A importância do ensino da música em sala de aula

Por Vanderleia da Rosa de Deus | 27/01/2017 | Educação

Da SILVA, Gleiciane Vieira

De DEUS, Vanderleia da Rosa 

RESUMO

ESSE ARTIGO APRESENTA A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE MÚSICA NA SALA DE AULA DE FORMA A COLABORAR PARA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS E A IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO. EXISTEM DIVERSOS TIPOS DE MÚSICA, ALGUMAS PARECEM SER ETERNARS, JÁ OUTRAS SIMPLESMENTE PARECEM CAIR NO ESQUECIMENTO, MAS TODAS SÃO MÚSICAS, CADA UMA COM SUA IMPORTÂNCIA. É PRECISO QUE CADA ESTILO SEJA APRECIADO, VALORIZADO E RESPEITADO, POIS FAZEM PARTE DO UNIVERSO CULTURAL DE CADA UM. O OBJETIVO DO ARTIGO É MOSTRAR QUE A MÚSICA NÃO É UM MERO SOM USADO APENAS PARA PASSAR O TEMPO, MAS É UM INSTRUMENTO RICO DE TRABALHO QUE PRECISA SER VALORIZADO DENTROE FORA DA ESCOLA. É O PROFESSOR QUE PRECISA POSSIBILITAR ESSA VALORIZAÇÃO POR PARTE DO ALUNO, MAS PARA QUE ISSO OCORRA É NECESSÁRIO QUE O MESMO CONHEÇA E VALORIZE. A MÚSICA QUANDO TRABALHADA COM INTENÇÃO DE EDUCAR OS SENTIDOS DESPERTANDO EMOÇÕES, NOVOS CONHECIMENTOS E INTERESSE AO ALUNO, SE TORNA ALGO PRAZEROSO. MAS NÃO SE DEVE ESQUECER DE LEVAR EM CONTA OS INTERESSES DOS ALUNOS ARTICULADO COM O QUE PRECISAM APRENDER. O PROFESSOR DEVE SEMPRE SE LEMBRAR DE VALORIZAR O ALUNO, PERMITINDO QUE O MESMO TAMBÉM FAÇA SUAS ESCOLHAS, PARA QUE DE FATO AS AULAS SEJAM DEMOCRÁTICAS. DESSA FORMA O ALUNO ENTRA COMO SUJEITO ATIVO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.

Palavras Chave: Música. Aluno. Aprendizagem.

 

INTRODUÇÃO

Desde muito cedo o ser humano já é inserido no contexto musical, podemos confirmar isso quando vemos as canções de ninar tocadas ou cantadas para embalar o sono dos bebês.

A música está presente na vida das pessoas desde os tempos antigos, isso é uma tradição que vem sendo passada de geração em geração.

Ouvimos música, em diferentes situações de nossa vida, quando nos sentimos bem ou não, ou simplesmente para passar o tempo.

Estamos em contato com diferentes sons, sejam eles, de instrumentos musicais, o barulho de uma rua movimentada, do vento, ou o som do mar e muitas vezes não percebemos esses sons devido a nossos ouvidos estarem acomodados, então passam despercebidos.

Diante das diversas situações que a música está presente em nossas vidas, o professor ao ensinar música aos alunos precisa possibilitar que conheça os mais diversos sons, estilos musicais, valorizar e conhecer os gostos de seus alunos. Para que uma aula de música se torne de fato um aprendizado para o aluno é preciso que o professor eduque os sentidos do mesmo, para que venha saber apreciar músicas que muitas vezes o aluno não conhece e não sabe dar o seu devido valor.

O objetivo principal do artigo é possibilitar que o professor compreenda sobre a importância do ensino da música na escola e os benefícios que pode trazer para o aluno e como pode contribuir para uma aprendizagem de forma significativa, despertando o interesse do aluno nesse universo incrível, o da música.

