COMPREENSÃO DOS ALUNOS E PROFESSORES A RESPEITO DO EXAME DE SUFICIÊNCIA DE CONTABILIDADE: ESTUDO REALIZADO NO INSTITUTO APHONSIANO DE ENSINO SUPERIOR.

Elis Cristina Borges Cardoso[1]

Priscilla Eterna de Moraes2

Thassia Guimarães Palma3

 

 

RESUMO

 

O presente artigo tem por objetivo avaliar se existe relação entre a opinião dos discentes e docentes de Ciências Contábeis do Instituto Aphonsiano de Ensino Superior quanto à importância do exame de suficiência para a melhoria do Ensino Superior e também como elemento imprescindível para o mercado de trabalho da contabilidade. A pesquisa é classificada como exploratória, sendo que os dados formam coletados no mês de maio de 2011 por intermédio de questionário, cujas perguntas foram divididas em dois blocos: o primeiro para levantar o perfil dos alunos e dos professores e o outro bloco para medir o nível de concordância sobre o exame de suficiência por afirmativas construídas da revisão literária. O resultado indicou que tanto os alunos quanto os professores de contabilidade entendem que o exame de suficiência é peça importante para valorização do ensino e também da profissão.

Palavras-chave: Exame de suficiência; Alunos; Professores; Contabilidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

O Exame de Suficiência veio com a finalidade de comprovar a obtenção do conhecimento, adquirido na graduação de ciências contábeis e também em cursos técnicos de contabilidade. Foi Instituído pela primeira vez em 1999, por intermédio da Resolução do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) nº. 853, que regulamentou o Exame de Suficiência como requisito para obtenção ou restabelecimento de Registro Profissional no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

A primeira aplicação do exame em todo o território nacional aconteceu no ano 2000. Dados estatísticos do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) mostram que se inscreveram para realizar o exame um total de 3.583 (três mil, quinhentos e oitenta três) dos quais 1.626 (mil seiscentos e vinte seis) foram para contadores, e 1.957 (mil novecentos e cinqüenta sete) para nível médio, Técnico em Contabilidade.

A competitividade e a globalização dos negócios exigem profissionais cada vez mais qualificados. Foi neste cenário que o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) instituiu o exame de suficiência, visando garantir às empresas e a sociedade, a prestação de serviços por profissionais com o mínimo, de conhecimento necessário ao exercício da atividade contábil, a ser comprovado em provas específicas sobre a formação dos contadores e técnicos.

Assim como acontece, na área do Direito, ocorrem discussões e opiniões sobre a eficácia deste exame em relação ao que se exige no mercado de trabalho. Exemplo disso foi que a justiça determinou a suspensão do exame da contabilidade em abril de 2005.

Até o ano de 2004, mais de 150 mil profissionais da contabilidade se inscreveram no antigo exame. Para aprovação do exame de suficiência o candidato, tinha que obter no mínimo, 50% dos pontos possíveis. Do total de inscritos naquele período, entendido como a primeira fase do teste, foram aprovados 46.947 (quarenta e seis mil novecentos e quarenta e sete) contadores e 27.682 (vinte sete mil seiscentos e oitenta e dois) técnicos.  O índice de aprovação ficou na casa de 50% (cinqüenta por cento), o de reprovação 40% (quarenta por cento) e de ausente 10% (dez por cento).

O exame somente retornou em 2010, com a publicação da lei nº. 12.249, através do artigo 76 em 14.06.2010, que alterou os artigos 2°, 6°, 12°, 21°, 22°, 23°, 27°, 36° do Decreto-Lei nº. 9.295/46, que regulamenta a profissão contábil no Brasil. O primeiro teste nesta nova etapa aconteceu em 2011 e teve desempenho abaixo do esperado. Segundo BANKER, (2011) apenas 5.650 dos 16.608 contadores que realizaram as provas em todo país conseguiram aprovação, o que equivale a um percentual de 34,02%. Já entre os técnicos de contabilidade apenas 24,93% conseguiram a obtenção do resgistro. Este índice revela o despreparo dos profissionais.

Coelho (1999) identifica como aspecto relevante na implantação do exame, “a gradativa melhora no ensino da contabilidade, reconhecendo, inclusive, que o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e os CRC’s (Conselhos Regionais de Contabilidade) deveriam alertar as faculdades em relação à conscientização da exigência na melhoria da qualidade dos cursos que são oferecidos“

Tal visão está no próprio conceito do exame originário da primeira normativa sobre o assunto: o exame de suficiência e a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios, consoantes aos conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de bacharelado em ciências contábeis, e no curso técnico em contabilidade (RESOLUÇÃO CFC nº. 853).

Neste contexto torna-se relevante investigar se há similaridade, entre a visão dos alunos e professores na aprovação do exame de suficiência para o fortalecimento e evolução do curso de Ciências Contábeis e, se a resposta a esta questão for sim, como e com que grau de intensidade esse fortalecimento ocorre.

A preocupação da classe contábil com a sólida formação dos contabilistas, no que se refere a garantir um patamar elevado de conhecimento teórico aos profissionais, tem sido constante, destacando-se como uma estratégia para o alcance dos seus resultados, visando uma melhoria dos cursos de graduação. 

O objetivo geral deste artigo é estabelecer se existe consenso entre o que pensam os alunos e professores a respeito do exame de suficiência para o fortalecimento da classe contábil e se eles acham-no importante para a sociedade e as entidades com e sem fins lucrativos.

