ÁFRICA: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS DE SOLUÇÃO - por Dr. Verlow Woglo
Publicado em 23 de julho de 2014 por verlow woglo
ÁFRICA: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS DE SOLUÇÃO
“O Continente Africano é o pulmão espiritual do mundo, mas é preciso inovar para enfrentar os problemas do Continente”, diz o Papa Bento XVI no dia 18 de Novembro de 2011, no seu avião rumo à República do Benin, durante a sua segunda viagem aquele país e África. O Pontifício admitiu que existia “grandes problemas e dificuldades” em toda região do Continente Africano, como “em todo mundo”, mas que no caso africano há “um humanismo fresco” e este representa “uma reserva de vida e de vitalidade para o futuro”. O Papa acrescenta ainda, que não bastam as “boas intenções” para superar os desafios contemporâneos, mas é preciso ser “ousado, seguir outros caminhos, dar e receber”, e que o processo e o progresso rápido dos últimos 50 a 60 anos, que gerou a independência da África após o colonialismo, também trouxe consigo “muitas dificuldades”.
Talvez tudo isto seja uma critica indireta aos lideres mundiais, inclusive lideres africanos contemporâneos, que nunca deixaram claras quais são suas verdadeiras intenções para com o povo da África, e nem se quer se dedica o tempo e esforço em busca de uma solução permanente para os múltiplos problemas do Continente. No fundo é como um “jogo de ping pong” entre os lideres africanos e os países industrializados onde ninguém perde, numa armação pré-estabelecida, sendo que o povo da África representa a bolinha branca, e ambos os jogadores saiam ganhando e levando o valioso premio em forma dos “recursos naturais”, as pedras preciosas, o gás natural, o petróleo, entre outros recursos do subsolo Africano.
Tentamos aqui chamar a tensão das pessoas do bem e leitores em geral para o fenômeno da exploração do Continente, pelos poderosos da economia mundial em conivência com líderes Africanos que tem nas veias o sangue da corrupção, na ignorância ou na ganância para desviar atenção das criticas de Organizações Mundiais, ONGs, inclusive do Papa Bento XVI, entre outros.
A necessidade de inovação na realidade espiritual do continente africano precisa ser abordada nas discussões globais sobre o processo de desenvolvimento socioeconômico do Continente, embora qualquer discussão sobre a religião tradicional africana possa reacender uma antiga polêmica, este é o momento de reavaliar o papel da religião, seja ela a religião tradicional, o cristianismo, o catolicismo ou islamismo, em todo Continente Africano. É bom entender que polêmica nem sempre é sinônimo de brigas ou discórdia hostil, mas sim algo necessário para o avanço do conhecimento nos campos da discussão na política, na arte, na literatura, e até mesmo, na própria religião, tudo em favor do desenvolvimento socioeconômico do Continente.
Nos africanos, inclusive o povo nas diásporas, sabemos que cristãos e membros de outras religiões de nações africanas costumam recorrer e continuam a recorrer cada vez mais à magia negra (bruxaria e feitiçaria), aos deuses orixás, e aos espíritos de seus ancestrais. Não é incomum a revelação na África e nas diásporas de que pastores, das mais variadas igrejas evangélicas, procuram em milhares “ajuda espiritual” junto aos renomados bruxos e bruxas africanas. Mas como conciliar este fenômeno com os ensinamentos do Velho e Novo Testamento, quando a bruxaria e feitiçaria são associadas a coisas do Demônio.
Em alguns países da África como a República do Benin, Gana, Nigéria, África do Sul, Congo e Zâmbia, entre outros, bruxos de renomes nacionais coordenam hoje em dia, verdadeiros impérios religiosos, formados por redes de templos e escolas de feiticeiros, além de possuírem propriedades, carros de última geração, fazendas para criação de gados, etc...
Nana Kwaku, de Gana, é um dos poucos que veio abertamente a falar de si como bruxo, e autoqualifica como o maior bruxo do mundo, viajando por toda parte do planeta (da África, Europa aos Estados Unidos) onde há imigrantes do seu país para demonstrar seus poderes de bruxaria e feitiçaria. Nana Kwaku Bonsam afirma ser capaz de resolver qualquer tipo de problema, desde maldições a graves problemas de saúde. Desde 1992, “Bonsam”, apelido que significa o Diabo, dedica-se para modernizar a religião tradicional, opondo-se num desafio aos pastores e missionários cristãos, na frente de uma verdadeira guerra espiritual em Gana. Em toda África, há uma acusação mútua entre pastores (especialmente os de igrejas pentecostais) e aqueles que praticam rituais tradicionais, sendo essas praticas classificadas como feitiçaria e adoração ao Satanás pelos Pastores. O bruxo Nana Kwaku declara abertamente ter ajudado mais de 1700 pastores, vindos ao seu santuário em Gana de toda parte da África, em busca de poderes sobrenaturais.
Na maior parte dos países africanos, 60% da população se disse cristãos, 25% mulçumanos, e 10% adeptos da religião tradicional, ao passo que mais ou menos 5% se consideram ateus. Mas de acordo com a opinião de teólogos, é evidente que as estatísticas não correspondem à realidade daquilo que realmente acontece. A maioria dos crentes ou cristãos não tem coragem de afirmar seus envolvimentos nos rituais tradicionais, ou seja, adoração aos deuses dos ancestrais; ao passo que a totalidade dos mulçumanos se envolve abertamente em magias, talismãs, bruxarias e feitiçarias, no seu dia a dia. Na Nigéria, Gana, Togo, e Benin, como também em outros países do Continente, os feiticeiros acreditam estar fazendo mais para ajudar o povo do que os pastores que se tornaram homens ricos, dirigindo carros importados, enquanto seus rebanhos (crentes) passam fome.
Alguns pastores tem o desejo de serem adorados pelos membros de suas igrejas, uma verdadeira heresia. Será que estes pastores esqueceram o verso bíblico que disse: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”, palavras de Jesus em Mateus 4: 10.
Aconteceu em Gana um episodia que está vivo na mente de todos até hoje, quando o feiticeiro, Nana Kwaku Bonsam (o Diabo), no dia 2 de Abril de 2008, convocou a polícia junto com a imprensa, e invadiu a igreja do Pastor Collins Agyei Yeboah, que se omitiu de pagar pelo serviço tratado com ele, Bonsam, foi envergonhado e constrangido diante dos fiéis para devolver o ídolo, dentro da igreja pentecostal da cidade de Kato. O Pastor Yeboah diz que não pagou porque nunca recebeu os poderes prometidos pelo feiticeiro, mas acabou devolvendo o ídolo durante o culto de domingo diante da congregação, e tudo foi filmado ao vivo. Curiosamente, com este episódio, a popularidade de Bonsam “explodiu”, e ele passou a ser procurado constantemente por pastores, empresários e políticos de Gana e de países vizinhos, sempre na anonimidade. A multidão que visita o seu santuário, que tem 18 salas, paga uma “oferta de gratidão” equivalente a cinco dólares, mais os custos do “ritual”; e sacrifícios de animais feitos ali, com direitos a “porções” preparadas e distribuídas, supostamente para ajudar as pessoas no que desejam realizar na vida, tudo para os que acreditam no poder da feitiçaria e magia negra, “mentes fracas”.