 

DESENVOLVIMENTO

 

É muito comum quando vamos a diferentes ambientes sejam eles, restaurantes, festas ou igreja, terem algo em comum, a música. A música está presente na vida das pessoas desde as primeiras civilizações, onde era possível ouvi-la desde celebrações até funerais.

Desde que surgiu o ser humano não se parou de fazer música, fazendo parte da vida de quase todas as pessoas, em diferentes estilos.

Mas ao sabermos da importância da música na vida das pessoas, também é possível compreender que a mesma se torna importante para os alunos, se levada à sala de aula e trabalhada como forma de aprendizagem.

A música é uma das formas de linguagem, de comunicação. Ouvimos música quando estamos felizes, quando estamos tristes, em diferentes situações da vida, seja qual for à música sempre está presente, seja para acalmar, celebrar, ou até mesmo para lembrarmo-nos de algo que nos fez feliz ou triste. Tavares e Cit (2008, p. 40) nos fala sobre a música e suas intenções.

[...] Nunca existiu, e provavelmente não existirá, uma sociedade ou um período histórico, por exemplo, no qual só se faça música para dançar, ou ninar, ou para guerrear. A música normalmente, faz parte de todas as situações de vida do ser humano. É claro que, em determinadas épocas, por exemplo, a música vocal foi mais valorizada, ou compuseram-se mais músicas para dança ou a música para o teatro teve maior desenvolvimento, mas isso não quer dizer que a música, nesses casos, tenha se limitado a essas intenções ou formas.

Mas é preciso ter certo cuidado ao levá-la para sala de aula, não somente com a letra da música e gênero, pois o que é bom para os ouvidos de um pode não ser para o outro. É preciso considerar os diferentes estilos musicais dos alunos, sua cultura, o que cada um costuma ouvir, pois muitas vezes o gosto musical do aluno é algo passado de geração em geração.

A música pode ser considerada a arte de combinar diferentes sons, timbre, melodia, entre tantos outros. Quando levada em sala de aula para o aluno ela pode contribuir de forma bem significativa na aprendizagem, pois além de ser uma forma de terapia psíquica ao aluno, também é um meio de expressão e comunicação.

Quando ouvimos um determinado tipo de música nos encantamos por diferentes motivos, podendo ser por sua melodia ou sua letra. Um compositor ao compor suas canções expressa por meio da música, seus desejos, anseios, medos, alegrias pondo nela todo seu sentimento, onde muitas vezes não é possível expressar com palavras o que gostaria então assim se expressa por meio de canções. Tavares e Cit (2008, p.62) cita que:

Os objetos artísticos são formas de representação, expressão e conhecimento da realidade humana e social que demonstram visões de mundo e maneiras de pensar e interpretar a vida. Um dos aspectos mais importantes no aprendizado da música é entender que ela é uma forma de representação das visões de mundo, das maneiras de interpretar a realidade por meio dos sons e do silêncio.

A música quando usada em sala de aula não deve ser pensada apenas como objeto decorativo ou uma simples forma de distrair, sendo muito comum na educação infantil, onde são tocadas músicas infantis muitas vezes somente com o objetivo de entreter as crianças. 

Sendo assim o professor precisa buscar o significado e função dos objetos estéticos de cada música, educar os ouvidos de seus alunos, apresentando aos mesmos diferentes estilos de musica, de diferentes épocas, possibilitando que o aluno compreenda que a mesma não tem apenas uma função de vender discos, mas sendo usada muitas vezes  com objetivo de passar mensagens, que muitas vezes não era permitido por meio de palavras, como no período da ditadura militar no Brasil.

Para que isso ocorra é preciso que o professor possibilite que o aluno aprenda a ouvir, educando seus sentidos, sensibilizando-o aos diferentes sons para que tenha uma percepção musical ampla e possa compreender o sentido de cada som, de cada melodia e possivelmente criar musica. Tavares e Cit (2008, p. 64) afirmam que:

[...] é necessário que inicialmente que o indivíduo compreenda o funcionamento da audição, percebendo eu o que está acostumado a ouvir, o que nem nota que ouve, o que acha estranho ouvir etc., para, a partir daí conseguir “captar” do universo sonoro o que lhe interessa e, além de ouvir, compreender o que ouve, iniciando, assim, sistematicamente a educação dos sentidos.