Justifica-se a presente pesquisa porque quase não existem trabalhos científicos sobre a temática, principalmente porque o exame tinha sido extinto e seu retorno somente ocorreu em 2010, com aplicação em 2011, por força da Lei nº. 12.249 de 2010.

1 REFERENCIAL TEORICO

 

1.1 Exame de Suficiência 1ª Edição

 O Exame de Suficiência está previsto no Estatuto dos Conselhos de Contabilidade de 1998, Resolução nº. 825. Esta normativa declara que compete ao conselho de contabilidade dispor sobre o exame de suficiência profissional como requisito para concessão do registro profissional. No ano seguinte, o conselho lançou a Resolução nº. 853 que instituiu o exame como requisito obrigatório para obtenção do registro profissional contábil.  

O Exame de Suficiência – conceitua o art. 2º da Resolução – “é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimento médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e no Curso de Técnico em Contabilidade”.

A diversidade qualitativa dos cursos profissionais, de acordo com o ex-presidente do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), José Serafim Abrantes, é muito acentuada, o que leva a acreditar que a realização do exame “pode garantir proficiência em termos mínimos, visando, de certa forma, a equalização de conhecimento” (Boletim do CFC, 1999, p. 4).

Para que seja completamente comprovada a absorção de conhecimentos mínimos para o exercício da profissão contábil, criou-se o Exame de Suficiência, que, por meio de questões avalia o desempenho que o estudante obteve na realização do curso de graduação e de técnico em contabilidade.

Por meio dessa avaliação, é possível detectar se os alunos concluintes dos cursos obtiveram conhecimentos mínimos necessários para enfrentar o mercado de trabalho, ou seja, “se a formação havida for suficiente ou não, em termos mínimos, diante da natureza do curso e das diretivas estabelecidas pelas autoridades competentes” (Koliver, 1999, p.19).

O Exame de Suficiência seria o primeiro passo para comprovar a eficiência de um curso de graduação, dando oportunidade ao próprio estudante de avaliar o grau de compromisso do seu curso superior com a formação de um profissional contábil competente.

Percebe que dessa forma o exame de suficiência tem um objetivo semelhante ao do exame da ordem dos advogados do Brasil, fazer uma avaliação dos conhecimentos dos bacharéis, adquirido no decorrer da graduação, para então, conceder o registro que lhe permite exercer a profissão.

Sendo aplicado (2) duas vezes no ano, em todo território nacional, uma edição a cada semestre, com data e hora marcada num edital, por deliberação do Conselho Federal de Contabilidade com antecedência mínima de (90) noventa dias da data da realização. 

Segundo o art. 5º da resolução nº853 do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), “o candidato será aprovado se obtiver no mínimo 50% (cinqüenta por cento) dos pontos possíveis”.

1.2. Necessidades do Exame

 Segundo Koliver (1999), “um dos motivos que justificariam a necessidade do exame de suficiência seria exercer um tipo de pressão sobre as faculdades e universidades para que estas dêem à devida importância à preparação do profissional para o exercício pleno da profissão, deixando um pouco de lado a questão do lucro, que é tida com tônica principal em grandes partes das entidades educacionais. Com isso, as universidades seriam obrigadas a se adequar às exigências cobradas pelos exames ou não teriam mais competência para continuar no mercado com instituição de ensino, fechariam, então, suas portas”. (Revista do CFC, 1999, p.38).

Ao ser aprovado no exame o profissional contábil, se sentiria muito mais confiante, e enfrentaria os problemas que surgissem no mercado de trabalho com mais empenho e eficácia. Não só na profissão contábil, mas em qualquer outra profissão, necessitam que o profissional esteja adequado as novas regras.  Por isso que o exame aplicado é igual em todas as regiões, pois todos devem ser iguais nas informações sobre a legislação e as normas contábeis que regem a profissão contábil.

Segundo Franco (2001), a profissão contábil enfrenta vários problemas em função de “dificuldades decorrentes da dinâmica mutação das normas contábeis e das leis comercias e fiscais, que exigem aprimoramento cultural e constante atualização de conhecimentos técnicos”. Alem disso, existe a deficiência educacional, que é um entrave no processo de formação dos profissionais, pois está sempre a exigir uma complementação que seja capaz de tornar o profissional mais eficiente. (Jornal do CFC, 2001, p.9).

 Aplicação do exame de suficiência “certamente conduziria a Classe Contábil brasileira aos patamares de excelência já alcançados pelos colegas de diversos países estrangeiros, onde as exigências qualitativas são muito maiores do que aquelas vigorantes em nosso país”. Seria um preparativo para que os profissionais brasileiros enfrentassem os “desafios decorrentes da integração econômica em escala mundial” (Koliver, 1999, p.38).

De acordo com o presidente do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), Juarez Dominguez Carneiro “na próxima década, a contabilidade deverá ser a profissão mais demandada do Brasil”. No entanto , ele reconhece que na mesma proporção em que a contabilidade se fortalece, cresce também a exigência de nível de conhecimento mais elevado por parte dos profissionais contábeis. (Revista do CFC, 2011, p.8).

