EDUCAÇÃO E ESPIRITUALIDADE UMA PORTA DE DIÁLOGO SOBRE OS VALORES HUMANOS UM "CONVITE A REFLEXÃO!"

Acreditarmos que a escola é um elemento de transformação da sociedade e do espaço cultural, que deve oferecer condições e estímulos, os mais variados possíveis para que a criança possa educar-se independente e autônoma, para enfrentar situações de conflitos dos mais diversos, apropriando-se o processo de aprendizagem como sujeito da sua própria vida e história. As crianças têm problemas tão difíceis de suportar, tão penosas em sua natureza, como as pessoas adultas. Por vezes lidamos com crianças perplexas que agem segundo um ponto de vistas que influencia práticas errôneas e simplesmente as consideramos as piores, momentaneamente não consideramos o contexto histórico familiar das mesmas.

 A temática “vida” é inserida no dia-a-dia da educação, buscando compreendê-la, em seus diversos aspectos. E é justamente na escola que os alunos são preparados para lidar com as questões da vida. Alguns alunos necessitam de mais atenção do que outros. Estes possuem a mente mal equilibrada, gênio precipitado, mau humor, inveja, ciúmes, etc, os caracterizam como possuidores de temperamento diferente e em função disto exigem uma educação diferenciada. Porém estes alunos também podem ser moldados e educados para a vida.

Talvez haja pouca coisa de maior transcendência do que a de compreender o sentido da vida; supõe que a vida é uma missão a cumprir, temos que saber viver com sabedoria e nos indagarmos, que sentido pode ter a vida daqueles que escolhem a ignorância com vocação Ninguém pode viver por você a responsabilidade de nossa vida Deus determinou e nos deu livre arbitro para que cuidássemos da mesma. Logo se você não cumprir sua missão você está frustrando os planos de Deus.

 Nós seres humanos sempre estamos ultrapassando nossos limites, estamos sempre em constantes mudanças, seja para o mal ou para o bem. Temos o poder de determinar e planejar nossas vidas. Somos os únicos que pensamos e isso nos diferencia de todas as outras espécies.

Se pararmos para analisar veremos que os seres humanos estão se distanciando a cada dia  dos seus ideais e em alguns casos nem sabem o que são ideais, fracassando em seus estudos, em seu trabalho, em suas atividades. Mas não é suficiente que cada um tenha um ideal para sua vida. É preciso que a sociedade comece a ver o mundo com outros olhos, cada um buscar seu ideal pessoal de um modo isolado, é construir um mundo individualista, será como uma peça solta. Deveriamos pensar mais no plural com mais alteridade, com mais raciocínio crítico. Pensar no singular é uma expressão egoista. Hoje as pessoas, não param para analisar bem as coisas. Pois é mais esta se tornando mais facil tirar conclusões errônias. É mau fazer o mal; Caluniar os semelhante; não medir as palavras proferidas. É neste momento que devemos reflettir, qual a importância do Ensino Religioso nas Unidades de Ensinos? Em que a disciplina de Ensino Religioso contribui para o crescimento intelectual do Educando?

É preciso urgentemente que os Educadores de Ensino Religioso priorizemos em seus planejamentos de Aula o resgate de Valores, de Caráter, de Diálogo, das Interações Familiares, as questões do Individualismo, o Respeito ao Próximo, a auto-estima entre tantos outros.

O educador nesta discilplina tem o dever de nortear o saber, dialogar constantemente, procurar ser participativo e saber fazer a intervenção em sala de aula.  Para que se tenha bom resultados, é preciso valorizar a cultura de cada aluno e os seus conhecimentos do senso comum. Atrelar os conhecimentos é dar espaço para que o aluno tenha um crescimento intelecutual de forma intecional e fazendo com que o mesmo se sinta valorizado e respeitado em sala de aula, pois afinal a sala de aula tem que ser um ambiente acolhedor um  ambiente que favorece o saber. Dai surge a necessidade de profissionais qualificados e comprometidos com o saber, que realmente quer fazer a diferença nas vidas dos alunos das quais irão passar pela instituição de ensino em busca de um novo olhar.

Sendo assim devemos nos conscientizar da importância de olharmos para o semelhante como amigos, e compreendermos que não somos rivais e que a vida tem um valor imprenscidível, e que cada um  é um ser único.

 A IMPORTÂNCIA DOS VALORES HUMANOS

        Sabermos que todo homem é um ser político, e que é preciso saber estabelecer limites para nossas vidas. Grandes pensadores como: São Tomás de Aquino e Aristóteles se preocuparam em formar seres humanos críticos e construtores da sua própria história.

 A fraternidade é um conceito filosófico profundamente ligado às ideias de liberdade e igualdade e com os quais forma o tripé que caracterizou grande parte do pensamento revolucionário francês e que a maçonaria se desbravou em prol desta revolução que mudou a nossa história.

