Cachoeiras de Sujeiras

Antônio Padilha de Carvalho

Sujeiras em cachoeiras, reuniões de muitas vozeiras, parecendo feiras de bobeiras e tranqueiras, onde encontram-se ratos e ratoeiras e bastante marias-lavadeiras.

Papéis e papeleiras, poeiras, pizzas nas geladeiras, deputados e senadores batem bocas sem barreiras num ambiente de várias bandeiras, asneiras, políticas baixas, interesseiras. Amigos e sócios ocultos de empreiteiras, Abreus, Silvas e Oliveiras. Gentes adultas que adoram e vivem sugando mamadeiras.

Pautas certeiras, primeiras, segundas, terceiras. Calados, tesos tal qual aroeiras. Nação doente hospedeira, sem padroeira-ladroeira, trincheira bandoleira que só pensa e defende a própria algibeira, abusam da terra hospitaleira, sangram, sangram. Atos que servem como sementeira.

Mídia alcoviteira espalha notícias da roubalheira, e o povo já cansado das desculpas sorrateiras, acata como normal a corrupção brasileira. Parece brincadeira, maluqueira, mas no Brasil, improbidade virou coisa rotineira, rameira, fruto de pessoas sem moral, sem caráter, ricas, poderosas, mas sem eira nem beira, inverdadeiras.

Companheira leal, certeira, a deusa da justiça sofrendo de extrema cegueira, aconselha os acusados de toda bandalheira a calarem-se diante da platéia prazenteira, buscando esconder ou tardar as respostas verdadeiras esperadas pela sociedade inteira, ávidos por notícias alvissareiras.

A CPI do cachoeira visa acima de tudo saber em detalhes o que todos sabemos sem peneira. A nojeira existe, os choros são mentirosos, são lágrimas de carpideiras, empresas fantasmas forasteiras, laranjal embusteira, atividades criminosas aventureiras funcionando como central de pagamentos a políticos estilo trepadeira.

Servidores públicos, elementos da segurança fazendo papel de costureira, ensacava dinheiro, costurava a boca, dava valores como vaca-leiteira. Segunda, terça ou quarta-feira, os velhacos representantes da nacionalidade brasileira eram pagos para sabotarem a confiança derradeira dos eleitores, jogando a sua confiança na lixeira.

Bilhões desviados, políticos de prateleiras, comerciantes de votos recebidos, homens minúsculos, profissionais de milongueiras, desgraçados sejam seus atos que machucam tanto a nação brasileira.

Contratos milionários em troca de serviços de consultoria, sangradeiras do tesouro da gente brasileira; Doações, jogadas, apoios de empresas, construtoras, são montagens para futuras facadas, facas-peixeiras, traçoeiras...

Operações atípicas, torneiras de verbas públicas, práticas rasteiras, eleitoreiras, proposições politiqueiras nada lisonjeiras, enquanto o eleitorado é sacaneado de toda maneira em prol de enganadores que são certamente as nossas moscas azuis varejeiras. Os nossos representantes são moscas varejeiras, que por incrível que pareça rima com cachoeira ou cachoeiras.

Está passando da hora desse povinho levar um chute na traseira. Avante Nação Brasileira!

Antônio Padilha de Carvalho é professor, escritor, Geógrafo, pós graduado em filosofia e educação.Presidente do IMPDrog – Instituto Mato-grossense de Prevenção às Drogas.