 

1.3 Suspensão do Exame de Suficiência

 Durante sete edições em que foi aplicado (2000-2004) o Exame de Suficiência mostrou-se eficaz no instrumento de capacitação, uma vez que incentivava a aprimoramento do ensino no curso de contabilidade nas instituições de graduação, na qual o próprio mercado exigia um percentual de aprovação alto dos alunos, e que ajudava a melhorar a qualidade dos serviços prestados pela contabilidade na sociedade. O que equivale dizer é que, para que o exame de suficiência tenha eficácia, é necessário que se encontre regulamentado através de lei especifica e não somente por resoluções ou atos administrativos normativos. 

Através de uma decisão judicial, motivada pelo ajuizamento de uma ação popular contra o Conselho Federal de Contabilidade, as provas foram suspensas no mês de abril, do ano de 2005 em todo território nacional. O fundamento da ação se baseou no fato de que o exame foi instituído por uma Resolução do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), de nº. 853/99, argumentado que o requerente somente em lei poderia criar tal obrigatoriedade. Assim as provas foram suspensas, aguardando decisão judicial ou elaboração de lei especifica para a sua regulamentação.

 Durante o período em que o Exame de Suficiência ficou suspenso, eram exigidos do profissional apenas os conhecimentos gerais adquiridos no decorrer do curso de graduação e de técnico em contabilidade.

1.4 O Retorno do Exame de Suficiência

 O Exame de Suficiência foi instituído novamente, por força de Lei em 2010. A Lei 12.249 de junho de 2010 alterou o artigo 12 do Decreto-Lei nº. 9.295/46. De acordo com a nova redação desse artigo, os profissionais contábeis somente possam exercer a profissão mediante alguns requisitos: conclusão do curso de bacharel em ciências contábeis, e aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

O Artigo 12 da Lei 12249/2010 estabelece o seguinte: “Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente poderão exercer profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos”.

Em primeira medida, ficou estabelecido um período de 45 dias para os profissionais da contabilidade, assimilar e se adaptarem ao novo sistema. Sendo assim os bacharéis em ciências contábeis podem requerer o registro no conselho de sua cidade até o final de julho, do ano de 2010 sem a necessidade do Exame de suficiência. A partir de 1º de agosto de 2010 passa a ser concedido o exame de suficiência para obtenção do registro.

   Os técnicos em contabilidade terão até 1 de junho de 2015 para requerer o registro junto ao órgão competente. A partir desta data, será vedado junto ao conselho, de fazer tal requerimento. Para muitos essa vedação irá contribuir para diminuir as ocorrências notificadas pelo CRC’s (Conselhos Regionais de Contabilidade).

Segundo Juarez Domingos Carneiro, presidente do CFC-GO (Conselho Federal de Contabilidade – Goiás) “o que vem ocorrendo, nos últimos anos, é uma enxurrada de cursos técnicos de curtíssima duração e pouca carga horária em conteúdo programático de contabilidade, que ofertam ao mercado técnico sem a devida preparação para o trabalho”. (revista do CFC, 2011, p.9).

Dessa forma, o exame de suficiência passou a ser uma realidade na área contábil brasileira, que se tornou a segunda categoria profissional regulamentada a possuir este tipo de avaliação.

Segundo Enory Spinelli vice-presidente de Desenvolvimento Operacional do Conselho Federal de Contabilidade, “com as mudanças adotadas por lei nos últimos anos, vive-se outra realidade da contabilidade brasileira. Certamente as provas irão contemplar esses novos padrões. Também em matéria justifica o retorno como razão a falta de profissionais qualificados no mercado. Temos que entender que o contador não pode ser somente um tecnicista, ele tem que ser também um comunicador da informação contábil”.

O vice-presidente dos técnicos em Contabilidade de Porto Alegre Souza atende que o “Exame de Suficiência eleva o nível dos profissionais, mas defende que não deve ser usado como uma barreira ao ingresso no mercado. Um alto grau de reprovação, segundo ele, criaria pavor geral nos novos contadores”. Mesmo assim, Souza acredita que o reflexo sobre os estudantes será imediato, já que a formatura não será mais garantia de exercício da profissão.

Para Max Gehringer, “a metade dos examinados será reprovada, por dois motivos: a) existem inúmeras diferenças de qualidade entre os inúmeros cursos de contabilidade oferecidos no Brasil e se o Exame for nivelado por baixo, perderia a própria essência que é a de peneirar os mais bem preparados; b) já há alguns anos os Conselhos de Contabilidade vem afirmando que o contador precisa evoluir profissionalmente, num extremo está o guarda-livros de décadas passadas e no outro extremo está o contador do séc. XXI que seria mais um consultor capaz de oferecer opções aos seus clientes, para poder fazer isso, o moderno contador precisa conhecer mais profundamente a legislação tributaria, por exemplo, que é bastante extensa”.

A Ex-presidenta do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), Maria Clara Cavalcante Bugarin, expressou em mensagem que “fatos marcantes foram diagnosticados pelo CFC quando da exigência do exame. Por exemplo, as instituições de ensino ampliaram os estudos de ética e de Normas Brasileiras de Contabilidade e houve uma demanda crescente dos futuros profissionais por obras técnicas”.

