AUDITORIA INTERNA - UMA VISÃO GERAL

AUTOR: LUIS ESMERALDINO

 

RESUMO

 

O seguinte trabalho visa apresentar as principais características da auditoria interna, além de mostrar conceitos básicos e fundamentais desta área. Sabemos que, para a contabilidade, a auditoria interna é muito importante. Por isso, neste projeto, pesquisamos e analisamos artigos, leis e obras literárias que atendem as necessidades da pesquisa com a finalidade de obter entendimento sobre a matéria e a mostrar aos colegas a importância do tema estudado.

 

Palavras chave: AUDITORIA INTERNA - GOVERNANÇA CORPORATIVA - PRÁTICAS CONTÁBEIS.

 

SUMÁRIO

 

  1

1-     INTRODUÇÃO.. 7

1.1-      OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 7

1.2-      METODOLOGIA.. 7

2-     DESENVOLVIMENTO.. 8

2.1-      AUDITORIA INTERNA.. 8

2.1.1-        BASE LEGAL. 8

2.1.2-        HISTÓRICO.. 8

2.1.3 - ATUALIDADE. 8

2.2 -     PAPÉIS DE TRABALHO SOBRE AUDITORIA INTERNA.. 8

2.2.1 - DEFINIÇÕES. 8

2.2.2 - EXEMPLOS. 9

2.3 -     FRAUDE E ERRO.. 9

2.3.1 - DEFINIÇÕES. 9

2.3.2 - ATUALMENTE. 9

2.4-      NORMAS DE AUDITORIA INTERNA.. 10

2.4.1 -       CONCEITUAÇÃO.. 10

2.5 -    PLANEJAMENTO DE AUDITORIA INTERNA.. 10

2.5.1 - DEFINIÇÕES. 10

2.6-      RISCOS DE AUDITORIA INTERNA.. 10

2.6.1 RISCOS. 10

2.7-      PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA.. 11

2.7.1-        PROCESSOS. 11

2.7.2-        FORMALIZAÇÃO/OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES. 11

2.8 -     AMOSTRAGEM E TESTES. 12

2.8.1 - AMOSTRAGEM... 12

2.8.2 - TESTES. 12

3-     CONCLUSÃO.. 13

REFERÊNCIAS. 14

 

 

1-      INTRODUÇÃO

 

Neste trabalho é feita uma análise descritiva sobre a Auditoria Interna. Também são abordadas leis e literaturas referentes a este tema e sua relação com o momento atual do Brasil. Sabe-se que um dos grandes desafios das empresas brasileiras está relacionado à confiabilidade e a segurança que a Auditoria Interna traz, devido a sua complexidade e abrangência. Deste modo, apresenta-se aqui uma pequena parte destes processos tão importantes para o bom funcionamento de toda e qualquer empresa.

 

 

1.1-             OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 

Estudar as principais características da Auditoria Interna, trazendo definições, opiniões de autores e mostrando conceitos básicos e fundamentais desta área.

 

 

1.2-             METODOLOGIA

 

O método usado para realizar este trabalho foi a pesquisa e análise de artigos, leis e obras literárias que atendem as necessidades da pesquisa com a finalidade de obter entendimento sobre a matéria.

 

 

 

 

 

 

2-      DESENVOLVIMENTO

 

2.1-      AUDITORIA INTERNA

2.1.1-   BASE LEGAL

A NBC T 12 defende que “a auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da Entidade. ”. Seguindo este conceito, podemos dizer que a Auditoria Interna constitui uma série de procedimentos realizados para trazer segurança a empresa, e com o passar do tempo, tornou-se uma importante ferramenta para o controle administrativo da empresa.

           

2.1.2-   HISTÓRICO

            A história da auditoria interna se confunde com a história da contabilidade. Podemos conceituar como auditor interno todas as pessoas que, por determinado tempo, realizaram avaliações analíticas visando garantir o cumprimento de normas contábeis sendo funcionário da empresa cujo exame ocorria.

Com o crescimento das empresas e a complexidade das informações, surgiu a necessidade de que pessoas verificassem a adequação e fidedignidade das informações contábeis, surgindo assim a Auditoria Independente (também conhecida como auditoria externa). Desta maneira, as maiores empresas perceberam que era mais lucrativo ter um auditor interno do que externo, e as auditoria externas passaram a ser realizadas em determinadas datas e as auditorias internas passaram a ser órgãos da entidade diretamente ligados a alta administração da empresa.