Devemos nos alertar sobre a importância de sabermos compreendermos e diferenciar os significados entre igualdade, liberdade e fraternidade.É muito questionado este termo fraternidade, pois é muito confundida com a expressão caridade e solidariedade, embora elas tenham significados totalmente diferentes

Logo entendemos que a palavra fraternidade tem um significado muito amplo como: saber respeitar o outro é entender que todos têm uma energia emocional que erradia de forma avassaladora: que ser fraternos é a única forma positiva de interagirmos como seres humanos: ser fraterno é ser justo com seus semelhantes: é entender que cada dia é um dia de transformação e que cabe a nós nos conscientizarmos disto: entendermos também que onde há vida há direito.

A ligação do homem com o transcendente é verificável em todos os povos da Terra. A religião, por um lado, é a vivência e o encontro do homem com o sagrado; por outro lado, é resposta deste homem às vontades e apelos de Deus na história do mundo.

Independente da crença defendida, o Ensino Religioso deve buscar e promover a dignidade da pessoa. Não zelar pela dignidade da pessoa é ferir a Deus. É também violar direitos Humanos e amplamente falando é tirar o direito da vida. E a morte é a negação da vida. E todos os credos religiosos e as experiências de ensino Religioso devem apontar sempre para a construção da vida. É dever de todos os Humanos, religiosos por natureza, defender, valorizar e desenvolver a vida. É importante apontar, neste momento, para a significativa experiência que pode ser realizada na sala de aula.

Os educadores têm a incumbência de possibilitar aos alunos o contato e o possível engajamento em movimentos comprometidos com a defesa da vida e da cidadania. É dever do professor de Ensino Religioso transformar o espaço formativo numa oportunidade de desenvolver valores que priorizem a formação de um caráter que garanta a qualidade de vida do indivíduo e também da comunidade, na qual ele está inserido.

É valido afirmar que a escola como mediadora do conhecimento, tem a obrigação de articular as idéias, de forma que crie um ambiente acolhedor, nas reuniões pedagógicas e nas formações continuadas devem ter um olhar mais humano e crítico para estas questões relevantes das quais são a de inserções de valores, pois percebemos que ao longo dos tempos estão se perdendo.       

 O ser humano tem usado todo o seu conhecimento para o desenvolvimento da humanidade. Durante todo esse tempo, viu-se o seu caminhar intelectual, na finalidade de proporcionar o bem comum. Tudo isso só tem sido possível pelo seu esforço e seu total comprometimento com as descobertas, na ânsia de um crescimento intelectual e a incansável busca do saber. Caminhou-se durante anos e feitos extraordinários foram surgindo e, certamente, muitos outros hão de vir ainda para o seu enriquecimento. Paralelamente, hoje também se vive o conhecimento teórico e muito valorizado entre os homens, cada vez mais preocupados, eles se preparam para o futuro. Um por vir, cada vez mais elitista e competitivo.

 Mas, em que momento, essas distorções começaram a por em risco toda a evolução intelectual? Várias justificativas são apresentadas, mas o consenso ainda não alcançado é um fator preocupante. O crescimento dessa postura distorcida cresce a passos largos e já coloca a humanidade em perigo. Uma dessas correntes que explicam esse desgaste é a que tem origem em estudos do grande Sócrates, onde Ramakrishna deu continuidade ao seu raciocínio. Nesse, verificasse a existência de dois tipos de ego: o maduro e o imaturo. No primeiro, verifica-se a existência de um ser livre, eterno e onisciente, onde sua linha de pensamento segue pelo desprendimento, já que nada nos pertence: nem o que se vê o que se sente ou o que se escuta e nem mesmo o corpo. Já o ego imaturo, o pensamento segue a linha que tudo tem um domínio. Ou seja, a minha casa, o meu filho, a minha esposa e o meu corpo. No processo constante do desenvolvimento do ego imaturo, certamente, depara-se com a valorização do material e, em decorrência disso, a mente, paulatinamente, vai adoecendo. Surge a vaidade! A vaidade advém do orgulho! Seu aparecimento coloca o ser Humano com a sensação de onipotência diante da vida, uma vez que os bens, a erudição ou qualquer outra forma de ilusão, são os fatos geradores dessa falsa convicção.

 O problema existe e o seu crescimento é real, da mesma forma que o raciocínio gerou a evolução humana, também devemos considerar que somente ele poderá reverter essa situação. É chegada à hora das providências entrarem em cena, reverter esse processo é lento e requer disciplina interagindo com a inteligência.

A humildade surge como pano de fundo para todas as demais virtudes. Seria ela a maravilhosa tática para atingirmos o equilíbrio e as demais respostas para nossas inquietações? Esquecer exemplos de figuras como Jesus, Francisco de Assis, Sócrates, Gandhi e outros, é sem dúvida alguma, um erro elementar. Todos foram sábios: não se deixaram iludir pela vaidade do intelectualismo teórico e se dedicaram à vivência humilde da sabedoria prática. Essa postura por eles adotada dá a noção clara que não são os títulos ou diplomas, ou nossa posição social, que nos qualifica ou classifica diante da verdadeira vida. Mas sim, nosso comportamento. É incontestável que o conhecimento humano possua importante papel na evolução, mas ele não foi feito para ser ostentado e usado de forma vaidosa ou arrogante. Mais importante do que ele é o Amor.

 Profª de Ensino Religioso  Cristiana Ana