A música em sala de aula contribui de forma significativa na aprendizagem do aluno, se for feita de forma coletiva possibilita a comunicação entre diferentes pessoas, a socialização, estimula a compreensão e a participação de todos em atividades em comum, algo que muitas vezes não é possível desenvolver quando é feito em uma atividade individual.

Um dos objetivos principais do ensino de música na escola não é formar músicos, artistas, compositores famosos, mas possibilitar o senso de criticidade ao aluno sensibilizá-lo, saber apreciar uma boa música, conhecer os diferentes estilos musicais de cada etnia e até mesmo do seu próprio país e respeitando estes, podendo até criar suas próprias canções.

A música também deve ser estudada como linguagem artística, forma de expressão, sendo um bem cultural que passa de geração em geração podendo ser modificado ou não.

O professor deve trabalhar os mais variados estilos musicais, populares, clássica, folclórica, religiosa, vanguarda entre outras, dessa forma se sentirá inserido em algum desses estilos musicais que muitas vezes já faz parte do seu cotidiano. Zagonel, Dória, Onuki e Driaz (2013, p. 20) cita que” No entanto, cabe a nós, professores levarmos a nossos alunos a maior diversidade possível de repertórios, tentando desenvolver nos jovens um gosto apurado e crítico para formar apreciadores conscientes e exigentes”.

Não é um erro mostrar aos alunos os diferentes estilos musicais e letras, pois o professor deve ter a mente aberta para saber lidar com todo esse repertório atual, mas é indispensável educar os ouvidos dos alunos para que saibam apreciar e não ouvir música simplesmente por ouvir.

A música é tão importante para nossas vidas, pois desperta as mais variadas emoções, entrar no coração e tocar a alma, há também quem diga que pode curar. Quando estamos estressados, cansados, tristes ou felizes escutamos música e nos sentimos bem e isso nos acalma e conseguimos pensar melhor.

Com o aluno não é diferente se nos adultos a música provoca as mais variadas sensações, também é possível provocar isso nas crianças. A música contribui para deixar o ambiente mais alegre e interessante.

A escola precisa também estar atenta a todas as coisas que acontece ao seu redor, buscar sempre inovar, pois é difícil para o aluno de hoje lidar com ensino do passado.

Podemos perceber isso quando colocamos musicas de ninar para os bebês dormirem, não é a toa que as mães fazem isso, muitas vezes como forma de tradição passada por suas mães e avós.

Mesmo o ensino de música ser algo obrigatório nas escolas, na maioria das vezes isso não se concretiza de fato, ou quando isso ocorre muitas vezes não é com o objetivo de fato ensinar o aluno apreciar música, mas apenas para cumprir com o currículo ou para fechar a carga horária. Zagonel (2002) cita que:

Em geral, os professores tem uma ideia de ensino de música como algo teórico e pouco participativo. [...] Assim, a arte da música e o seu aprendizado ficam relegados a um papel insignificante na formação do indivíduo, quando ela poderia auxiliar em todo o desenvolvimento, seja na parte sensório-motora, emocional, afetiva e ate mesmo espiritual.

Uma boa aula de música precisa ser prazerosa, onde os alunos se sintam inseridos nas aulas, onde se torna possível à convivência com os alunos entre si, permitindo aos alunos a possibilidade de se expressar, criar, ouvir, criar, apreciar.

É de grande importância que o ambiente para as aulas de música seja adequado, mas muita vezes não é possível que isso aconteça, sendo no necessário que haja aparelhos de som com cds ou algo que permita que sejam tocadas músicas e se possível alguns instrumentos musicais.