PERSPECTIVAS MACROECONÔMICAS SOBRE ÁFRICA
A preocupação geral dos analistas socioeconômicos em relação aos avanços e previsões das projeções para o desenvolvimento macroeconômico de cada país no Continente Africana, e de como as condições de procura e da oferta poderiam afetar o crescimento da economia. Além disso, a trajetória dos preços de matérias-primas e o papel inflacionário, e como as políticas monetária e orçamental respondem aos desafios enfrentados pelos países. As perspectivas de crescimento nunca foram desanimadoras para o continente africano, porque temos uma base de crescimento relativamente ampla, impulsionada pela produção de petróleo e gás, minérios e produtos agrícolas, serviços e procura interna, que por sua vez aliviam os efeitos adversos da turbulência global. Então percebe se que a economia africana demonstra uma capacidade enorme de elasticidade continua diante da turbulência e instabilidade econômica global.
Os países africanos “ricos” em recursos naturais tem se beneficiado dos preços relativamente elevados das matérias-primas e as boas colheitas tem dinamizado a produção agrícola, embora os preços sofram redução frequentes devido ao abrandamento da procura global. Mas até que ponto as boas colheitas chegam a dinamizar a produção agrícola e proporcionar uma ajuda na mitigação dos efeitos adversos dos altos preços internacionais de alimentos ao consumidor final. Na certeza, as perspectivas não são isentas de riscos, devido à fragilidade do ambiente internacional e a persistência de alguns problemas específicos em relação aos países africanos.
Alguns anos após a revolução dos países árabes do Norte da África (a Primavera Árabe), que trouxe tensões políticas e sociais que ainda persistem até hoje na Líbia, Egito e na Tunísia, apesar da retomada gradual da produção no Egito, na Tunísia, e na Líbia, a produção petrolífera ainda está longe de chegar aos níveis anteriores à revolução. Além disso, o nível de desemprego continua muito elevado e a transição política na região é lenta e problemática. As revoluções árabes tiveram efeitos drásticos sobre a economia dos países do Norte da África, como também afetaram indiretamente os países da África Sub-Sahara, inclusive o crescimento da África do Sul pelo abrandamento econômico global. Conclusão, a fraqueza do ambiente internacional afetou as economias africanas apesar das expectativas de se manter favoráveis ao curto prazo. (Fonte: Departamento de Estatística, do Banco Africano de Desenvolvimento)
ALGUNS ASPECTOS DOS PROBLEMAS AFRICANOS
Enumeramos abaixo alguns dos Aspectos Naturais, Econômicos e Sociais dos Problemas Africanas:
- África - Espaço natural – Grande diversidade econômica, religiosa, cultural, étnica e natural. O Continente abrange todos os hemisférios – A maior parte está na zona tropical – Predomínio de planaltos antigos – Maiores jazidas de minerais metálicos do planeta – Rift Valley – Rio Niger, Nilo e Congo.
- Clima e vegetação – Região central (próximo à linha do Equador):
- clima equatorial e floresta equatorial – Regiões afastadas da região central
- clima tropical e savana – climas áridos e semiáridos – nos desertos do Sahara, do Kalahari e da Namíbia.
- Regionalização da África – Critério de localização geográfica
- África do Norte, Ocidental, Oriental, Central e Meridional
- Critério étnico e cultural
- África Branca (do Norte) e África Negra (Subsaariana)
- África Branca e África Negra Árabe
- Diversidade étnica de maioria negra.
- Islamismo, Animismo, Cristianismo, Judaísmo, etc.
- Espaço econômico e social
- Grande presença populacional na zona rural
- Agropecuária e o extrativismo (mineral e vegetal)
- Todos os países africanos, com exceção da África do Sul, Argélia, Egito,
Tunísia, e Marrocos, concentra se na maior parte da População Economicamente Ativa (PEA), de atividades primárias
- Economia dos países depende das grandes potências mundiais
- Maior parte da população é voltada para o mercado externo.
Exemplo: Plantação (monocultura em terras férteis e grande número de trabalhadores com baixos salários).
- Agropecuária:
- Agricultura de subsistência: em solos mais pobres, com técnicas rudimentares e baixa produtividade,
- necessidade de importação de alimentos
- difundida (sem linha de produção máxima) na África islâmica
- Áreas áridas e semiáridas
- Áreas áridas e semiáridas: margens dos rios ou utilizando técnicas modernas de irrigação e adubação do solo
- áreas tropicais com alta pluviosidade, culturas tropicais, café, amendoim, cacau, banana, abacaxi, etc.
- África Subsaariana, grandes exportadores e produtores mundiais.
- Agropecuária, Monocultura: ataca as áreas de agricultura de subsistência e desgasta o solo, podendo causar a desertificação.
Pecuária: pouco praticada devido às dificuldades naturais
Destaque: ovinos e caprinos
- Mineração, Maiores reservas de metais preciosos do mundo, - 50% da produção mundial de diamantes e maior concentração mundial de ouro, atração europeia (industrialização), -Neocolonização,
- Hoje: exploração de multinacionais
-Petróleo e gás natural: Líbia e Argélia, Nigéria e Angola (maior produtor de petróleo),
- República do Congo, Angola e Egito – trocas comerciais com China e a Índia
- “Diamantes de sangue”, obtidos em zonas de guerra, através do trabalho escravo ou por ameaça, e vendidos ilegalmente a países desenvolvidos.
- Mineração
- Rede de transporte, Liga as áreas produtoras aos portos, exportação; Rodovias e ferrovias; Não integra os países africanos.
- Industrialização e urbanização
- Nível de industrialização baixíssimo;
- Industrialização ligadas ao beneficiamento de produtos agrícolas e ao setor da mineração;
- Mais industrializados: África do Sul, Argélia e Egito
- Atraso tecnológico, dependência dos países ricos,
- Importação de bens de produção e bens de consumo.
- África do Sul: mais de 50% da produção industrial africana; maior parque industrial do continente; setores automobilísticos, siderúrgico, químico e alimentício, maioria transacional.
- Industrialização e urbanização,
- Centros urbanos: funções administrativas baseada na atividade comercial ligada ao setor informal,
- Infraestrutura carente.
- Problemas com energia e água
- Poucos tem acesso ao sistema de telefonia, redes de esgoto e coleta de lixo.
- Grande êxodo rural, bolsões de misérias nos centros urbanos.
- Elevadas taxas de lixo urbanização,
- Países mais desenvolvidos industrialmente são: África do Sul, Argélia,
Egito e Marrocos.
- Problemas socioeconômicos da África, Fome, Corrupção, Altas dividas externas;
- Desvio de verbas públicas, esvaziamento dos cofres, falta de investimento na saúde, educação e alimentação;
- Altas taxas de natalidade e mortalidade;
- Expectativa de vida: 49 anos;
- Analfabetismo – desqualificação profissional;
- Epidemia da AIDS, Ebola, entre outras doenças;
- Guerras civis.
GRAVIDADE DA SITUAÇÃO ECONÔMICA:
CRISES E ATRASO DE AJUDA AO DESENVOLVIMENTO
A falta de alimentos e desvalorização de matérias primas tem afetado drasticamente o Continente Africano, pois os países industrializados na maioria prometem ajuda, mas deixam de cumprir ou comprem com atraso.
