Artigo - A Coreia do Norte, os testes balísticos e a comunidade internacional.
Roberto Ramalho é jornalista, Relações Públicas, advogado e pesquisador.

O Conselho de Segurança da ONU tem condenado reiteradamente e veementemente, os lançamentos de foguetes ou testes com mísseis balísticos intercontinentais pela Coreia do Norte.

A entidade vem declarando que vai se comprometer para "rapidamente" adotar uma resolução com "sanções significativas".

O presidente do Conselho de Segurança da ONU, Rafael Ramirez expressou preocupação afirmando aos demais membros a preocupação com os testes com mísseis realizados pela Coreia do Norte.

Há muito se suspeita que a Coreia do Norte esteja usando tecnologia de mísseis balísticos, mesmo que, as vezes, caracterizados como lançamentos de satélite.

Esses lançamentos constituem-se numa séria violação das resoluções 1718 (2006), 1874 (2009), 2087 (2013) e 2094 (2013) do Conselho de Segurança.

O Conselho de Segurança da ONU externou e reafirmou a existência de uma contínua ameaça à segurança internacional devido aos recentes testes realizados pela Coreia do Norte.

Os membros do Conselho de Segurança estão preparando a adotarão de uma nova resolução do Conselho de Segurança com medidas de resposta as perigosaa e sérias violações praticadas pelo regime de Pyongyang.

A Coreia do Norte, porém, alega que apenas está se protegendo da ameaça dos Estados Unidos e de seus inimigos vizinhos Coreia do Sul e Japão.

Os principais países que vem condenando os testes com mísseis balísticos sempre são Os EUA, agora sob a ameaça do Regime de Pyongyang com um provável artefato que alcançaria seu País o Japão e a Coreia do Sul.

Acredita-se que agora a Coreia do Norte disponha de um míssil balístico intercontinental.

Segundo analistas ocidentais, a Coreia do Norte possivelmente já tenha, no mínimo, três bombas atômicas. Daí a razão porque Os EUA e seus parceiros não tenham tido coragem de ter atacado o país comunista.

Diante de mais um flagrante desrespeito as resoluções da ONU, o vice-ministro da Defesa sul-coreano, afirmou que seu país e os EUA concordaram na implantação do sistema THAAD (Terminal High Altitude Area Defense).

A Coreia do Sul já havia informado a Rússia e China com antecedência desta intenção. Em decorrência desse anúncio, a China está seriamente preocupada com a possível implantação do sistema de defesa antimíssil dos EUA na Coreia do Sul, declarou o Ministério das Relações Estrangeiras chinês em um comunicado.

Os Estados Unidos já discutiram a implantação duma bateria do THAAD na Ásia Oriental no passado. O Pentágono tomou a decisão ouvindo seus parceiros por meio de negociações trilaterais da aliança, englobando Japão e Coreia do Sul.

A China e Rússia manifestaram a oposição ao controverso sistema de defesa, argumentando que este poderá perturbar o equilíbrio regional e ser usado contra os interesses chineses na região, em face de disputas territoriais envolvendo algumas ilhas situadas no Pacífico e que são disputadas com o Japão, Vietnã, Filipinas e Nova Zelândia.

Em 2012 a Coreia do Norte anunciou o programa de longo prazo de lançamento de mísseis que, segundo especialistas, é uma parte do desenvolvimento dos mísseis balísticos, inclusive os intercontinentais, que tanto ameaçam a segurança dos EUA.

Recentemente Os Estados Unidos apresentaram ao Conselho de Segurança da ONU um projeto que endurece as sanções à Coreia do Norte e que pretende privar Pyongyang de um bilhão de dólares em receitas com exportações.

Segundo se informou, o país negociou a proposta com a China, maior parceira comercial e aliada da Coreia do Norte, desde que o regime lançou no mês passado seu primeiro míssil balístico intercontinental.

As cartas estão na mesa. Uma hora Os EUA ameaçam atacar o Regime de Pyongyang usando a força máxima de que dispõe na Região, inclusive com seus bombardeiros B1-B e B-52.