O professor não deve apenas passar teorias aos alunos, mas deve possibilitar que o mesmo se encontre nesse universo tão dinâmico e rico que é a música. Zagonel, Dória, Onuki e Diaz (2013, p. 26) nos dá diversas possibilidades de como trabalhar de forma crítica a música citando que:

 O professor pode, por exemplo, basear-se na audição de uma música para trabalhar diversos elementos, envolvendo as diferentes atividades. Em uma mesma aula, ele pode levar uma música para ser ouvida pelos alunos, fazer a sua contextualização histórica, buscando informações sobre seu compositor, época, estilo, entre outros, e indicando seus principais elementos constitutivos.

É de grande importância que o professor coloque músicas em suas aulas para que criem o habito de ouvir, é preciso que o professor forneça os subsídios necessários para que as aulas se tornem mais ricas, como deixar que os alunos também fizessem parte dessas escolhas e não apenas impondo o tipo de música que o aluno deve ouvir dessa maneira o aluno não irá aprender espontaneamente e sim de forma forçada, ainda que haja músicas nos últimos tempos que apesar de ser o gosto de muita gente, acaba tendo letras que de certa forma ajuda fazer cair no esquecimento músicas que deveriam se tornar inesquecíveis.

Um dos objetivos principais das aulas de música é possibilitar que os alunos se apropriem da música, deste mundo sono, que consigam se entregar nele, agir sobre ele, criando seus próprios repertórios, que passam a conhecer a música, admirá-la e não ouvi-la apenas por ouvir, mas saber apreciar e dar sua devida importância. Zagonel (1999, p.3) faz uma citação confirmando uns dos objetivos da música.

De qualquer maneira, o fim de qualquer ensino de musica deve prever sempre a construção musical: partir da escuta consciente e ativa, da exploração sonora, da tomada de consciência do meio – e pela escolha da elaboração do material sonoro- estabelecer relações entre os sons e dar-lhes forma, o que resultará numa criação musical.

Quanto mais o professor trabalhar com diversos tipos de música em suas aulas, procurando sempre enriquecê-la, mais interesse irá provocar em seus alunos de forma a despertar curiosidade, fazendo com que busquem e descubram novos sons a partir dos que já conhece. De acordo com Zagonel, Dória, Onuki e Diaz (2013, p.43)

A criança é curiosa por natureza e se interessa pelos sons de maneira geral. Ela quer pesquisar, descobrir novas sonoridades produzidas por um mesmo objeto e interagir com eles. Isso faz parte de suas brincadeiras e a ajuda conhecer o mundo em que vive. Nesse caso, a função do professor pode ser simplesmente, a de orientá-la para que suas ações se tornem conscientes, ajudando-a desenvolver seus próprios processos.

O professor ao escutar o que o aluno tem a dizer, sobre o que pensam, valorizar seus gostos musicais levando em conta que muitas vezes faz parte de sua cultura, do estilo de vida que leva e muitas vezes passadas de gerações, criar novas partitura, para que assim o aluno não se sinta tão fora de seu contexto, assim  o professor ir apresentando novos estilos musicais, mas gradualmente, sempre respeitando o aluno como sujeito ativo no processo de ensino aprendizagem.

O professor precisa fazer com que sua aula de música seja antes de tudo prazerosas, que não só possibilitem novos conhecimentos, mas que o aluno se sinta bem em fazer partes dessas aulas.

Onde os alunos tenham a oportunidade de ouvir, criar, apreciar, não ter medo de criar suas próprias composições. É preciso que o professor não baseie suas aulas apenas em teorias muitas vezes cansativas, mas tornando aulas práticas e mais interessantes.

Muitas vezes é difícil apresentar um estilo musical clássico, por exemplo, nas aulas de musica, mas o professor pode colocar uma música mais parecida com o estilo dos alunos e trabalhá-la, fazendo uma contextualização crítica sobre ela para que os alunos conheçam mais sobre o que compõe esta música.

O professor pode apresentar música erudita de uma forma mais dinâmica, como por exemplo, em um filme de Beethoven onde os alunos podem assistir ao filme vendo as imagens, ouvindo sua música, conhecendo quem foi esse compositor e sua importância para a música até hoje.