 

2.1.3 - ATUALIDADE

Conforme descrito acima, dentre as normas que rege a auditoria interna no Brasil, a NBC T 12 orienta e define os escopos dos trabalhos dos auditores internos. Além desta norma, merecem destaque a NBC TI 01 e a NBC PI 01. O Audibra é o Instituto dos Auditores Internos do Brasil, e visa congregar todos os pertencentes a essa classe. A Auditoria Interna está presente nas maiores empresas seus trabalhos diferem em sua maioria da auditoria externa, mas não é raro que um auditor independente use parte do trabalho de um auditor interno (feito com supervisão) para fins de melhorias no projeto de auditagem da demonstração contábil.

 

 

2.2 -     PAPÉIS DE TRABALHO SOBRE AUDITORIA INTERNA

2.2.1 - DEFINIÇÕES

Usando as palavras da NBC T 12, “os papéis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor interno que consubstanciam o trabalho executado”. Tais papéis de trabalho estão diretamente ligados aos Procedimentos da Auditoria, visto que tais papéis são evidências de realização dos trabalhos e procedimentos da auditoria interna. Através deles, são descritos os processos, os testes substantivos, as análises, as revisões, os testes de observância e demais trabalhos que servem como base para as conclusões e recomendações. Tais papéis podem ser revisados por auditores sem relação ao trabalho realizado, e devem conter de forma clara e concisa todos os fatores que levaram a tal conclusão.

Os papéis de trabalho constituem em documentos eletrônicos ou físicos que podem ou não ser assinados pelos auditores, e devem conter a dados e informações obtidas, a fonte de tais dados, os procedimentos realizados e o escopo do trabalho, além dos motivos que levam as suas conclusões.

Assim, podemos dizer que os papéis de trabalho visam demonstrar as evidências que sustentam as conclusões da auditoria interna. Tais papéis são arquivados e podem ser consultados a qualquer momento do trabalho em que exista a necessidade, além de servirem de base para outras conclusões relevantes para a empresa.

 

2.2.2 - EXEMPLOS

            Exemplos de papéis de trabalho de auditoria interna podem ser o Mapeamento de Processos de Controles Internos, Testes de Detalhes da Receita, Despesa, Contas a Receber, Contas a Pagar, Formalização da Contagem Estoques e demais formalizações referentes as áreas auditadas.

            Tais papéis devem ser confidenciais e direcionados apenas aos auditores e a alta administração da empresa.

 

2.3 -     FRAUDE E ERRO

2.3.1 - DEFINIÇÕES

 

Por definição, um erro é um desvio (ou distorção) cometido sem a intenção de prejudicar a empresa. Fraude, por outro lado, é um desvio (manipulação, alteração de documento, relatório, demonstração) realizado de forma intencional visando beneficiar um indivíduo ou empresa descumprindo as normas de contabilidade e legislação vigente.

O auditor interno, segundo a NBC TA 12, deve “assessorar a administração no trabalho de prevenção de erros e fraudes, obrigando-se a informá-la, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de erros ou fraudes detectadas no decorrer de seu trabalho. ”. Normalmente tais desvios chegam ao conhecimento do auditor por denúncias ou procedimentos de auditoria que visam detectar tais atos ilegais.

 

2.3.2 - ATUALMENTE

            Nas notícias vinculadas a fraudes e corrupção nas empresas, não vemos nenhum destaque para as auditorias internas, oposto do que ocorre com as auditorias independentes.

            As fraudes detectadas pela auditoria interna geralmente não se tornam de conhecimento público, visto que podem trazer consequências negativas para a empresa. Quando isso ocorre, a auditoria, a governança corporativa e a administração da empresa agem rapidamente para que os casos não tomem proporções maiores. Como exemplo, podemos citar o caso do Banco Panamericano, onde mesmo com os trabalhos da auditoria interna ocorreram fraudes que culminaram na venda de 49% do capital votante do banco para a Caixa Econômica Federal.

 

 

2.4-      NORMAS DE AUDITORIA INTERNA

2.4.1 -  CONCEITUAÇÃO

No Brasil, as normas de auditoria interna são regidas pelos documentos NBC TI 01 e NBC PI 01, que tratam respectivamente da Auditoria Interna e das Normas Profissionais do Auditor Interno. Conforme citado acima, a NBC T 12 também traz conceitos e valores úteis que devem ser seguidos pelo auditor interno.