Alimentos se tornaram impagáveis na África
Os países do Grupo dos Oito só liberaram um terço da ajuda suplementar ao desenvolvimento concedido à África. De acordo com relatórios pelas organizações DATA (Debt, AIDS, Trade in Africa), apresentado em Berlim e Londres, os países industrializados só pagaram 7 bilhões dos 21.5 bilhões de dólares extra prometido ao Continente até 2010 durante a cúpula realizada em 2005 em Gleneagles, na Escócia.
A França e Itália deviam mais de oitenta por cento do atraso nos pagamentos. A Alemanha pagou 31% da quantia prometida. A então ministra de desenvolvimento Alemã, Heidemarie Wieczorek-Zeul, garantiu que o seu país, conforme prometido, destinaria à ajuda ao desenvolvimento 0,51% do PIB alemão até 2010, e aumentaria para 0,7% do seu PIB em 2015. Alguns países superaram o pagamento do compromisso firmado em Gleneagles, o Japão pagou 150% e Canadá 206%. Os países do G8 prometeram elevar ajuda em 50 bilhões de dólares ao ano, sendo que a metade desta suma seria concedida à África.
A GRAVIDADE DA MISÉRIA
O alto preço das matérias-primas levou a uma ligeira elevação do crescimento econômico na África nos primeiros cinco anos do novo milênio. O Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países ao sul do Saara aumentou 6% ao ano ou até mais, devido à valorização do petróleo, dos metais e de outras riquezas minerais no mercado mundial, enchendo os cofres nacionais de muitos países.
Mas a crise econômica e financeira mundial colocou um fim a esse boom. Os preços das matérias-primas caíram e alimentos encareceram. Investidores estrangeiros se retiraram da região e pequenos empresários impossibilitados de obter empréstimos, gerando um efeito dramático sobre orçamentos públicos africanos em grande parte.
O crescimento econômico dos países do sul do Saara não passou de 1,5% ao ano, de acordo com a estimativa do Fundo Monetário Internacional. Após a crise de 2008, o valor pago por matérias-primas não passava de 30% dos anos anteriores à crise, o que afetou terrivelmente os países em desenvolvimento ao sul do Saara, pois na sua maioria dependiam e dependem da exportação de matérias-primas. Nesta situação, como é que jovens africanos não imigrariam pelo Mar Mediterrâneo em barcos de alto risco e perigo das mais precárias condições para países europeus em busca de uma vida melhor.
Durante muitos anos os imigrantes africanos de serviços casuais enviaram dinheiro para parentes no Continente, em valores que chegaram a bilhões de dólares, numa tentativa de combater a pobreza e miséria, e esta prática também foi afetada pela crise, agravando a situação. Por ocasião da abertura do Fórum Econômico Mundial na Cidade do Cabo, África do Sul, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lembrou que a África continua dependendo de ajuda econômico, mesmo que tenha potencial para se desenvolver como um continente exportador de alimentos, energia matérias primas em geral.
É lastimável como os lideres mundiais não se lembram de tocar no assunto da corrupção na África, que tem prejudicado a economia africana todos esses tempos, durante as discussões nos fóruns internacionais. Ninguém tem coragem de vir à frente para acusar os lideres políticos africanos do rombo que provocam nos cofres de seus países. O dinheiro desviado por estes políticos inescrupulosos (centenas de bilhões de dólares) daria muito bem para desenvolver cada um o seu país. Este assunto, do meu ponto de vista tornou-se um tabu na boca dos lideres dos países industrializados porque a prática da corrupção favorece a todos, tanto políticos africanos como as empresas multinacionais. É simplesmente uma sopa no mel, a prática da corrupção. O dinheiro roubado pelos governantes africanos é guardado nos bancos estrangeiros (sem trazer benefícios ao desenvolvimento econômico do Continente Africano). O dinheiro Africano roubado e guardado em bancos europeus e em paraísos financeiros, imprescindivelmente serve para lubrificar a economia do clube dos países industrializados, cuja economia não está também fora do perigo da depressão e recessão mundial.
INTEGRAÇÃO REGIONAL DO CONTINENTE
A Integração Regional da África se torna uma saída para o desenvolvimento do continente, até que ponto as organizações regionais trariam soluções viáveis e permanentes no contexto da integração.
Temos hoje, algumas organizações regionais no Continente Africana – a exemplo de outras regiões do mundo, países em busca de alta sustentação econômica. Em existência, entre os mais significativamente fortes, temos o “Common Market for Eastern and Southern África (COMESA), Economic Community of West African States (ECOWAS), Union Douaniere et Economique de l’Afrique Centrale (UDEAC); e muitos outros que surgiram entre as décadas de 70 e 80, todas as organizações de cooperação econômicas. A intenção dos governos é voltada a integração regional na formação duma estrutura solida e necessária para resolver ou remover os obstáculos no comércio entre as nações africanas, criando um
mercado regional que visa a economias de escala, e mantendo sistemas de produção e mercados, num esforço para aumentar a competitividade dentro do Continente.
Não podemos esquecer que o compromisso com o regionalismo era parte complementar de uma ampla ambição de integração continental, com raízes no Pan-Africanismo. Também sabemos que o Pan-Africanismo tinha como objetivo a reivindicação de princípios de autossuficiência coletiva e independência política, com base na defesa dos direitos do povo, e unidade da África sob um único Estado soberano para todos os africanos onde quer que estejam. Sabemos, na certeza, de que isto está fora do costume e cultura africana e o regionalismo não daria certo para o Continente, onde egoísmo, a desconfiança, e o individualismo, falam mais alto que a convivência coletiva entre tribos e etnias completamente estranhos uma ao outra.
Desde o tempo da independência nos anos 60 e 70, o estabelecimento de comunidades econômicas sub-regionais sempre foi importante e colocado em debate como uma estratégia de desenvolvimento do Continente, em especial os acordos para promover a cooperação técnica e econômica. Acordos esses que visavam em ampliar o crescimento do comercio inter-regional para eliminação de das barreiras tarifarias. A intenção seria o desenvolvimento regional, na promoção de setores econômicos e melhoria de infraestruturas no continente, como também execução de projetos de produção em larga escala, consequentemente, promoção da cooperação monetária.
O sucesso dos projetos inter-regionais dependia da cooperação efetiva entre os países, mas ao contrario neste período muitas nações africanas começaram a implementar regimes de comercio intervencionista e protecionista, motivados por diversas inquietações sobre problemas fiscais, a proteção da indústria nacional, e com preocupação voltado para manutenção da nascente e inexperiente parque industrial em alguns países em relação à política de importação.
É interessante notar que a política comercial e a estratégia do desenvolvimento econômico da África passaram por duas tendências diferentes na década de 80. Em primeiro lugar, os países africanos começaram a projetar uma sistemática regional dentro do Continente, individualmente os Estados iniciaram um processo de racionalização e liberalização do seu regime de comercio com países fora da África. Em obediência as determinações das Instituições em relação aos programas de ajustamento estrutural do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, com um objetivo maior no processo de integração da África na economia mundial, assim ingressando numa comunidade econômica maior e mais compreensiva.