Uma maneira de fazer os alunos entrarem em contato com os sons é fazê-los perceber os sons do cotidiano, como barulhos de ruas movimentadas, carros buzinando, o vento tocando as árvores, entre outros sons.

 Através disso os alunos perceberão os diversos sons que já conheciam mais que eram até então passados despercebidos. Esse tipo de atividade possibilita que os alunos parem para ouvir esses sons e identifiquem os mais suaves, mais estridentes, repetitivos. Assim é possível perceber quais sons os alunos mais se identificam e também para que o professor perceba isso.

A música se for bem trabalhada pode chegar a objetivos incríveis como melhorar o raciocínio do aluno, sua criatividade, desperta emoções, leva o ser humano a sonhar desenvolve aptidões nos alunos. Por isso é tão importante trabalhar música em sala de aula. Faria (2001, p. 24), “A música como sempre esteve presente na vida dos seres humanos, ela também sempre está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de criação e recreação”.

Mesmo sabendo que a música faz parte de nossas vidas, que ouvimos músicas em diferentes ocasiões e em diferentes lugares, onde desperta os diferentes tipos de emoção, sabendo disso chega a ser quase irônico que na escola a instituição de conhecimentos mais formal que existe, esteja muitas vezes tão distante da realidade das pessoas, onde nem sempre prepara o individuo para a vida. Diante disso fica sempre perguntas no ar como, por que o professor muitas vezes não compreenda isso, dando pouca importância a essa área de conhecimento tão rica.

Através da Lei 5.692/71, que criou a disciplina de Educação Artística, cabendo ao então educador a difícil tarefa de executar diferentes áreas da arte. É uma tarefa difícil pois muitas vezes precisa ser feita no ensino fundamental por professores sem uma formação adequada na área, ou apenas para fechar a carga horária, assim muitos escolhem apenas as artes visuais baseada apenas em pintar desenhos, longe de ser o objetivo principal dessa área.

A música é uma área interessante e de grande importância para os alunos e percebemos isso, por exemplo, nos festivais de música nas escolas, onde crianças muitas vezes indisciplinadas ou com dificuldades de aprendizagem fazem belas apresentações deixando os professores muitas vezes surpresos. Percebemos a importância que a música tem na vida do ser humano, muitas vezes o aluno mostra grande indisposição para certas atividades, mas para a música mostra um grande interesse.

É necessário que os professores se reconheçam como sujeitos mediadores de cultura dentro do processo educativo e que leve em conta a importância do aprendizado das artes no desenvolvimento e formação das crianças como indivíduos produtores e reprodutores de cultura.

 Só assim poderão procurar e reconhecer todos os meios que têm em mãos para criar, à sua maneira, situações de aprendizagem que deem condições às crianças de construir conhecimento sobre música e dança.

A prática de música em sala de aula quando bem desenvolvida define diversos conceitos, desenvolve conhecimentos estimulando a observação por parte do aluno, possibilita que o mesmo questione, investigue, entenda o meio em que vive e acontecimentos no dia a dia, tudo isso através da musica, além de estimular a curiosidade, a imaginação, a compreensão e construir o conhecimento de forma prazerosa.

A música é um recurso facilitador da inteligência e da integração do aluno, permitindo mostrara a capacidade que a mesma tem de influenciar o ser humano físico e mentalmente, podendo então contribuir para harmonia consigo mesmo, facilitando a interação entre professor e aluno.

O ensino da música é interessante e importante também a teoria, mas não o mais importante, quando o professor ensinar teoria não deve focar somente em decorar nomes ou datas, mas o professor precisa mostrar isso aos alunos para que conheçam um pouco sobre a história da  musica. Tavares e Cit (2008, p. 86) cita que:

Em relação à história da música, são importantes algumas reflexões. Não é preciso que os alunos decorem datas nem nomes dos principais artistas. A intenção é que tenham um primeiro contato com a história da música, compreendendo e identificando algumas características básicas dos períodos e movimentos, nas atividades de apreciação e produção. Além disso, não é necessário abordar temas de forma cronológica e linear, da pré - história à música contemporânea, por exemplo.