 

 

 

 

 

 

 

 

2. METODOLOGIA DA PESQUISA

2.1 Universo e Amostra da Pesquisa

O passo inicial para a realização da pesquisa foi o levantamento do número de alunos no curso de graduação em ciências contábeis e dos professores do Instituto Aphonsiano de Ensino Superior. Constatou - se que há 138 acadêmicos do 1º ao 8º período e 8 professores docentes de contabilidade no primeiro semestre de 2011, mais precisamente no mês de maio deste ano. Assim se conseguiu definir o universo da pesquisa.

Optou-se por desconsiderar os acadêmicos dos primeiros períodos do curso porque eles ainda não têm o conhecimento necessário sobre o exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade. Suas respostas, portanto, não possibilitaria avaliar a percepção quanto à importância desse teste para a formação de profissionais mais qualificados para o mercado de trabalho.

A tabela 1 mostra o número de alunos e professores que participaram da pesquisa:                            

Tabela 1: Acadêmicos e Professores do Instituto Aphonsiano

Período

Quantidade alunos

5º período

16

6º período

13

7º período

10

8º período

7

Professores

8

                                    

 

 

 

 

Fonte: Elaboração própria

Como se observa contribuíram com o estudo 46 alunos dos últimos 4 períodos do curso devidamente matriculados e 8 professores do curso. Todos os professores do instituto bem como os alunos das turmas citadas responderam o instrumento, portanto, pode-se afirmar que a amostra é significativa.

2.1 Classificações da Pesquisa

A pesquisa classifica-se como exploratória. De acordo com Silva (2010, p.59), a referida pesquisa “tem por objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, para torná-lo mais explicito ou para construir hipóteses”.

Do ponto de vista do delineamento, pode-se considerar a pesquisa como um estudo do caso.  Silva (2010, p.57) destaca que pesquisa de estudo do caso “é estudo que analisa um ou poucos fatos com profundidade”. O objeto nesta pesquisa foi individual, através de questionário, numa entidade de ensino superior na cidade de Trindade - GO.

2.2 Instrumento de Pesquisa

Para levantamento dos dados para a realização da análise, optou-se pela elaboração de um questionário de pesquisa. Primeiramente o questionário foi enviado a um profissional atuante no mercado de trabalho da contabilidade e na docência universitária para realização do pré-teste da pesquisa; depois de analisada as questões, foram sugeridas algumas alterações, todas ajustadas no questionário antes do seu envio aos pesquisados.

O questionário se divide em duas partes: na primeira parte, as questões buscam estabelecer um perfil dos alunos e professores, e, a segunda parte é formada por questões sobre o exame de suficiência. Esta última parte, constituída de afirmativas desenvolvidas de acordo com a metodologia da Escala de LIKERT, tendo nove questões com cinco itens de indicadores de resposta. Para uma análise melhor dos resultados, foi realizada uma abordagem de levantamento para estabilização do ranking médio (RM) no questionário que utilizou escala de cinco pontos, para o grau de concordância dos sujeitos que responderam o questionário a ser mensurado conforme abaixo exemplificado.

 

 

Questionário

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Indiferente

Discordo parcialmente

Discordo totalmente

Indicadores

5

4

3

2

1

1. O exame de suficiência é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e no curso de técnico em contabilidade (CARNEIRO, 2010).

 

 

5

 

 

1

 

 

 

 

Quadro 1 – Exemplo de tabela para realização do calculo

Fonte: Elaboração própria

Media Ponderal= (5x5) + (4x1) = 29

Logo RM= 29 / (5+1) = 29/6= 4,8.

Para efetuação dos cálculos, será utilizada a média ponderada para realização dos cálculos do RM. Onde a média ponderada é calculada através do somatório das multiplicações entre os valores e pesos e dividido o resultado pelos somatórios dos pesos.

De conformidade com Oliveira (2005) a realização da verificação quanto à concordância ou discordância das questões avaliadas, por meio da obtenção do RM da pontuação atribuída às respostas, relacionando à freqüência das respostas dos respondentes que fizeram tal atribuição, em que os valores menores que três são considerados como discordantes e, maiores que três, como concordantes, considerando uma escala de cinco pontos.

O valor exatamente três seria considerado “indiferente” ou “sem opinião”, sendo o “ponto neutro”, equivalente aos casos em que os respondentes deixaram em branco.

 

3. APRESENTAÇÃO DO RESULTADO DA PESQUISA

Os subtópicos seguintes trazem o resultado da tabulação das respostas contidas nos questionários conseguidos junto aos alunos e professores. A seção 3.1 destina-se a apresentar análises dos questionários dos alunos e a seção 3.2, relativa aos docentes.

3.1  Questionário dos Alunos

 

3.1.1  Faixa Etária dos Alunos           

  Esse item evidencia a idade dos acadêmicos da instituição de ensino superior. A tabela seguinte retrata a distribuição das respostas:

Tabela 2- participação quanto a idade

Idade acadêmicos

%

Entre 16 e 19 anos

-

-

Entre 20 e 23 anos

23

50%

Entre 24 e 27 anos

19

42%

Entre 28 e 31 anos

2

4%

Acima de 32 anos

2

4%

Fonte: elaborado pelos autores

 

Constata-se que a maioria dos alunos tem idade entre 20 a 27 anos, totalizando 92% do total pesquisado. Um dado interessante é que não há na instituição nenhum aluno com idade de até 19 anos dentre os períodos analisados.

 

3.1.2    Gênero dos Respondentes

A tabela 3 mostra a distribuição dos alunos por sexo:

Tabela 3- gênero dos respondentes

Acadêmicos

Nº.