As normas tratam de todos os aspectos necessários para a execução de uma auditoria interna, passando pela conceituação e disposições gerais, papéis de trabalho, conceitos de fraude e erro, normas de execução dos trabalhos, planejamento dos trabalhos, riscos da auditoria interna, procedimentos da auditoria interna, definições para amostragem, processamento eletrônico de dados e normas relativas ao relatório da auditoria interna.

É importante destacar que a NBC PI 01 trata das competências técnico-profissionais do auditor interno, da autonomia profissional, da responsabilidade do auditor interno na execução dos trabalhos, do relacionamento com profissionais de outras áreas, do sigilo profissional e da cooperação com o auditor independente.

Alguns aspectos destas normas são tratados neste trabalho na mesma ordem e seguem a mesma linha de pensamento.

 

2.5 -     PLANEJAMENTO DE AUDITORIA INTERNA

2.5.1 - DEFINIÇÕES

O planejamento da auditoria interna, segundo a NBC T 12, “compreende os exames preliminares das áreas [...] para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado”. Assim, podemos definir o planejamento como sendo primordial para a execução dos trabalhos e procedimentos, sendo o responsável por alocar recursos, definir metas, prazos, áreas a serem auditadas, escopo dos projetos e tudo que é relacionado ao processo de auditoria, incluindo as horas dos auditores a serem incorridas durante o trabalho.

O planejamento leva em conta o conhecimento das atividades operacionais das atividades e dos controles da entidade, a natureza, época e extensão dos trabalhos, o conhecimento da política e das ferramentas gestão de riscos da organização, a confiabilidade dos arquivos e informações, a contratação de especialistas para emissão de laudos e pareceres, orientações específicas aquela entidade bem como a existência de demais entidades ligadas a organização auditada.

O planejamento da auditoria interna não inclui apenas as definições citadas acima, e deve ser feito da melhor forma possível para que não ocorram imprevistos no meio do trabalho que interfiram na emissão da opinião/parecer.

Os arquivos e papéis de trabalho do planejamento devem ser devidamente preparados, assinados e revisados pelos responsáveis e arquivados para que sirvam de evidência e base para futuros processos de auditoria.

 

2.6-      RISCOS DE AUDITORIA INTERNA

2.6.1 RISCOS

Os riscos de auditoria podem ser definidos como a incerteza resultante de algum evento e podem ser segregados como riscos estratégicos, financeiros e operacionais. A análise destes erros deve acontecer na fase de Planejamento da auditoria e “estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos”, segundo a NBC T 12.

Os riscos de auditoria também definem a extensão dos processos de auditoria interna a serem realizados na etapa de execução do projeto. Assim que confirmada a existência de um erro no processo da auditoria interna, seja em qualquer nível, deve ocorrer a comunicação imediata a administração da empresa para que as melhores decisões sejam tomadas tempestivamente.

O princípio contábil da oportunidade deve se sobressair durante a identificação de erros nos processos de auditoria.

 

 

2.7-      PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA          

2.7.1-   PROCESSOS

Os procedimentos são realizados, na maior parte, durante a execução da auditoria. Através da amostragem e demais procedimentos, as áreas são testadas e são obtidas evidências que suportam as opiniões dos auditores. Os procedimentos incluem, dentre outros, testes substantivos e testes de detalhes.

A definição, a execução e o resultado dos procedimentos é formalizada nos Papéis de Trabalho da auditoria. Para execução da contagem física dos estoques, por exemplo, os auditores internos fazem a amostragem para contagem partindo de uma base disponibilizada pela entidade. Após isso, realizam a contagem e fazem a formalização dos Papéis, que posteriormente serão assinados, revisados e arquivados. Desta maneira, neste exemplo, o Procedimento de Auditoria da contagem física dos estoques é realizado.

Durante a execução destes procedimentos, deve-se observar a confiabilidade dos dados obtidos e procurar confrontar sempre que possível as informações internas com dados externos, observando sempre o sigilo da informação.

Três conceitos-chave guiam e estão presentes em praticamente todos os papéis de trabalho: a Observação, a Inspeção e a Confirmação/Investigação. Essas afirmações devem estar evidenciadas e devem suportar a opinião que aquele procedimento demonstra.

