BRASIL " O PAÍS DA COPA"

                                              José Wilamy Carneiro Vasconcelos¹

                     

  Há praticamente onze anos, especificamente em 2003, foi iniciada pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) levar a Copa do Mundo 2014 para a América do Sul. Não deu outra, o Brasil foi escolhido entre os países desse Sub-Continente.

Argentina e Colômbia se manifestaram para sediar o evento, além do Brasil, é claro, conhecido mundialmente como o “PAÍS DA COPA”, escolhido em 2006 como único candidato pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL). Anunciado um ano mais tarde pela FIFA que o Brasil seria o país-sede da copa do mundo de 2014.

A euforia tomou conta de toda a nação brasileira. Começa então o corre- corre para a organização e estruturação das cidades candidata que seriam escolhidas para o grande evento.  A exigência da FIFA seria nas melhores cidades com infra-estruturas pra receber os turistas; os políticos entraram como bode expiatório.

A copa vira um duelo de titãs. Dois grupos enfrentam suas rivalidades e pré-conceitos: No primeiro grupo, GRUPO A, (Os otimistas). No segundo grupo, GRUPO B (Os pessimistas).  

Os otimistas, a copa traz riquezas para o país, as vendas eclodem, o comércio gira, os empregos aumentam, as classes assalariadas melhoram de vida, a população enlouquece, o povo vibra, os bairros se enchem de bandeirinhas. Estes o consideram e a chamam de “A COPA DAS PAIXÕES, por ter sua escolha justamente no dia dos namorados, dia 12 de junho dia este  que inicia no GRUPO A, (BRASIL x CROÁCIA).

Para os  pessimistas, segundo grupo, a copa traz desaceleração na economia do país, ociosidade, déficit na balança comercial, rombo nos cofres públicos, roubalheiras dos políticos, prostituição, falência na saúde, educação, transporte, moradia.

O país da copa, vira uma moeda com suas duas faces, muitos questionam com a dinheirama gasta nesse breve espaço de tempo, com estádios subfaturados pelo Poder Público que buscam tirar proveito do bem-estar dos brasileiros, desfalcando os cofres públicos, em construções exorbitantes pelas licitações fantasmas, de fachada, diferentemente o que acontecem com os países europeus.

O que está faltando pra dá certo? O país da copa vai ou não fazer o gol de placa? O Povo brasileiro está cansado de ser enganado. Nas ruas, os gritos dos excluídos bradam “ORDEM E PROGRESSO”.

 Os otimistas vibram : “Vamos fazer valer a copa dos brasileiros, e trazer a taça. O espírito de guerreiro de cada um, dos jogadores, do povo brasileiro.  A TAÇA É NOSSA.

Para os realistas, a igualdade e competência do time adversário, não é mais surpresa, quando assiste o duelo entre Brasil e uma Nação diferente. ´

Já não é aquela Copa dos Anos  de 58, 62, 70. Apesar do Brasil contar com uma grande equipe de melhores jogadores do Mundo, e com uma seleção forte, a confiança  de seu público brasileiro não tem muito entusiasmo. Não porque perdemos a fé nos jogadores, e sim pela isonomia dos times adversários.

As técnicas do time adversários supriram as nossas, as novas táticas copiadas e inventadas por grandes clubes, com jogadores mais agressivos fizeram que a seleção brasileira não fosse  mais a grande favorita.

Cabem a nós torcedores, organizadores, jogadores mudar as estratégias, e com muita dedicação, “Virar o Jogo” e conquistar mais uma taça.       

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 ¹ Professor. Bacharel em direito pela Faculdade Luciano Feijão, Sobral- Ce especialista em Meio Ambiente formado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, graduado em Matemática.