A Incerteza do Ser.

Em um determinado momento.

 O tempo acaba definitivamente.

Não tinha como mais dizer.

O que ainda está no mundo.

Mas o mundo não é ele mesmo.

Muito menos sua contemplação.

Existe apenas um absoluto silêncio.

Que deputa ate mesmo a imaginação.

Conjecturado abstratamente.

Isso aqui é loucura.

O verdadeiro significado de tudo que passou.

A inutilidade da compreensão do que não teria.

De certo modo passado.

O que restou foram apenas os olhos chorando.

As lagrimas escreveram em papeis em branco.

A tintura de um coração essencialmente seco.

Perdido na solidão do instinto natural.  

As mãos não teceram mais as significações.

De Confúcio ou Abelardo.

O poeta era comum, mas diferenciado por ser.

Apenas um pensador absolto das ideologias.

Da vossa asseidade.

Preso a essência de Aristóteles.

Mas sonhando em entender a ideologia.

De Karl Marx.

As intenções assertórias das vossas modalidades.  

 Aqueles que caminharam estradas.

 Sem balizamento.

Não entenderam as construções das curvas.

No final da tarde ao escurecer não perceberam.

Que as luzes não acenderam.

Uma multidão de resplendores.

 Sumiu das próprias sombras.

Os olhos perderam na enormidade.

Os sinais das encruzilhadas.

  Na ausência da luz.

Iluminista.

 De certas intuições.

Tinha certeza.

Era apenas o entendimento absurdo.

Das ideologias as indescritíveis  formulações.

Sem entender a fenomenologia de Hegel.

Já não era suficiente a felicidade.

Nada mais além da distância do tempo.

Voando as inspirações.

Como se fosse o vento conduzido o tempo.

Um ou outro amigo na solicitude.

Desejava estender as mãos.

A idealidade ataraxológica.

Entretanto, era muito tarde.

O que importava a distância perdida.

Tinham passado os últimos signos.

Arquitetônicos. 

 Naquele momento não se sabia mais.

O próprio caminhar lentamente.

Já não suportava mais a dimensão da escuridão.

O sol tinha perdido o brilho.

Como uma criança que davam as mãos.

Para poder entender a diversidade das direções.

As interpretações magnificamente folclóricas.

Poucos conseguem libertar-se do olhar libertinho.

Entende-se que na vida tem que se perseguir.

 Até mesmo com o exaurir do tempo.

Nem todos constroem ideologias.

 A verdade será desguarnecida dela mesma.

Os últimos fundamentos.

Recordo-me de uma grande passagem.

Ao caminho da sociabilidade.

Muita sorte pela magnífica diferença.

O olhar bárbaro de um espetáculo.

Interminável.

As preferências indelicadas do saber.

É o momento tudo terá que finalizar.

Ninguém poderá dizer uma palavra.

A mais absoluta mistificação.

 A malandragem de pessoas inescrupulosas.

Chegou se  um momento indelével.

Em que a compreensão é cheia de insignificado.

 A ordem prevalecida pela ilegalidade.

O que sou é o que não deveria ser.

 O único ideário plausível.

Edjar Dias de Vasconcelos.