Isto sem abandonar a abordagem regional como a melhor ferramenta para o desenvolvimento do Continente. Foi neste contexto que surgiu a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD), uma nova visão e um quadro para a renovação do Continente Africano, com base no entendimento compartilhado de que é indispensável erradicar a pobreza na África e posicionar os países no caminho do crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Em março de 2001, os países africanos criaram a União Africana para substituir a Organização da Unidade Africana para coordenar uma nova estruturação da política e comércio continental.
Os países membros (53 países africanos) da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África são:
Argélia, Angola, Benin, Botsuana, Burkina Fasso, Burundi, Camarões, Cabo Verde, República Centro Africano, Comores, Congo, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Egito, Eritréia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Guiné Equatorial, Quênia, Lesoto, Libéria, Líbia, Madagáscar, Malaui, Mali, Mauritânia, Mauricio, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Uganda, Ruanda, Saara Ocidental, São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Chade, Togo, Tunísia, Zâmbia e Zimbábue.
A Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD) foi concebida pelos países da África e constitui um acordo dos Chefes de Estado da África. Acreditamos que este sempre foi o grande erro, já que os lideres nunca consultaram o povo ou as comunidades que são os beneficiados ou prejudicados em aprovação de suas ideias, antes de ingressar na parceria.
No fundo os grandes desafios da África são e serão: a erradicação da pobreza e da fome, a promoção do desenvolvimento socioeconômico, e a eliminação do analfabetismo de maneira gradual. Então, NEPAD teria que ter um processo imprescindivelmente direcionado para execução desta árdua tarefa de múltiplos objetivos, apresentados pela cúpula de NEPAD como os seguintes:
- A Democracia e a Boa Governança Política
- A Governança Econômica e Social
- O Desenvolvimento Socioeconômico da África, e
- O Mecanismo Africano de Controle dos Pares
Para NEPAD poder funcionar sem intrigas entre os países, as Comunidades Econômicas Regionais já existentes serão a pedra angular na sustentação da integração econômica do Continente, todos com igual voz e participação relativa na operação dos planos e objetivos da NEPAD. Atualmente as Comunidades Econômicas Regionais reconhecidas são: União do Magrebe Árabe, Comunidade dos Estados Sahel-Saarianos, Mercado Comum da África Austral e Oriental, Comunidade Econômica dos Estados da África Central, Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, entre outras menos expressivas.
É preciso analisar até que ponto os quatro principais objetivos da NEPAD serão efetivamente implementados, em especial no tocante à erradicação da pobreza no vasto Continente Africano, a promoção dum crescimento e desenvolvimento sustentável, integrar a África na economia mundial, e acelerar o empoderamento das mulheres.Tudo isso fundamentado nos princípios de um compromisso à boa governança, democracia, direitos humanos e resolução de conflitos; e o reconhecimento de que a manutenção destes padrões é fundamentalmente importante para criação dum ambiente favorável para investimento e crescimento econômico em longo prazo.
ÁFRICA NO CONSENSO DE WASHINGTON
No caso, NEPAD deve buscar atrair aumento de investimento, o fluxo de capital e financiamento, provendo uma estrutura Africana própria para o desenvolvimento como base da parceria em níveis regionais e internacionais. Inicialmente NEPAD foi recebido com grande ceticismo e criticas das mais fortes a partir da sociedade civil em toda África, considerando a entidade como sendo mais um jogo baseado no modelo de desenvolvimento econômico do “Consenso de Washington”.
O ‘Consenso de Washington’ é conhecido como um conjunto de medidas de ajuste macroeconômico formulado por economistas de instituições financeiras como FMI e o Banco Mundial, elaborado em 1989, a partir de Universidades e Instituições Financeiras Especializadas a serviço do Banco Mundial. Entre as “regras” que deveriam ser adotadas pelos países para promover o desenvolvimento econômico e social se encontram: disciplina fiscal, redução dos gastos públicos, reforma tributaria, juros de mercado, câmbio de mercado, abertura comercial, investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições, privatização das estatais, desregulamentação e desburocratização, direito à propriedade intelectual. Enquanto que um grupo de críticos do Consenso de Washington alega que o pacote levou à desestatização econômica de alguns países em desenvolvimento, outros acusam a entidade de ter produzido crises socioeconômicas e desigualdades sociais nas nações que fizeram tentativas de aplicação das diretrizes do Banco Mundial e FMI. Regras que muitas vezes alguns países não estão preparados para seguir ou acomodar, devido à falta de estrutura e a capacidade de ajustes.
NEOLIBERALISMO NA ÁFRICA
Sem dúvida, o Consenso de Washington, é uma continuação do Neoliberalismo, que conduz à atual fenômeno da Globalização, e devemos entender que o Neoliberalismo pregava o funcionamento da economia entregue às leis de mercado. De acordo com os defensores do neoliberalismo, a presença estatal na economia só tende a inibir o setor privado e assim tende a frear o desenvolvimento dos países emergentes. Para maior esclarecimento os teóricos do desenvolvimento econômico apresentam o fenômeno com as seguintes características:
- Abertura da economia por meio da liberalização financeira e comercial e da eliminação de barreiras aos investimentos estrangeiros;
- Amplas privatizações de empresas estatais;
- Redução de subsídios e gastos sociais por parte dos governos;
- Desregulamentação do mercado de trabalho, para permitir novas formas de contratação que possam resultar na redução dos custos das empresas.
ÁFRICA INSERIDA NA GLOBALIZAÇÃO
Outro termo comumente em uso na atual fase da economia mundial é a Globalização, o que indica que há uma crescente interdependência entre mercados, governos, empresas e movimentos sociais em nível global. Pela globalização, as economias dos países estão hoje cada vez mais integradas.
Os primeiros passos rumo à conformação de um mercado mundial e uma economia global data-se dos séculos XV e XVI, com expansão ultramarina da Europa.
- Em 1492, Cristóvão Colombo chega à América – já é o inicio da globalização do mercantilismo – rotas comerciais da Europa para Ásia e a África – extração de ouro e prata das minas destes continentes, inclusive das Américas, - assim formando o grande tesouro das nações colonizadoras europeias - Riquezas essas que deu a base para a Revolução Industrial no fim do século XVIII,
- Acompanhado das descobertas científicas, as grandes invenções provocaram enorme expansão dos setores industrializados e ampliação do mercado para exportação de produtos ou manufaturados.
- Em XIX, as corporações multinacionais, industriais e financeiras, atravessaram os anos num crescimento fantástico no século seguinte.
– A interdependência econômica entre as nações do mundo se colocou em evidência em 1929, gerando a grande depressão econômica com:
a) a quebra da Bolsa de Valores de Nova York,
b) a depressão econômica norte-americana teve consequências negativas em toda parte do mundo,
c) o salto maior foi no fim do século XX, precisamente, em 1989 quando ocorreu a queda do Muro de Berlim, que foi o marco da derrocada dos regimes comunistas na União Soviética e nos países do Leste Europeu.
d) foi então que os países do bloco da União Soviética eram integrados ao sistema econômico mundial.
A integração acentuou-se a partir dos anos 1990, por intermédio da revolução tecnológica, especialmente no setor de telecomunicações. A internet e a rede mundial de computadores revelaram-se a mais inovadora tecnologia de comunicação do planeta. As trocas de informações (dados, voz e imagens) tornaram-se quase instantâneas, o que acelerou em muito o fechamento de negócios.
