A formação académica, em todos os níveis de ensino: do básico ao superior, é um requisito fundamental para que possa haver desenvolvimento, progresso, sustentabilidade, sociedades evoluídas: ética, deontológica, científica, tecnológica, cultural, política e empresarialmente, entre outras vertentes, igualmente importantes, num mundo civilizado e, humanamente, tolerante, livre e responsável.

A preparação escolar, naturalmente que é essencial para uma vida esclarecida e equilibrada de quaisquer pessoas, sociedades, empresas, famílias e os próprios indivíduos, supostamente, tanto mais responsáveis, quanto mais elevadas forem as suas habilitações escolares, porque elas preparam, em primeiro lugar, para a inserção na comunidade, para o Saber-ser e o Saber-estar, a que, em diversas situações, se pode juntar o Saber-fazer.

Claro está que a preparação para a vida responsável deve começar e prolongar-se na família: os bons hábitos; a educação, esta no sentido do respeito e consideração pelos outros; os valores que orientam para ideais e objetivos compatíveis com a legalidade, as tradições, os costumes e a cultura; a assunção de condutas harmonizáveis com os deveres, direitos, liberdades e garantias, comuns a toda a sociedade envolvente. Tal como refere o provérbio popular: “Quem não é na família; também não o será na sociedade”

Evidentemente que, também fora da família, designadamente, através e com as companhias, colegas, amigos e conhecidos que, com maior ou menor frequência, connosco convivem e nos acompanham, existe uma grande influência na formação das pessoas, no relacionamento entre elas, e até na melhor ou pior reputação e bom nome e, uma vez mais, recorrendo ao axioma do povo: “Diz-me com quem andas; dir-te-ei quem és”, talvez se possam retirar algumas ilações comportamentais.

Na preparação da pessoa, um outro agente socializador entra na sua vida, atualmente, com menos frequência devido às altas taxas de desemprego. Com efeito, as empresas e outras entidades empregadoras são umas das grandes e talvez das mais eficazes “Universidades da Vida”. As exigências que são colocadas ao trabalhador, de facto, preparam-no, relativamente bem, para enfrentar uma sociedade cada vez mais “contestatária”, com a reclamação sempre pronta a “derrubar” os argumentos de quem produz algo.

Atualmente, a sociedade é extremamente complexa porque, talvez se possa aceitar que em parte: «Este não é um mundo fácil onde se viver. Este não é um mundo fácil onde se possa ter uma vida razoável. Este não é um mundo fácil para se compreender alguém nem gostar de alguém. Mas é um mundo onde precisamos viver e, vivendo nele, existe uma pessoa que não podemos em absoluto dispensar.» (Jo Coudert, in MANDINO, 1982:21). Seguramente que tal pessoa é cada um de nós.

A vida, globalmente considerada, tanto pode ser: a nossa melhor aliada, se a soubermos compreender, aceitar as lições que nos proporciona, as oportunidades que nos oferece, os ensinamentos que nos faculta; como também pode ser a nossa maior inimiga, quando desprezamos tudo o que ela nos faculta, inclusivamente, quando nos mostra caminhos errados, posições e pessoas inconvenientes, situações perigosas, projetos inexequíveis.

Ao longo da vida necessitamos saber quem somos, de onde vimos e para onde vamos, assim como o que queremos. Quando se pergunta a alguém, o que mais deseja da vida, as respostas são quase sempre as mesmas: saúde, trabalho e felicidade. Pois bem, dir-se-ia que: «Uma pessoa é feliz como resultado de seus próprios esforços, uma vez que conheça os ingredientes necessários para a felicidade – gostos simples, certo grau de coragem, espírito de sacrifício por um objetivo, amor ao trabalho e, acima de tudo, uma consciência limpa.» (Howard Whitman, in MANDINO, 1982:30).

Em circunstância alguma se pretende, nesta e/ou noutras reflexões, substituir a Escola Tradicional, oficial, científica, técnica e pedagogicamente instituída, direcionada para a educação e instrução, por outros agentes socializadores, nomeadamente: família, Igreja, empresa, comunidade, enfim, a vida em todas as suas vertentes, até porque a Escola faz parte dessa mesma vida, por mais simples e monótona que ela, a vida, seja.

Parece ser relativamente consensual aceitar-se que o sucesso não “cai do céu” mas, pelo contrário, não será bem assim, porque ele, o sucesso, dá imenso trabalho na medida em que: «Se o sucesso pessoal existe, ele só pode estar no interior de cada um de nós. Não pode ser composto de manifestações exteriores ou aparências, mas apenas por valores individuais imponderáveis, provenientes de uma filosofia amadurecida.» (Ibid.)

A “Escola da Vida” tanto nos proporciona o sucesso como o fracasso, embora estes termos, na perspetiva de determinadas pessoas, possam comportar alguma subjetividade, nomeadamente, quando se referem a bens inefáveis, imateriais e, neste contexto, então pode-se aceitar que: «É difícil imaginar alguém se sentir bem-sucedido sem experimentar igualmente a sensação de estar ligado de alguma forma com os objetivos mais importantes da vida como o Autor desses objetivos. (…) Deve sentir de alguma maneira os fluxos penetrantes da existência de Deus e reconhecer sua própria existência como parte integrante desse fluxo.» (Ibid.:35).

A aceitação de uma certa espiritualidade no sucesso, em nada prejudica o reconhecimento e eficácia dele, pelo contrário, para os crentes, em especial, ele reforça a convicção de que nada é por acaso e, é bom admitir-se que, concordando-se ou não, esta dimensão transcendental da pessoa é aceite por quem tem: esperança numa outra vida; quem acredita na existência de outros “seres desencarnados” que, quem sabe, também ajudem na busca do sucesso. Trata-se de uma matéria, cuja análise e debate não está ao alcance do autor, nem esta reflexão pretende aprofundar estes “mistérios”.

Mas a Escola Superior da Vida, realmente proporciona aos seus “alunos” diversos “cursos práticos” que, por sua vez, integram muitas “disciplinas” extremamente objetivas, que deveriam ser estudadas e exercitadas muito bem, rejeitando tudo o que é nocivo para uma sociedade do sucesso material e espiritual e, por outro lado, estudando e praticando, incessantemente, todas as matérias que conduzem ao bem-comum, à felicidade de todas as pessoas.

Atualmente, primeiro quarto do século XXI, numa sociedade onde, quantas vezes, não se olha a meios para atingir os fins, para se alcançarem objetivos materiais. Esta nova postura (aceita-se e defende-se que as empresas devem ter os seus lucros, o reembolso dos investimentos, porém, com observância de regras que respeitem a dignidade humana), de alguma forma, já é incentivada pela própria escola tradicional, pela comunidade e até pelos familiares, em que a palavra-chave, que por vezes acompanha o sucesso é: competitividade.

Com efeito: «Ensinam-nos a seremos competitivos, a não termos contemplações e a ignorar os sentimentos daqueles que atropelamos. Esquece a humilhação do colega que não sabe a resposta. Aproveita a oportunidade para impressionar o professor. Estas são as sementes da violência plantadas em nós quando ainda somos crianças pequenas. É possível despertar, compreender a natureza destas ervas ruins semeadas em nós e arrancá-las pela raiz. Esse processo implica uma tomada de consciência da nossa natureza mais profunda e não é um processo fácil.» (WEISS, 2000:140-41).

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

WEISS, Brian L., M.D., (2000:17). “A Divina Sabedoria dos Mestres. A Descoberto do Poder do Amor. Tradução António Reca de Sousa. Cascais: Editora Pergaminho.

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