 

2.7.2-   FORMALIZAÇÃO/OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES

Conforme visto acima, a formalização dos procedimentos realizados acontece através dos papéis de trabalho. Partindo deste conceito, é fundamental que as formalizações dos procedimentos estejam com o maior nível de clareza possível, para que qualquer interessado não sinta dificuldade em interpretar as informações ali contidas.

Para complementar a formalização dos procedimentos, são necessárias informações que algumas vezes são adicionais a empresa, como obtenção de taxas financeiras e cotações de commodities, por exemplo. Para isso, é necessário que as informações sejam confiáveis, e devem ser feitas avaliações que compreendem se aquela informação é suficientemente convincente, clara e suficiente para suportar a conclusão do papel de trabalho.

A informação também deve ser relevante, útil, confiável, clara e deve, principalmente, ser fidedigna e representar a realidade de determinado dado.

 

2.8 -     AMOSTRAGEM E TESTES

2.8.1 - AMOSTRAGEM

Visto que a auditoria interna não consegue analisar todas as informações todas as áreas, todos os lançamentos, todos os dados presentes na contabilidade de uma organização, é recomendável que a auditoria interna realize amostragem de dados para teste sobre a adequação de determinada área de empresa.

            Como exemplo, podemos citar a área de receitas das organizações. Abaixo cita-se um exemplo muito comum de amostragem:

  • O auditor interno obtém um arquivo que servirá de base para teste;
  • A soma de todos os valores contábeis deste arquivo deve resultar no mesmo saldo da conta contábil analisada;
  • O auditor, através da amostragem estatística, usa seu julgamento profissional combinado com fatores definidos no planejamento para realizar a extração dos itens para teste;
  • Após a extração dos itens, as evidências que comprovem que estes itens estão íntegros e não contém erros devem ser solicitadas aos responsáveis dentro da organização;
  • Caso não existam erros e existam demais análises naquela mesma conta contábil, pode-se concluir sobre a razoabilidade daquela base;
  • Caso existam erros, a administração precisará justificar estes erros e fazer a correção o mais rápido possível, sob pena de alteração no parecer da entidade;
  • Em alguns casos, a amostra poderá ser estendida;
  • Os erros obtidos serão projetados para o restante da base;
  • Um ajuste será sugerido.

Todos esses procedimentos são realizados em um papel de trabalho e devem ser devidamente formalizados, registrados, assinados, revisados e arquivados como evidencia de auditoria necessária para conclusão do trabalho.

 

2.8.2 - TESTES

            Os testes de auditoria interna combinam análises integrais e análises por amostragem. Estes testes consistem em comparação de dados internos com dados externos, como a comparação de taxas de juros contabilizadas e taxas de juros divulgadas por órgãos públicos, por exemplo. Assim, a amostragem é um tipo de teste de auditoria.

            São feitos testes nas áreas mais relevantes da organização, definidas na etapa de planejamento. Para realização dos testes é necessário avaliar o nível de conhecimento do auditor que realizará os testes, além de observar a capacidade de quem realiza os testes.

 

 

 

3-      CONCLUSÃO

 

O projeto apresentado teve por intenção demonstrar os principais conceitos e características da auditoria interna nas organizações.

Pode-se concluir que, sem a intervenção da auditoria interna, as empresas estariam muito mais sujeitas a erros e fraudes e não teriam o nível de segurança que lhes é possibilitado hoje. Devido a vários fatores, a auditoria interna é primordial para a segurança e confiabilidade das informações internas de uma empresa. Destaca-se o papel do auditor interno das empresas como subordinado apenas a alta administração da empresa, sendo responsável e essencial na garantia de informações.

Assim, destaca-se o papel e a importância que a auditoria interna tem em relação as empresas e ao desenvolvimento do país.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC T 12. Da Auditoria Interna. Brasília, 2004. Disponível em: < http://www.crc.org.br/legislacao/normas_tec/pdf/normas_tec_rescfc0986_2002.pdf>; Acesso em 18/08/2016.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TI 01 e NBC PI 01. Auditoria Interna e Normas Profissionais do Auditor Interno. Brasília, 2003. Disponível em: < http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/Auditoria_Interna.pdf>; Acesso em 18/08/2016.