%

Masculino

15

33%

Feminino

31

67%

Fonte: elaborado pelos autores

 

Pelos dados, fica clara a participação cada vez maior das mulheres nas universidades, pois do total pesquisado 67% são de mulheres, enquanto os homens representaram apenas 33% do total.

3.1.3 Motivos para a Realização do Curso de Ciências Contábeis

Outra questão formulada teve por objetivo levantar os motivos que levaram os alunos a escolherem o curso de Ciências Contábeis como opção profissional. Para tanto, sugeriu-se alguns itens como influência de terceiros, falta de oportunidade em outras áreas, mercado de trabalho e outras. A tabela 4 mostra o resultado:

Tabela 4- opção a iniciar o curso de ciências contábeis

Opção Acadêmicos

Nº.

%

Influência de terceiros

5

11%

Escolha aleatória

5

11%

Falta de oportunidade para fazer outra opção

7

15%

Melhor oportunidade para se colocar no mercado de trabalho

25

54%

outras

4

9%

Fonte: elaborado pelos autores

 

Tendo em vista que a instituição proporciona cursos de direito, pedagogia e administração, além de contabilidade, na opinião dos alunos, a escolha se deu pelo fato de o curso proporcionar melhores condições de mercado. Esta opção foi escolhida por 54% dos respondentes, ou seja, 25 alunos. Em seguida veio a falta de oportunidade de fazerem outros cursos, respondida por 15% dos respondentes.

3.1.4 Você Possui Curso Técnico em Contabilidade

Outra pergunta que se faz aos docentes, foi se eles tinham cursado o técnico em contabilidade, extinto atualmente, para verificar a continuidade dos estudos da área contábil:

Tabela 5- Acadêmicos com curso técnico

Curso Técnico Acadêmico

N.º

%

Sim

4

8%

Nao

42

92%

Fonte: elaborado pelos autores

 

A tabela 5 mostra que somente 4 estudantes dispõem do curso técnico em contabilidade e 42 alunos estão estudando pela primeira vez as matérias da contabilidade. Esse cenário é compatível com a realidade visto que o curso técnico não existe mais no Brasil.

 

 

 

 

3.1.5 Colocação no Mercado de Trabalho da Contabilidade

Foi feita uma pergunta para saber se os alunos da contabilidade já se encontram no mercado de trabalho da profissão que escolheram como assistentes e em outras posições. O achado está disposto na tabela 6 seguinte:

 

Tabela 6- Acadêmicos que trabalham na área

Opções

Nº.

%

Sim

16

35%

Não

30

65%

Fonte: elaborada pelos autores

 

Constata-se que a maioria dos alunos ainda não se encontram no mercado d trabalho, representando 65% do total. Contudo, é importante destacar que 16 dos 46 respondentes já possuem colocações ligadas a contabilidade, o que não deixa de ser positivo profissionalmente. A experiência profissional é muito cobrada nas empresas atualmente e esse fato requer uma atitude por parte dos alunos que ainda não conseguiram se inserir no mercado de trabalho contábil.

 

3.1.6 Objetivos Profissionais depois da Conclusão do Curso

 

Tabela referente aos objetivos dos acadêmicos após a conclusão do curso de Ciências Contábeis estão tabulados na tabela 7 a seguir:

Tabela 7- Objetivos dos Acadêmicos após conclusão

Objetivos Acadêmicos

Nº.

%

Se preparar para concursos

30

65%

Seguir carreira na área

7

15%

Ainda não pensou nisso

5

12%

Abrir um escritório

2

4%

Outra opção

2

4%

Fonte: elaborada pelos autores

 

O escolhido pela maioria dos alunos foi se preparar para concurso público, totalizando 30 alunos. 9 alunos responderam que irão se esforçarem para conseguirem se colocar na área ou abrir seu escritório profissional. 

 

3.1.7  Questões sobre o Exame de Suficiência

A tabela 8 seguinte evidencia as opiniões dos acadêmicos a respeito do Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade, previsto na Lei nº. 12.249 de 2010, e regulamentado pelo CFC por força de Resolução neste mesmo ano:

Tabela 8- Questões sobre o exame de suficiência

 

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Indiferente

Discordo parcialemente

Dicordo totalmente

 

 

RM

 

Afirmativas

 

5

 

4

 

3

 

2

 

1

 

 

1. O exame de suficiência é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e no curso de técnico em contabilidade.

 

 

26

 

 

17

 

 

3

 

 

-

 

 

-

 

 

4,5

 

 

2.  O exame de suficiência sendo feito para obtenção do registro do CRC, fará com que os candidatos contabilistas se empenhem mais durante a faculdade para obter um melhor desempenho.

 

 

19

 

 

18

 

 

8

 

 

1

 

 

-

 

 

4,2

3. Vê como aspecto relevante na implantação do exame a garantia de melhora no ensino de contabilidade.

 

22

 

13

 

7

 

4

 

-

 

4,1

 

4. O exame de suficiência trará ao profissional de Ciências Contábeis um maior reconhecimento perante a sociedade e maior credibilidade de suas atividades.

 

 

18

 

 

22

 

 

 

4

 

 

-

 

 

2

 

 

 

4,6

 

 

5. Os motivos que justificam a necessidade do exame de suficência seria o exercimento de um tipo de pressão sobre as faculdades e universidades para que descem mais atenção a importância da preparação de um profissional para o mercado de trabalho, e deixasse de lado um pouco a questão de visar lucros, que é tido como parte principal em grandes entidades educadoras.