Com a expansão do comércio, ocorreu a intensificação do fluxo de capitais entre os países. A busca de maior lucratividade levou as empresas a investir cada vez mais no mercado financeiro, se tornando o epicentro da economia globalizada.
A atual mobilidade do mercado mundial permite que grandes empresas façam relocalizações de fabricas (fechamento de unidades de produção em um local e abertura em outra região ou outro país). Um mecanismo usado globalmente para cortar gastos com mão de obra, possibilitando a fuga para evitar altos salários e organizar produção em localidades de baixos custos de produção, deixando aqueles países vulneráveis na dependência total das instituições financeiras internacionais como Banco Mundial e FMI.
E então, em contra partida, os governos beneficiados com os empréstimos ficam obrigados obedecer ao receituário ditado pela instituição, que são basicamente estabelecidos pelo ‘Consenso de Washington’.
A questão é que os países da África, na maioria não estão preparados para enfrentar os efeitos imediatos da globalização, que muitas vezes penaliza as populações carentes, devido à desativação ou da desaceleração dos investimentos sociais, com políticas que tendem a frear o crescimento econômico, por força da maior da carga tributária, do congelamento de investimentos públicos e da elevação de juros.
Numa analises critica, podemos ver claramente que as perspectivas da globalização não se concretizaram na África, imaginando-se um Continente Africano integrado economicamente e sem fronteiras. No contexto da globalização e de acordo com as previsões, novas tecnologias e métodos gerenciais iriam promover um aumento geral da produtividade, o bem-estar social dos indivíduos, e a redução da desigualdade entre as nações. Com NEPAD, nada disso tem acontecido no Continente Africano. Os ajustes estruturais e reformas neoliberais não trouxeram até agora o esperado progresso nem melhoraram a distribuição de renda.
Numa nação como a Nigéria, por exemplo, a miséria tem crescido entre a população certamente neste período de programas econômicos de regionalização. Isto porque enquanto os organismos internacionais procuram fazer a sua parte do acordo, os Chefes de Estado (Regimes Militares Civis) estão seriamente ocupados com seus planos diabólicos para esvaziar os cofres nacionais por meios legalmente estabelecidos por eles mesmos, que formam a cúpula do Governo. Nenhum Governo Nigeriano tem sido isento desta mau prática.
Em quase todos os países do sul do Saara, a pobreza cresceu muito nesse período do ajuste ao sistema da globalização. Desde 1981, houve uma redução de aproximadamente 15 a 20% no PIB per capita nesses países, dobrando assim o número de pessoas que vivem com menos de 01 dólar por dia, enquanto que os países industrializados continuam prosperando a custa dos países em desenvolvimento, e os países emergentes também não são exceções.
A regionalização pode até trazer algumas vantagens inquestionáveis para o Continente Africana através da NEPAD e outras formações de mercado sub-regional como ECOWAS e Mercado Comum da África Austral e Ocidental (MCAAO), em relação ao alargamento do mercado, eliminação de obstáculos artificiais ao comércio, ampliação da concorrência, melhores oportunidades de escolha para o consumidor, plena utilização dos recursos naturais, a mão de obra e capital, possibilidades de exportação para o exterior da área integrada, e ainda atrair para área integrada o capital internacional.
NEPAD, com suas medidas de política econômica dentro dos planos da regionalização da África, seguindo as orientações estritamente ditadas com base no Consenso de Washington, no Neoliberalismo e na Globalização, tem seus aspectos positivos, mas também trás consigo grandes desafios para o contexto socioeconômico e cultural africano.
Existem as dificuldades de transição criadas pelas atividades econômicas menos eficientes em alguns países em relação a maior concorrência proveniente de outros territórios mais dotados e melhor estruturados para NEPAD.
Por outro lado há dificuldades no desenvolvimento econômico dos territórios mais atrasados, dificuldades de transição resultantes de desaparecimento das proteções aduaneiras, e as desigualdades na repartição dos benefícios da integração entre territórios com diferentes níveis de desenvolvimento.
Ainda temos o fator da semelhança de recursos que oferece poucas oportunidades para o comércio inter-regional, insuficiência de níveis de cooperação, a perda de receitas fiscais, e a inexistência de qualquer transparência no comércio e nos incentivos aos investimentos.
CONCLUSÃO GERAL
Uma sociedade se define de acordo com os valores culturais compartilhados pelo seu povo como a língua, normas, artefatos, comida, musica, dança, e num plano maior, instituições sociais como família, educação, sistema de saúde, religião, etc.. A cultura africana é vasta e enigmática na sua complexidade de natureza mística, por transcender os conhecimentos sociológicos e antropológicos do homem. Ela é como uma floresta que não se vê na totalidade com os olhos nus, um ecossistema e orgânico, sendo que o povo é apenas transportador dos fenômenos culturais existentes no Continente Africano.
Grupos Étnicos: Uma Complexidade Cultural A África como um Continente apresenta uma multiplicidade de problemas, e um que se destaca é o grande número de tribos, etnias e dialetos. Com mais de 1000 dialetos, a comunicação se torna difícil, portanto, as comunidades são vulneráveis a conflitos e disputas por territórios e demarcações de fronteiras, e muitas vezes se tornam guerras civis, geralmente instigados por forças externas, comumente financiadas pelos antigos mestres coloniais ou forças imperialistas.
As desigualdades sociais, econômicas e culturais dentro do Continente Africano como consequência dos conflitos tribais, levou a escravidão dos elementos capturados e vendidos por chefes tribais poderosas, e isto é prova de que o comercio de escravos já existia entre as tribos antes do período colonial e do próprio Tráfico Transatlântico. E tão logo que os Árabes adentraram no Continente, motivados pelas guerras santas muçulmanas por volta do século 7, chegaram os comerciantes e exploradores europeus entre os 10 e 15, tanto por “motivos religiosos” como pela busca de matérias primas e mão de obra escrava. A penetração dos europeus ao interior da África foi facilitada pelos rios que desembocavam nos Oceanos Atlântico e Indico de um lado e do outro, os Árabes e os Chefes Tradicionais Africanos, tornando a Escravidão um negócio bilateral ou até mesmo tripartite na época.
A cultura africana contribuiu grandemente para o desenvolvimento dos países diásporas (America do Norte, America Latina, Central, e nos Caribes), não só nas plantações, exploração de minérios, e posteriormente na construção civil e urbanização das cidades; e também uma forte influência na música e dança, costumes e outros valores, além do aspecto religioso. É importante notar que o termino do tráfico transatlântico pela pressão Inglês, apoiado pelas revoltas internas dos escravos brasileiros, especialmente, os Muçulmanos do Mali, provocou a escassez de mão de obra escrava, resultando numa abertura para entrada de imigração estrangeira, e consequentemente, um desenvolvimento comercial e econômico maior durante o período colonial brasileiro.
