produzir a vacina aqui no Brasil, embora não tenha recebido a cepa do vírus da gripe A (H1N1) da Organização Mundial da Saúde. Antes ela deverá ser testada em voluntários para saber da sua eficácia no tratamento contra o novo patógeno.
Estima-se que nos Estados Unidos existam um milhão de infectados, o que ainda não está confirmado. Esse seria o maior número de infectados da gripe suína ou Influenza A (H1N1) no mundo.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, afirmou recentemente que o avanço da gripe suína nos países do Cone Sul é "extremamente preocupante" e que serve de alerta aos países em desenvolvimento de que a pandemia "só está começando". Para combater a epidemia, Ban pediu a um grupo de governos de países ricos que se reuniu no encontro do G8 (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão, Austrália, Canadá, França e a Rússia) mais o G5 (Brasil, China, Índia, África do Sul e México), em Áquila, na Itália, que US$ 1 bilhão sejam dados aos países em desenvolvimento para que estejam preparados a lidar com o vírus H1N1.

Ainda sobre o assunto, afirmou o presidente da Organização das Nações Unidas durante o evento: "O que estamos vendo na Argentina deve servir de advertência a todos", em declarações a imprensa E continuou dizendo:. "O vírus saiu do México ou América do Norte e agora ganha força em várias regiões do mundo. Mas nossa principal preocupação está na América do Sul", afirmou. "A situação na Argentina é alarmante", disse.

Sobre o inverno no Hemisfério Norte que deverá começar daqui a alguns meses Ban afirmou: "Em alguns meses, será inverno mais uma vez nos países do Norte e, se os casos explodirem no Sul, a realidade é que eles voltarão ainda mais potentes para a Europa e América do Norte até o final do ano".

Essas são os principais sintomas de que a gripe está se agravando:
Dor no peito;
Frequência respiratória superior a 25 respirações por minuto;
Pressão baixa;
Crianças pequenas que se recusam a mamar ou beber água;
Confusão mental;
Extremidades do corpo (dedos das mãos e dos pés) arroxeadas;
Batimento de asa no nariz (movimento das narinas em situações de dificuldade respiratória) em crianças pequenas;
Sinais de desidratação.