1905- 1980.

Magnífico filósofo.

De exuberante inteligência.

O ser e o nada.

O homem está condenado à liberdade.

  A ele compete construir o seu caminho.

Mesmo sabendo que no futuro.

O último respiro de oxigênio.

É a finalização para a negação da existência.

Motivo pelo qual o homem é um ser ansioso.

Desesperado e melancólico.

Sobretudo, alienado ontologicamente.

Qual é a finalidade da existência.

Não existe finalidade.

O que existe é a sua ideologização.

Estamos no mundo para o desaparecimento.

Simplesmente sumimos.

Do ponto de vista da finalidade da existência.

O papel do homem é o mesmo atribuído a  natureza.

No entanto, o Sapiens  passa.

Entretanto, repete a eternidade.

Deixando a natureza friamente cumprir sua função.

Que é a eterna mudança de estado.

A forma da lei dialética encontrada.

Objetivada em sua permanência.

Portanto, a tentativa da vossa pessoa.

Senhor Jean Paul Sartre.

Destruir Aristóteles.

As categorias de potência e ato.

Na afirmação do pensamento de Heidegger.

Dasein.  

O homem é o aqui e agora.

O seu instante.

De certo modo nega o tempo histórico.

Um ente em si.

Sua efetivação.

Mesmo tendo consciência do insignificado da vida.

Entretanto, existe um ente para si.

Em uma relação continuamente dialética.

Vai definindo a essência humana pela sua existência.

O homem primeiro existe posteriormente se define.

Não uma existência fechada.

A existência humana continuamente aberta.

Indefinidamente em construção.  

No entanto, Sartre separa os dois seres.

Interpretando o ser em si.

Como o ser da inteligência.

Sendo o ser para si, como ser da consciência.

Sendo que os dois seres se encontram.

Por meio da dimensão do nada.

Ou seja, pela regularidade do não ser.

Sendo que ambos os seres se opõem continuamente.

Como se fossem eternamente inimigos.

Porém, se unem pela dimensão do nada.

Exatamente nesse meandro existencial.

Na mais profunda dialética da contradição.

Na dimensão da inexistência.

O  mais absoluto vazio.

Quando o ser se abre.

Objetivando as mudanças.

O homem está jogado no mundo.

Solitariamente.

Sem deus e sem determinismos.

 É  obrigado escolher seu caminho.

Elaborar sua trajetória.

O grande ápice  a morte.

A má fé consiste.

Em escolher um amuleto.

Exatamente uma atitude ilícita.

O conceito teleonômico.

Buscar recursos fora das leis da natureza.

Não é existe uma atitude mais covarde.

Dar finalidade a existência.

Pois simplesmente os seres não existem.

Os dois seres se autodestroem.

O em si e o para si.

Angustiam-se quando a consciência percebe.

Que não existe perspectiva.

Para a formatação do homem como ser.

Exatamente nesse momento da percepção do nada.

O homem então formula seu mundo de ilusão.

Inventa deus, sociedade perfeita, enfim tudo que for possível.

Comportando, na mais absoluta desonestidade.

Engana a si mesmo.

Razão de ser um animal perdido.

Mentiroso e perigoso.

Comporta-se desse modo por irracionalidade.

O homem só se liberta quando deixa de ter má fé.

Quando encara a mentira como uma realidade maléfica.

Libertando da mesma.

O homem em si compara com o para si.

Percebe o grau de alienação.

Quando  volta à  sua memória.

Supera a angustia e enfrenta as leis naturais.

Magnificamente constroi o mundo sonhado.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.