Enquanto o racismo brasileiro é fundamentado na teoria do racismo cientifico, uma teoria de que as pessoas de raça negra já nascem inferiores aos brancos, o fenômeno do racismo persistirá no Brasil. Neste momento, alguns membros da academia (do grupo da inteligência) brasileiro estão formando teorias em laboratórios do racismo, teorias para fixar critérios científicos de investigação em relação à inferioridade da raça negra, para apresentar teses de mestrado e doutoramentos. Esses cientistas sociais e jurídicos querem provar através da ciência da bioantropologia da criminologia, a razão pela qual os negros (mulheres e homens) formam a maioria da população carcerária no Brasil. Será que precisa de teorias cientificas para saber do porque as prisões brasileiras estão lotadas de negros? Na verdade, são teorias infames e infundadas para estigmatizar, psicologicamente inculcar na cabeça dos que já tem cabeça o fenômeno de que negro já nasce criminoso. E fazer o negro um motivo de chacota na sociedade. Seria mais fácil combater o vento do que combater o racismo no Brasil, pois as leis contra o crime do racismo e de injuria racial são vistas pela população como leis de “letras mortas”, jamais levadas a serias.
A lei No. 1390/52 de 1951, conhecido como Lei Afonso Arinos, proposto por Afonso Arinos de Melo Franco, que proíbe discriminação racial no país, se mostra ineficiente por falta de aplicação. Em 1989, foi promulgada a Lei 7716/89 de 1989, conhecido como “Lei Caó”, proposta por Carlos Alberto Caó Oliveira dos Santos, que determina desigualdade racial e o crime de intolerância religiosa. Portanto, o problema maior é a falta de esclarecimentos do que veio a ser o crime de racismo e a injúria racial. Então cabe às autoridades do país a tomada de iniciativa para medidas efetivas em ralação a lei e fazer jus a Constituição Nacional.
Religião na África é uma grande caixa sem etiqueta para identificação, a espiritualidade é o conteúdo, portanto, religião é simplesmente cultura de crenças. A tradicional religião africana será sempre difícil de ser compreendida ou até mesmo ser estudado pelos não nativos do Continente Africano, aqueles que visitam santuários africanos em busca de conhecimentos, em geral perdem seu tempo por algo que jamais entenderão. É preciso ser Africano para interpretar a Religião Africana com uma mente disciplinada e com as ferramentas necessárias herdadas de ancestrais, não compradas, da mesma forma que jamais conseguiriam dominar as citações adequadas a cada oráculo de acordo com a natureza dos Orixás.
A questão é: podemos encontrar nesta religião tradicional africana, e quais são as perspectivas de paz num mundo cheio de injustiça, sem harmonia entre os humanos, entre irmãos e irmãs, ou entre homens e Deus, as divindades, os ancestrais e outros seres no universo; num mundo onde bilhões de pessoas professam fé em Deus, mas outros desrespeitam a ordem moral divinamente estabelecida. Como alcançar paz no mundo onde o sangue humano jorra nos santuários da religião tradicional, alguns com violência, outros sutilmente? Essas são as perguntas que os praticantes das religiões tradicionais precisam responder, tanto no Continente Africano como nos países diásporas. Não adiantam negar que todos praticam sacrifícios animais ou humanos. Ativistas tem feitos incessantemente protestos para chamar atenção dos governos africanos para tomar medidas mais fortes contra as matanças rituais, inclusive legislações que possam regularizar o trabalho dos curandeiros e feiticeiros. Alguns países, como Uganda, Ruanda, e Nigéria, tem tomado medidas para regulamentar o oficio dos feiticeiros, mas essas medidas jamais foram abrangentes o suficiente para coibir as matanças de gente inocentes para sacrifícios, ao contrario cada dia que passa mais certificados são emitidos oficialmente em nome da medicina tradicional, com base na propriedade do direito intelectual, e com base na provisão de serviços medicinais útil para aqueles indivíduos que buscam a cura tradicional. Não há solução imediata para erradicação das matanças rituais na África, em especial nos países do Oeste, Sul e Centro Oeste e Leste do Continente. Não existe em momento algum houve uma resposta ou reação reconhecida, institucionalizada para combater, investigar e punir os assassinos por parte da polícia ou do estado. A polícia e as instituições do estado são tão envolvidas em corrupção que qualquer ação não teria a transparência esperada. A solução seria promulgar leis fortes e suficientemente eficientes (até mesmo pena de morte) contra os assassinos, feiticeiros e bruxos, envolvidos na prática das matanças rituais contra crianças e pessoas indefesas ou qualquer ser humano. Mas o executivo, o legislativo e o judiciário, os três poderes do estado cujos membros juntos são responsáveis pela segurança do seu povo, são todos envolvidos em sociedades secretas onde a prática da matança ritual é uma rotina e parte da cultura religiosa.
Um ponto tratado paralelamente neste livro é o fenômeno a bruxaria é a “Caça às Bruxas”, na maioria dos casos, crianças, mulheres e pessoas idosas. Frente a esta cruzada estão algumas igrejas Pentecostais entre outras denominações cristãs que oferecem meios alternativos de “purificação” ou “salvação” dos acusados de bruxaria, usando métodos nem sempre menos violentos. Nas regiões africanas mais afetadas pelo problema de pobreza, desigualdade social, insegurança e instabilidade de vida, a bruxaria tem sido vista como a principal vilã. E libertação da África contemporânea tem sido baseada na persistente crença em bruxaria e outras forças espirituais que culminam com a formação duma teologia chamada de “demonologia da bruxaria”, uma síntese da religião tradicional Africana e Cristianismo, o “sincretismo pentecostal”.
“Essa é mais uma tentativa para contextualização da religião gospel ao povo africano”, conforme Birgit Meyer, em “Commodities and Power of Prayer: Pentecostalist Attitude Toward Consumption in Consumption in Contemporary Ghana”, Development and Change 29 (1998). “O trabalho da libertação feito pelas igrejas pentecostais deveria seguir a linha do exorcismo livre de tortura e duros castigos, sem efeitos negativos sem cair na fraqueza dos santuários anti-bruxárias e algumas Igrejas Independentes Africanas”, argumenta Paul Gifford, em “Ghanaian Charismatic Churches” Journal of African Religion 64, no. 3 (1994). Essa abordagem de evangelização pode até cair bem no ambiente cultural Africana mas qualquer ênfase de ameaça prejudicaria o progresso e modernidade do Cristianismo no Continente. A despeito do crescimento rápido, abordagem deste ministério parece não erradicar o medo da bruxaria e de outros poderes supernaturais do povo africano.
Além disso, a grande preocupação é a velha crendice no poder da bruxaria em todo Continente, e a perpetuada ação dos bruxos e feiticeiros que cause enorme sofrimento a pessoas inocentes, assassinatos na crença de que as partes humanas tem poder mágico de cura e encantos de maldição. Muitas entidades Cristãs estão nesta campanha contra a bruxaria como fenômeno moralmente abominável, uma prática aberrante, criminosa, repugnante e absolutamente inaceitável, enquanto que essas mesmas pessoas acreditam que o poder da bruxaria é real. Infelizmente, alguns pastores motivados pela ambição pessoal e o lucro envolvido no ministério das Igrejas Pentecostais, tem aproveitado o medo da bruxaria para benefícios próprios, desenvolvendo o reino de terror contra os mais vulneráveis membros da sociedade sob falsas acusações de bruxaria, ressuscitando modelo antigo Europeu de caça às bruxas dos séculos XVI e XVII, para infligir tortura e até mesmo a morte sobre crianças, mulheres e homens velhos.
