A Ordem do Discurso em Michael Foucault.
Publicado em 20 de dezembro de 2015 por Edjar Dias de Vasconcelos
Aula inaugural formulada por Foucault no College de France, cujo propósito mostrar heuristicamente, o caráter ideológico da linguagem, comum em qualquer fala articulada como produto social e político, em defesa do poder como forma de domínio.
Perpassando axiologicamente por diversas formas de poder e repressão, objetivando o significado das regras do jogo.
Portanto, o discurso é controlado e ao mesmo tempo ideologizado na perspectiva da liberdade da natureza de sua heteronomia substanciada na defesa da economia de mercado.
A linguagem tem como objetivo conjecturar emeticamente o poder, na perspectiva do conhecimento aleatório, o que compreende procedimentos organizados na estruturação de domínios de classes.
Com efeito, do ponto de vista da exegese epistemológica, a racionalidade do discurso é essencialmente repressiva, sendo obviamente limitada a circunstância do poder.
Predicados supostamente racionais, subjetivando as ideologias da fala, na busca permanente do poder como forma natural do domínio, com a finalidade de garantir privilégios.
Desse modo a racionalidade cartesiana relaciona o desejo institucional com o poder político, tendo como abordagem exatamente a exclusão explicitada a partir exatamente da linguagem fenomenal que fundamenta o controle social.
Portanto, a loucura acepção do discurso não articulado com o domínio do poder, que leva por outro lado, a segregação dos dominados. Com efeito, o único discurso válido é o ideológico, não sendo necessária a construção da verdade, mas a sustentação do domínio econômico.
O único discurso referido como verdadeiro diacronicamente, o que não tem legitimidade, afirma sua não sincronia com os critérios da verdade, distante de tal possibilidade, a ordem do discurso sem validade, sua natureza epistêmica apenas ideológica.
Nessa análise hermenêutica, o que é o saber epistemológico, a não ser afirmação da imposição da linguajem do dominador, sendo o discurso em sua ordem descritiva, as regras naturais da imposição do estatuto de classes em uma sociedade liberal.
Com efeito, o que garante que um discurso seja verdadeiro, o estabelecimento do espírito da vontade como manipulação estabelecida as formas de Estados Políticos opressores.
A crítica desenvolvia por Foucault o que é a verdade, a ser não tal legitimidade, o poder compreende a representação como sinais do mascaramento, a ideologia racional com os princípios não objetivados a uma interpretação de ação política libertadora.
Sendo dessa forma, o controle do discurso, funciona como mecanismo da memória internamente na formatação das mentes deturpadas do ponto de vista da objetividade da verdade racional.
O que é dito, é o que se esconde, em suas significações fenomenológicas em cada tempo histórico, como produtos de mecanismos solidificados em fundamentos culturais de senso comum.
No entanto, o discurso é a linguagem repetida, legitimada, por meio da fala na perda quase que total, como legitimidade do poder. A forma ideologizada de retransmissão dos desejos, substancializados nas regras de uma sociedade de livre mercado.
Motivos pelos quais, o discurso é de algum modo o limite das regras impostoras, a dialeticidade das forcas construtoras da opressão.
Significando para Foucault que o discurso funciona por ordens estabelecidas, sendo o que está em jogo, não a é verdade da linguagem articulada, mas a validade do discurso.
Para Foucault, as condições objetivas da linguagem, definem por rituais circunstanciais e não pela eficácia epistemológica, a natureza da fala dirigida.
Portanto, com efeito, a desconsideração às regras gramaticais, o saber científico, na prevalência das ideologias liberais.
Em um segundo momento, as proposições aléticas a finalidade do discurso, garantir espaços fechados, não a possibilidade das mudanças estruturais da linguagem ofuscada.
O fundamento ideológico determinará por meio do senso comum o estabelecimento da alienação, como o homo sapiens estrutura a memória. O fundamento das condições permanecidas e requeridas.
Entretanto, as verdades não objetivadas no fundamento, a perspicácia as regras do domínio, a sociedade política entre suas causas.
Dessa forma, Foucault a educação pedagogicamente visa dar objetividade ao discurso certo, a legitimidade das práticas do domínio.
Em síntese, a compreensão da aplicação estruturalista no mundo cognitivo, a linguagem desenvolvida, sejam quais forem os mundos epistemologizados, a função ideologizadora atendendo as exigências da representação, a lógica da opressão, sendo o controle político nesse campo objetivo, o discurso controlado.
Por fim, salientamos que essa obra é de grande significância para os estudos filosóficos, como também para aqueles que se dedicam a estudar o discurso, sua criação, seus modos de enunciação e o jogo de aspectos repressores controladores do discurso epistemológico e político.
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.