CAMINHOS PARA O ENTENDIMENTO

Por Isabel C. S. Vargas | 25/02/2010 | Crescimento

Na idade adulta pensamos e agimos de acordo com o que somos e de acordo com a bagagem emocional acumulada ao longo de nossa existência.

Algumas situações nos marcaram de forma positiva e outras de forma negativa, principalmente porque, às vezes, as pessoas enfatizam nossos erros o que pode induzir ao esquecimento de nossas qualidades.

Todos cometemos erros, todos temos sentimentos positivos e negativos, o que temos que ter consciência é que os erros são comportamentos, que podem ser aprovados ou desaprovados e corrigidos. Em se tratando de crianças, temos que corrigi-las, mas sem deixar de passar a mensagem que desaprovamos o comportamento, não a ela, que a amamos, para que não desenvolva sentimento de rejeição.

A aceitação por parte do outro é uma necessidade de qualquer ser humano, por isso é importante saber destacar as qualidades, incentivar e reconhecer comportamentos e atitudes positivas.

Se não agirmos assim podemos desestimular por não estarmos reforçando uma conduta positiva, o que poderá até eliminá-la, pois não foi alvo de nenhuma demonstração de aprovação. Cometer esta falha é muito comum, geralmente enfatizamos o negativo com a punição aplicada, não a exaltação do positivo com o respectivo reforço.

As pessoas de um modo geral precisam ser entendidas, compreendidas, valorizadas. Uma atitude importante é saber colocar-se no lugar do outro para tentar compreender as suas reais necessidades, qual sua maneira de pensar, sob qual perspectiva ela está encarando ou vivenciando uma determinada situação.

Muitas vezes julgamos que alguém esteja errado e na realidade não nos damos conta que a maneira como ela sente, de acordo com suas vivências é outra. Não devemos julgar, mas compreender.

São pequenas coisas, pequenas atitudes que no cotidiano podem melhorar os relacionamentos, a convivência, tornando o ambiente mais leve.

A disposição interna de colocar em dúvida posições pessoais é uma atitude que demonstra boa vontade, desejo de conciliação, de entendimento, de buscar alternativas, ao contrário de posicionamentos inflexíveis, que dificultam a comunicação, a busca de soluções.

Pensar que podemos estar errados, já é um bom começo para questionamentos, rever posições, mudar.

Afinal somos humanos, o que significa que erramos, mas temos que tentar acertar. Não somos só bons ou só maus. Temos que procurar fazer sempre o melhor, para nós, para os outros, para a sociedade como um todo. Não é só ser bonzinho, fazer o que todos querem, mas o que necessita ser feito, com honestidade, com clareza, com dignidade, com ética, com educação, procurando agir desta forma em qualquer situação, afinal, educamos pelo exemplo.