 

 

 

 

17

 

 

 

 

25

 

 

 

 

-

 

 

 

 

4

 

 

 

 

-

 

 

 

 

4,1

 

6. A profissão contábil enfrenta vários problemas em função das dificuldades decorrentes da dinâminca mutação das normas e leis comerciais, que exigem aprimoramento cultural e constante atualização de conhecimentos técnicos. O exame de suficiencia poderia levar os contabilistas a estarem sempre em aprimoramento de seus conhecimentos.

 

 

 

 

 

14

 

 

 

 

 

23

 

 

 

 

 

7

 

 

 

 

 

1

 

 

 

 

 

1

 

 

 

 

 

4,0

 

7. A escassez de profissionais qualificados para atender às exigencias atuais da àrea contábil é uma realidade que vem sendo percebida nos últimos anos. Com o fortalecimento da economia brasileira e o crescimento da participação das empresas brasileiras no mercado externo, o setor de contabilidade tornou-se estratégico para a gestão dos negócios.

 

 

 

 

18

 

 

 

 

24

 

 

 

 

4

 

 

 

 

-

 

 

 

 

-

 

 

 

 

4,3

 

8. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) preocupa-se com a sólida formação dos contabilistas, no sentido de garantir um patamar elevado de conhecimento teórico aos profissionais, tem sido constante. Entre as muitas ações que o CFC tem tomado nessa direção, a instituição do Exame de Suficiência destaca-se como estratégica, pelo alcance dos seus resultados.

 

 

 

25

 

 

 

 

 

16

 

 

 

4

 

 

 

 

 

 

1

 

 

 

-

 

 

 

4,4

 

 

 

 

9. Segundo publicado na revista exame on-line (2010), o crescimento da presença das empresas brasileiras no mercado financeiro internacional está revolucionado o perfil dos contadores no país. Além de aumentar a demanda, o novo cenário pede profissionais com um perfil mais estratégico e voltado para o mundo dos negócios. Você concorda que através do exame de suficiência esse resultado de perfil profissional poderá ser mais bem aceito e terá o devido reconhecimento?

 

 

 

 

27

 

 

 

 

11

 

 

 

 

-

 

 

 

 

3

 

 

 

 

5

 

 

 

 

4,1

Fonte: elaborada pelos autores

 

Conforme dados da tabela 8, verifica-se o Ranking Médio, onde as respostas evidenciam que os alunos estão de completo acordo com o Exame de Suficiência para obteção do registro junto ao orgão, obtendo assim resultado  superior ao índice 4.

Através da análise dos RM de uma forma geral, pode-se concluir que os acadêmicos, estão apostando nas aplicações do exame, para comprovação dos conhecimentos adiquiridos e assim obter um maior reconhecimento da sociedade junto a profissão.

 Os alunos apontam uma maior concordância com a questão 4 onde apresentam grande expectativa com a realização da avaliação de conhecimento. 

Mesmo que o resultado do primeiro exame aplicado em 2011 ter sido baixo, fato que já estava sendo previsto pela comissão do CFC, mesmo sabendo que o nível das provas não ter sido considerado dificil,  a pesquisa revela que os alunos estão confiantes que o exame proporcionará melhor imagem ao profissional contábil e as empresas e escolas também serão impactadas positivamente por esse teste.

 

 

3.2 Análise dos Questionários dos Professores

 

3.2.1  Faixa Etária dos Professores

  Esse item evendecia a idade dos professores da instituição de ensino superior:

Tabela 9- participação quanto a idade

Idade Professores

%

Entre 23e 28 anos

1

12,5%

Entre 29 e 34 anos

2

25%

Entre 35 e 40 anos

4

50%

Acima de 40 anos

1

12,5%

Fonte: elaborada pelos autores

 

Constata-se que a maioria dos professores tem idade entre 29 a 40 anos, totalizando 75% do total pesquisado.

 

3.2.2 Gênero dos Respondentes

Tabela referente ao gênero dos respondentes

Tabela 10- Gênero dos respondentes

Professores

Nº.

%

Masculino

 7

   87,5%

Feminino

1

12,5%

Fonte: elaborada pelos autores

 

Pelos dados, fica clara que os homens representam a maioria dos professores, totalizando 7 de 8. As mulheres realmente ainda não tem grande representatividade na instituição no tocante a docência em Ciências Contábeis, informação essa que talvéz não se persista em outros cursos.

 

3.2.3 Tempo de Formado

Esse item evendecia o tempo de formação dos professores da instituição.

Tabela 11 – Tempo de formado

Tempo Formação Professores

Nº.

%

De 1 a 5 anos

2

25%

De 6 a 10 anos

2

25%

De 11 a 15 anos

4

50%

De 16 a 20 anos

-

-

Mais de 20 anos

-

-

Fonte: elaborada pelos autores

 

A maior concentração das respostas se deu na opção de 11 a 15 anos de formados, escolhida por 4 professores. Em seguida vieram de 1 a 5 anos e de 6 a 10, com 2 docentes cada. Observa-se que boa parte dos docentes do instituto já possui larga experiência profissional, possibilitando uma mescla entre experiência prática e teórica dos professores.

