A Tristeza da Ignorância

Sei da história.

De um homem.

Que fora jovem.

Bonito.

Trabalhador.

E que ficou.

Relativamente.

Rico.

Teve belas casas.

Os  melhores carros.

Viajava de avião.

E usava roupa de marca.

Pagou muito.

Imposto.

Para Receita Federal.

Após certa idade.

Seus negócios.

Começaram.

A não funcionar.

E foi definitivamente.

A falência.

O homem posteriormente.

Ficou absolutamente.

Pobre.

Muito pobre.

Velho.

Tendo a rua.

Como leito.

Aquele homem.

O grande contribuidor.

A nação.

Foi deixado

Pelo país.

As margens da miséria.

Essa história não é única.

Esse é o Estado.

De Direito.

Do Brasil.

Um país.

Que em cada dia.

Trabalhado.

Principalmente.

Os pobres.

Pagam proporcionalmente.

Ao mesmo dia.

Outro dia em imposto.

A esse país.

Que recusa.

 O Estado.

De Direito.

Aos seus filhos.

Um país.

Que tem como objetivo.

A espoliação.

 Defende.

Apenas aqueles.

Que tem em suas mãos.

O poder da Instituição.

O que é mais triste.

O cidadão comum.

 Percebe.

Que em nenhuma Instituição.

Política.

Existem.

Possibilidades.

 De transformação.  

Refiro aos partidos.

Políticos.  

Suas propostas.

São conservadoras.

Em nenhum deles.

Encontra alguma perspectiva.

Da defesa global da sociedade.

São partidos viciados.

Doentes.

Sem futuro para a democracia.

Isso não significa que são.

Exatamente iguais.

O pior.

 Que nem mesmo a sociedade.

Política.

Desenvolve alguma reflexão.

 Formulando.

 A defesa do desenvolvimento.

Econômico.

Com desenvolvimento.

Humano.

Aqui tudo é ruim.

A Instituição política.

E a sociedade política.

E o cidadão político.

Compete a pessoa.

Escolher apenas o melhor.

Mas de certa maneira.

Essa referência não existe.

Escolher uma mudança.

Institucional do país.

Como?

Por quem?

Todos os meandros.

 Do poder.

Tem visão ideológica.

Conservadora.

Anti-humana.

Demagógica.

Contaminada.

Por ideologias perversas.

Não se encontra.

Em  nenhuma Instituição.

Visão adequada.

Do desenvolvimento.

Social político.

E econômico.

Nossos homens Institucionais.

São pessoas totalmente.

Superadas.

Do mesmo modo.

A sociedade política.

Essa relação é dialética.

Em todos os aspectos.

Do ponto de vista.

Da contemporaneidade.

Na mesma ótica.

As universidades.

O pensamento.

Contemporâneo.

Brasileiro.

De certa forma.

Ainda não atingiu.

Sequer.

A Filosofia Iluminista.

Então.

Como ter esperança.

É muito triste.

A descrição da realidade.

Desse país.

Sobretudo.

As perspectivas.

De mudanças.

Dessas descrições.

O Brasil.

Com relação ao povo.

Não tem nenhum futuro.

Nos próximos séculos.

A não ser que aconteça.

Uma revolução cultural.

Mas quem fará essa revolução.

Nossos professores?

Esqueça. Esqueça. Esqueça...

Edjar Dias de Vasconcelos.