Devemos aqui fazer um apelo às autoridades governamentais para apresentar projetos que visem a melhoramentos educacionais e policiamento na eliminação dos vários flagelos dos praticantes de bruxaria e aqueles que alegam ter encontrado para os problemas da bruxaria (os feiticeiros).
Em grande parte da África como também no Brasil, combate a bruxaria tem sido fundamento na pregação das Igrejas pentecostais. Nestas Igrejas, principalmente, algumas países como Nigéria, África do Sul, Zimbábue, Gana, Tanzânia, entre outros, doar dinheiro e receber a proteção divina como recompensa é um negócio normal diante de Deus. Este fenômeno, inclusive está em pratica no Brasil e outros países da America Latina e America Central.
A bruxaria, demonização da cultura e exorcismo são processos muito ligados entre as igrejas desmembradas do Protestantismo, da própria Renovação Carismática Católica, conhecidos como o grupo Reino de Deus ou coisas semelhantes.
A África como um berço das grandes civilizações e com imensos problemas causadas por baixa renda, apesar da potencialidade industrial e detentora de riquezas minerais como petróleo e gás natural, pedras preciosas, entre outras, isto sem mencionar fala da grande contingente populacional, se tornou um palco de interesse para cruzadas internacionais de evangelização, um terreno apropriado para ataque das culturas religiosas milenares africanas e demonizar a raça negra, e alem do mais, arena livre para implantação de ideias do evangelho capitalista, utilizando o método de teologia da demonologia da bruxaria e da teologia da prosperidade para explorar um povo ainda muito ligado aos deuses ancestrais e islamismo.
Regimes democráticos, especialmente nas nações novas e em desenvolvimentos, apresentam fragilidade, seja esses estabelecidos na alvorada da independência com o colapso do poder colonial ou mesmo após um período de autoritarismo domestico sob o domínio militar. A governança com base nessas instituições representativas de pensamentos limitados dificilmente opera na normalidade. Os regimes não conseguem lidar efetivamente com crises que venham a surgir de natureza socioeconômicos. O quadro institucional dessas democracias fracas é correlacionado com o sucesso dos golpes militares. Quase todos os países em desenvolvimento experimentaram pelo menos um colapso catastrófico tal como, suspensão da constituição, abolição da legislatura, e governança através de oficiais nomeados, e dirigidos diretamente pelos comandantes militares. A fonte de todos os problemas está fundamentada na corrupção, desde a insegurança, a pobreza, ao nosso subdesenvolvimento. É preciso que haja pressão extremamente pesada e constante por parte da imprensa nacional e internacional sobre este ato de violações, pilhagens e saques aos cofres do estado, e inclusive assassinatos dos críticos dos regimes militares, especialmente em países como a Nigéria, onde militares, ex-chefes de Estado vivem acima da Constituição. O mal exemplo é a herança deixado por esses lideres militares africanos de que uma vez roubado, o fruto do roubo é seu e de seus filhos e netos para sempre, não importa se o valor alcança centenas de bilhões de dólares (US$). A questão, novamente, é como coibir este mal que já se tornou parte da cultura nacional, e o povo que vivem na miséria já aprenderam a conviver com seus inimigos mortais, os perpetradores da catástrofe e calamidade nacional. São dois mundos diferentes num só país: os poucos ladrões extremamente ricos e venerados, e a massa populacional vivendo numa extrema pobreza, consequências dos regimes militares.
A Nigéria como qualquer outro país africano, inclusive países da America Latina e Central, seria fácil de governar, se levarmos em consideração três ingredientes essenciais no plano da construção nacional abordado com seriedade e grande determinação: Patriotismo, Combate à Corrupção, e Aplicação Rigoroso das Leis da Terra. Deve se enfatizar que a falta de uma automaticamente seria um fator de reforço para os outros, e execução de um fortaleceria todos. A desgraça dos problemas das nações africanas está centralizada na quase total falta de patriotismo, especialmente, entre a “elite” dos ladrões, que por sua vez constituem terreno fértil para corrupção. Golpes militares são mais propensos de acontecer em: - países em desenvolvimentos onde não existem atividades econômicas substantivas; - países com estrutura heterogêneas tais como antagonismo e dominância étnica; - países em que as instituições políticas subdesenvolvidas enquanto passando por experiências de alta mobilização social; - países onde as instituições militares estão desempenhando um papel central; E golpes militares são menos propensos de acontecer em: - países com uma taxa alta ou aumento de desenvolvimento econômico; - países com instituições politicamente desenvolvidas; Essas são apenas perspectivas para ser levadas em considerações no combate à corrupção e tentativa de planejamento para erradicação de golpes militares nas nações africanas. Em relação ao processo de desenvolvimento global do Continente Africano partindo de premissas de projetos futuros nas conferencias internacionais, alguns lideres mundiais sugerem a reinvenção de um futuro para África, a renegociação do lugar da África na era da globalização mundial, trabalhar para integração do Continente e iniciar uma revolução científica e tecnológica para o desenvolvimento africano. Ainda há aqueles que, em suas filosofias da modernização, falam no papel das ciências sociais para reaculturação do povo do Continente Africano, valorizar ensino superior e adequadamente investir em pesquisas. Temos a questão das mudanças nos sistemas de governança e dinamização das políticas populacionais, e o reavivamento do Pan-Africanismo numa tentativa de operacionalidade de governança para todo Continente Africano. Mas será possível pensar no Pan-Africanismo sem primeiro levar em consideração o fator étnico e religioso que tem sido um grande entrave para alcançar uma política de cooperação e democratização do setor público num pais como a Nigéria, onde existem grandes grupos étnicos cada uma com populações de 25 a 30 milhões, entre outros que são considerados minorias étnicas que exigem e lutam por igual participação na liderança nacional com base na chamada “democracia” governamental. Tudo isto não passa de projetos utópicos pois os que formulam essas metas não tem África no coração e os africanos que representam África nestas instituições mundiais não passam de marionetes ou fantoches nas mãos daqueles cujos objetivos visam na continuidade da exploração dos recursos do solo africano.
O desenvolvimento do Continente Africano tem que ser planejado por filhos do solo africano (temos recursos humanos suficientemente treinados para essa tarefa). A civilização se importa, moda se importa, cultura e tecnologia podem ser importado, mas o verdadeiro desenvolvimento econômico não se importa. África tem que achar o seu próprio caminho para o desenvolvimento do Continente, seus próprios recursos humanos, materiais e financeiros para o seu desenvolvimento socioeconômico. Temos estes recursos na África, o que falta é patriotismo e cooperação entre os africanos para desenvolver e transformar uma agricultura de subsistência (uma agricultura de cultivo primitivo) em uma agricultura mecanizada, e uma agricultura comercial com finalidade de fornecer produtos tropicais para suprir as necessidades internas e comércio externo de produtos como café, cacau, chá, cana de açúcar, amendoim, seringais, algodão, entre outros produtos. Embora, os países africanos não fossem grandes produtores de bovino, este setor poderia ser melhorado para acompanhar a criação de ovinos. Nos países produtores de petróleo, como a Nigéria, a agricultura foi seriamente prejudicada por abandono em favor de comércio ilegal (tal como o roubo de petróleo, transporte de contrabando e contrafacção e roubo), assim prejudicando as atividades comerciais legitimas e o mercado internacional. África tem plenas condições de autodesenvolvimento socioeconômico e industrial, exceto que os lideres nacionais, presidentes, governadores de estado, e ministros, caciques de partidos governantes e políticos (a exemplo da Nigéria), extremamente corruptos, os quais mergulharam no ofício do roubo de recursos nacionais e desviar centenas de bilhões de dólares dos cofres do Banco Central, civis e militares se revezando para roubar e saquear a suas próprias nações. Essa é momento para que a África tivesse a sua voz ouvida uma vez mais acerca da crise financeira, das suas guerras endêmicas e das suas multidões de refugiados, a luta pela democracia e boa governança, o saque dos seus recursos naturais.