 

3.2.4 Maior Titulação 

        Tabela refente ao grau de titulação dos professores.

Tabela 12 – grau de titulação

Titulação Professores

Nº.

%

Graduação

 

-

Pós Graduação na àrea contábil

4

50%

Pós Graduação em outra área do conhecimento

2

25%

Mestrado

2

25%

Doutorado

-

-

Fonte: elaborada pelos autores

 

             Consoante os dados tabulados na tabela 12, todos os professores de contabilidade do instituto tem pelo menos curso de especialização, mostrando a preocupação desses profissionais em buscar a educação continuada. Dentre os 8 docentes dois deles possui a titulação de mestre e 4 especialistas na área contábil. Outros dois tem especialização, mas em outras áreas do conhecimento.

3.2.5 Tempo de Magistério

Pesquisou-se também a tempo de docência de cada professor no instituto, como mostra a tabela 13:

Tabela 13- tempo de magistério

Tempo Magistério

Nº.

%

De 0 a 2 anos

1

12,5%

De 3 a 5 anos

2

25%

De 5 a 10 anos

3

37,5%

Mais de dez anos

2

25%

Fonte: elaborada pelos autores

 

Constata que o grau de atuação dos professores no magistério, a maioria possui entre 3 a mais de 10 anos, totalizando 87,5% dos respondentes. E que com apenas 0 a 2 anos , totaliza 12,5% dos professores, ou seja, apenas 1.

 

3.2.6 Questões sobre o Exame de Suficiência

Tabela referente as quetões respondidas pelos professores do Instituto Aphonsiano.

Tabela 14 – questões sobre o exame de suficiência

 

Questionário

Docentes

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Indiferente

Discordo parcialemente

Dicordo totalmente

 

 

RM

 

Afirmativas

 

5

 

4

 

3

 

2

 

1

 

1. O exame de suficiência é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e no curso de técnico em contabilidade.

 

 

7

 

 

2

 

 

-

 

 

-

 

 

-

 

 

4,7

2. O exame de suficiência sendo feito para obtenção do registro do CRC, fará com que os candidatos contabilistas se empenhem mais durante a faculdade para obter um melhor desempenho.

 

 

2

 

 

4

 

 

2

 

 

-

 

 

-

 

 

4,75

3. Vê como aspecto relevante na implantação do exame a garantia de melhora no ensino de contabilidade

 

3

 

5

 

-

 

-

 

-

 

4,3

 

4. O exame de suficiência trará ao profissional de Ciências Contábeis um maior reconhecimento perante a sociedade e maior credibilidade de suas atividades.

 

 

4

 

 

2

 

 

 

-

 

 

2

 

 

-

 

 

4,0

 

5. Os motivos que justificam a necessidade do exame de suficência seria o exercimento de um tipo de pressão sobre as faculdades e universidades para que descem mais atenção a importância da preparação de um profissional para o mercado de trabalho, e deixasse de lado um pouco a questão de visar lucros, que é tido como parte principal em grandes entidades educadoras.

 

 

 

 

2

 

 

 

 

4

 

 

 

 

1

 

 

 

 

1

 

 

 

 

-

 

 

 

 

3,8

6. A profissão contábil enfrenta vários problemas em função das dificuldades decorrentes da dinâminca mutação das normas e leis comerciais, que exigem aprimoramento cultural e constante atualização de conhecimentos técnicos. O exame de suficiencia poderia levar os contabilistas a estarem sempre em aprimoramento de seus conhecimentos.

 

 

 

 

-

 

 

 

 

5

 

 

 

 

2

 

 

 

 

1

 

 

 

 

-

 

 

 

 

3,5

 

7.A escassez de profissionais qualificados para atender às exigencias atuais da àrea contábil é uma realidade que vem sendo percebida nos últimos anos. Com o fortalecimento da economia brasileira e o crescimento da participação das empresas brasileiras no mercado externo, o setor de contabilidade tornou-se estratégico para a gestão dos negócios.

 

 

 

 

8

 

 

 

 

-

 

 

 

 

-

 

 

 

 

-

 

 

 

 

-

 

 

 

 

5,0

 

8. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) preocupa-se com a sólida formação dos contabilistas, no sentido de garantir um patamar elevado de conhecimento teórico aos profissionais, tem sido constante. Entre as muitas ações que o CFC tem tomado nessa direção, a instituição do Exame de Suficiência destaca-se como estratégica, pelo alcance dos seus resultados.

 

 

 

 

2

 

 

 

 

5

 

 

 

 

1

 

 

 

 

-

 

 

 

 

-

 

 

 

 

4,1

 

9. Segundo publicado na revista exame on-line (2010), o crescimento da presença das empresas brasileiras no mercado financeiro internacional está revolucionado o perfil dos contadores no país. Além de aumentar a demanda, o novo cenário pede profissionais com um perfil mais estratégico e voltado para o mundo dos negócios. Você concorda que através do exame de suficiência esse resultado de perfil profissional poderá ser mais bem aceito e terá o devido reconhecimento?

 

 

 

 

 

-

 

 

 

 

 

6

 

 

 

 

 

1

 

 

 

 

 

1

 

 

 

 

 

-

 

 

 

 

 

3,6

                 

 

Fonte: elaborada pelos autores

Conforme apresentado na tabela 14, verifica-se que átraves da análise do RM de uma maneira geral, nota-se que os professores, estão a favor do Exame de Suficiência, para suprir a escassez de profissionais qualificados para atender as exigências atuais do mercado de trabalho como mostrado na questão 7.