Se as nações desenvolvidas e industrializadas querem fazer algo para ajudar no desenvolvimento do Continente Africano e incluí-lo no mundo globalizado e neoliberalizado, que apoiem e abracem a causa das nações africanas uma por uma, ajudando através das leis internacionais, aprisionar os vilãos da África e levá-los ao julgamento, devolver o dinheiro roubado e guardado nos bancos internacionais, confiscar seus bens pelas atrocidades cometidos, especialmente aquele que vivem em “bunkers” (fortalezas) e acima do Governo e da Constituição Nacional.
Tudo que desejamos no Continente Africano é a paz entre as 55 países independentes, sendo 49 continentais e 6 insulares, inclusive 4 províncias (territórios nacionais) e mais de 10 territórios estrangeiros.
A paz essa que exige no contexto socioeconômico a transformação de qualquer ameaça presente ou futuro da hegemonia do Continente em parcerias pacíficas, independente das diversidades étnicas, culturais e religiosas.
A originalidade da historia, da arte, musica, dança e ritos, e religião, todos inseridas na cultura africana já não é o mesmo praticado pelos nossos ancestrais. A inestimável beleza da arte e cultura do povo africano, rica e admirada pelo mundo, e o poder da magia pura do espírito sobrenatural dos ancestrais, hoje passou a ser objeto de simples comercialização, ganância, cobiça, exploração e corrupção. O elemento original passou a ser forjado, e o puro passou a ser impuro. Os sacrifícios já não são feitos como anteriormente.
O elemento da impureza cultural em parceria com a corrupção passou a ser o maior problema das nações africanas frente ao desafio do conceito moderno de desenvolvimento. Faltou o dinamismo na cultura, faltou sinceridade no manuseio e contato com os próprios “deuses”, e por isso os deuses já não se encontram nos santuários e tudo que se faz ai são meras praticas com base na falsidade. O povo africano está sendo enganado pelo povo africano no que diz respeito adoração e ritos aos deuses, e o povo já começa a ficar confuso e desconfiado em relação ao trabalho dos sacerdotes e sacerdotisas. Esses mesmos sacerdotes sempre foram os interpretes, curadores e guardiões das mascaras ancestrais, e o misterioso do sobrenatural e o poder dos deuses estava representados nessas mascaras, há séculos guardados nos santuários sagrados.
Hoje as mascaras que representava a beleza, o poder, o misticismo e a magia da verdadeira cultura Africana, na sua maioria, já não se encontram em solos africanos, nos santuários localizados nas sagradas florestas proibidas, as mesmas são roubadas, vendidas, e expostas em museus internacionais na Europa e na América do Norte. Mais uma razão para crer que os ritos e sacrifícios executados nos santuários são feitos em vão, pois muitos acreditam que os deuses africanos migraram ou imigraram para outros hemisférios. O que ficou e sempre esteve presente entre as tribos africanas é aquele chamado pelos Iorubas (Nigéria) de “Olorun”, os Urhobos (Nigéria) de “Osolobruwhe”, os Ibos (Nigéria) de “Chineke”, os Fantis (Gana) de “Nyame”, os Ewes (Gana/Togo) de “Mawu”, os Zulus (África do Sul) de “uMvelingquanzi ou Nkulunkulu”, Angolanos e Congoleses de “Nzambi Mpungu”, os Moçambicanos de “Muluku”; o povo Ganda (Uganda) de Katonda; etc... etc...
É o momento certo para parar e poupar os sacrifícios de qualquer tipo (animais ou humanos) como tem sido nos terreiros dos deuses e santuários africanos há mais de mil anos, sem trazer prosperidade para o povo africano, e se isto só enriquece uma elite ou um grupo de gentes gananciosas, então tudo não passa de coisa do Satanás. A terra mãe e os ancestrais africanos (mesmo porque os deuses já se mudaram) estão irados de tanto abusos e abominações por parte de sacerdotes, sacerdotisas, bruxos e bruxas, feiticeiros, políticos corruptos, falso profetas e profetisas, falsos pregadores e pastores do Evangelho; todos os quais buscam e participam de magias negras para se enriquecer as custas de africanos vulneráveis e pobres.
A maioria da população africana está cansada de religião ligada a uma cultura que perdeu o brilho e beleza, uma cultura que se tornou vazio e sem valor intrínseco cultural. A cultura africana está marginalizada e fortemente ligada a atos perversos, como o crime, assassinatos e sacrifícios humanos, a cima de tudo, por esquema de corrupção sórdida apoiada por entidades Satânicas, conhecidas como “Sociedades Secretas Fraternais”, e para África se desenvolver será preciso uma mudança cultural dinâmica que acompanhe a evolução socioeconômica e global dentro do Continente.
Cabem aos grandes e verdadeiros evangelistas do Cristianismo, entrar neste vasto campo aberto para pregar nos dialetos dos povos tribais, o Deus Supremo, o Deus Onipotente, Onipresente e Oniciente, o verdadeiro Deus Africano e Criador do Universo. Pregar o Evangelho de Jesus Cristo, com base no Sacrifício Representativo, que trouxe salvação eterna para toda humanidade, sendo suficiente crê no filho, Jesus Cristo. [I Coríntios 15:3-4; Romanos 5:1; e 9: 18-19; Hebreus 9: 22; etc...]
Os deuses ancestrais se mudaram junto com as mascaras (roubadas e vendidas aos museus Europeus e Americanos) que serviam como meio de comunicação entre os espíritos e os sacerdotes tribais. Os santuários que abrigavam espiritualmente ou serviam de moradia para os deuses foram profanados pelos supostos guardiões da cultura e da religião. O que existe hoje é uma religião transformada em Sociedades Ocultas e dominado por uma minoria menos de 5% da população, uma elite à serviço do Satanás, para oprimir e empobrecer os mais de 95% da população. A verdadeira religião hoje tem outro sentido, o de exploração, praticar bruxaria e magia negra, cobiça, enriquecimento a todos os custos, e os deuses e orixás são manipulados para essa finalidade, a de servir o Diabo.
Irmãs e irmãos africanos, este é o momento de reagir. Se você está dormindo, acorda; se está deitado levanta-se; se você está parado comece a andar; se está andando comece a correr; e se está correndo, então comece a voar; todos numa só direção, abrir o seu coração e abraçar a salvação que está no Deus Verdadeiro, Aquele que sempre esteve presente na terra desde o início dos tempos.