Mesmo com um resultado não esperado na 1º edição do exame, no ano de 2011, essa pesquisa evidencia que os profissionais estão a favor do exame, para um empenho maior dos alunos no decorrer da faculdade.

Discordam, no aspecto que o exame não irá levar os contabilista  a um aprimoramento continuo do conhecimento.

 

CONCLUSÃO

A pesquisa tem por objetivo avaliar o nível de concordância ou não dos alunos e professores de contabilidade sobre o exame de suficiência que voltou a ser aplicado em 2011 em todo o território nacional. Sem a aprovação do exame o bacharel não consegue seu registro no Conselho Regional da sua jurisdição.

Foram formuladas 9 afirmativas extraídas de matérias, artigos e livros consultados sobre a profissão contábil e o exame de suficiências. Essas mesmas afirmativas foram submetidas aos alunos e docentes do Instituto Aphonsiano em junho de 2011 ao mesmo tempo.

Em geral as respostas obtidas dos alunos e professores, não divergiram muito, bastando uma rápida consulta aos rankings médios obtidos. Esse fato demonstra que alunos e professores são unânimes quanto a importância do exame para valorização da classe e melhora do ensino no país. Mas divergem no tocante ao fato de que o exame é fator de educação continuada, cujas respostas foram concordância para os alunos, mas dúvidas por parte dos professores.

Outros estudos sobre a temática é recomendado, principalmente, para avaliar  impacto  desse teste junto as faculdades, aos alunos, aos professores e também a sociedade organizada.

 

REFERÊNCIAS

 

ABRANTES, José Serafim. Exame de Suficiência deve garantir conhecimentos mínimos. Boletim do CFC, Brasília, p.4, jan.1999.

 

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988. 

 

BRASIL. Lei 12.249, de 11 de junho de 2010. Dispõe sobre o exame de suficiência na classe contábil. Disponível em: http://www.cfc.org.br/uparq/livro_ex_suf.pdf acesso em 13.04.2011

BRASIL. Resolução 853, de 28 de julho de 1999. Dispõe sobre o exame de suficiência. Disponível em: 14/03/2011.

CFC – Conselho Federal de Contabilidade. Resolução 853 de 1999. Institui o Exame de Suficiência como requisito para obtenção de Registro Profissional em CRC. Legislação da Profissão Contábil Brasília: CFC, 2003.

 

COELHO, José Martônio Alves. Exame de Suficiência: um passo adiante. In:

Revista Brasileira de Contabilidade, v. 28, n. 117, Brasília, 1999.

 

FRANCO, Hilário. Exame de Suficiência, Educação Continuada e Valorização da Profissão. Jornal do CFC, Brasília, p.9, Mai. 2001.

 

KOLIVER, Olívio. Os Exames de Estado e de Competência e a Profissão Contábil. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, n.116, p.34-43, Mar./abr.1999.

 

KOLIVER, Olívio. O Exame de Suficiência e as Prerrogativas Profissionais. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, nº. 120, p. 17-24, Nov./dez.1999.

 

SEVERINO. A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.

SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da. Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade: orientação de estudos, projetos, artigos, relatórios, monografias, dissertações, teses. 3. ed. São Paulo, Atlas, 2010.

ALESSANDRE, J.W.C. ANDRADE, D.F. VASCONCELOS, A.P. ARAUJO, A.M. S; BATISTA, M.J. Análise do número de categorias de escala de Likert aplicada à gestão pela qualidade total através da teoria da resposta ao item. In: XXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENG.DE PRODUÇÃO,21 a 27, 2003, Minas Gerais. Ouro Preto, 1994.

-Sites Pesquisados:

HTTP://jus.uol.com.br/texto/2382/inconstitucionalidade-do-exame-de-suficiencia acesso em: 13. Fev. 2011.

http://www.portalexamedeordem.com.br/blog/2011/03/contabilistas-se-submeteram-ao-1%C2%BA-exame-de-suficiencia-da-classe/ acesso em: 17 mar. 2011.

http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/a-ascensao-e-queda-do-exame-de-suficiencia-do-cfc-686204.html acesso em : 14 abr.2011.

.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

Acesso em: 14 abr. 2011.

http://contabilidadepublica.wordpress.com/2010/06/22/exame-de-suficiencia-volta-a-ser-aplicado-aos-profissionais-da-contabilidade/ acesso em: 14 abr.2011.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_Likert acesso em: 12 abr.2011.

http://www.artigonal.com/carreira-artigos/o-exame-de-suficiencia-em-contabilidade-3804355.html acesso em: 04 mai. 2011.

http://spedcontabilspedfiscal.com.br/2011/01/12/contadores-prestarao-exame-de-suficiencia-a-partir-de-marco/ acesso em: 04 mai. 2011.

 



[1] Graduanda em Ciências Contábeis do Instituto Aphonsiano de Ensino Superior, e-mail: [email protected]

2 Graduanda em Ciências Contábeis, do Instituto Aphonsiano de Ensino Superior, e-mail: [email protected]

3 Graduanda em Ciências Contábeis, do Instituto Aphonsiano de Ensino Superior, e-mail: [email protected]