Esse método tradicional baseado em decoração de datas, e nomes não garante um aprendizado significativo para o aluno, apenas dificulta a capacidade do aluno em aprender um conteúdo de forma mais simples e interessante.

A música é uma herança cultural e não deve ser um privilégio para poucos, precisa ser oportunizada a fim de abranger um maior número de pessoas possível. Por isso a escola deve oportunizar aos alunos a convivência com diversos gêneros de música, apresentando novos estilos musicais, possibilitando que façam uma análise crítica e reflexiva. Nesse simples ato democrático e não imposto ao aluno que permite que o mesmo escolha seus gostos musicais o professor já trabalha o senso crítico do aluno, pois o mesmo tem a oportunidade de fazer suas escolhas.

Mas o professor não deve esquecer que o aluno ainda estará na fase de educação dos sentidos, é preciso haver um grande cuidado com isso para a escolha das músicas, que não venha a poluir os ouvidos, pois a mídia é capaz de fazer isso por si só.

O professor além de ensinar música que os alunos tenham interesse e ao mesmo tempo educando os sentidos para que saibam apreciar, também é preciso que o professor apresente aos alunos músicas de outros lugares, de outras regiões, países, e continentes, para que o aluno conheça, aprecie e respeite todos os tipos de música e talvez chegar a gostar. Tavares e Cit (2008, p. 87) cita que:

Por muito tempo, julgou-se que estudar música era estudar a história da música ocidental, decorando os maiores nomes de cada período histórico e as principais obras de cada um deles. Não existia uma apreciação ativa e participativa, pois não se questionavam as grandes obras nem se pensavam sobre ela. Eram apenas informações teóricas a serem anotadas em cadernos sem vida.

Ainda que o aluno não venha sentir gosto por esses estilos musicais, é importante que lhes sejam apresentado a eles os mais diferenciados estilos musicais, enriquecendo ainda mais o seu repertório musical. Pois quanto maior for esse repertório mais provocará o conhecimento aos alunos, despertando sua curiosidade para que busquem conhecer novos ritmos.

 

METODOLOGIA

Para a elaboração do presente artigo foram feitos diversas pesquisa relacionadas ao assunto, através de pesquisa qualitativa baseada na leitura de livros e artigos, sendo uma pesquisa ampla, com autores de grande nome que convergem com o mesmo assunto abordado e reflexão profunda sobre o tema abordado.

 Onde ambos dão a importância devida ao ensino da música na escola, como forma de ensino aprendizagem também despertando diversas emoções, como sendo algo presente na vida das pessoas que precisa também estar presente nas escolas.

Segundo Fonseca (2002, p.3) “A pesquisa qualitativa se preocupa com aspectos da realidade que não pode ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais”.

A pesquisa tem como objetivo nos trazer respostas aos mais diversos questionamentos em nossa vida e na educação não é diferente, ela possibilita ao pesquisador encontrar respostas, porém nem sempre prontas e acabadas, nos levando a fazer investigações, críticas e conseguir provar um determinado assunto.  Pádua (2004, p. 12) diz que:

Os procedimentos, as técnicas, que dão suporte ao desenvolvimento do processo de pesquisar, constituem-se como meios, através dos quais poderemos implementar nosso projeto de desenvolvimento de uma formação intelectual rigorosa, crítica e sintonizada com nosso tempo, em especial nos recursos de graduação.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A música é um som que provoca diversos sentimentos na vida do ser humano, trazendo de volta as lembranças boas ou ruins, estando presente na vida das pessoas desde muito cedo.

Apesar de tudo isso a música nem sempre está presente nas escolas, mesmo fazendo parte do ensino artes, algo obrigatório como parte das disciplinas serem ensinadas nas aulas.

É necessário que os professores se reconheçam como sujeitos mediadores do conhecimento dentro do processo educativo e que leve em conta o contexto dos alunos, possibilitando que conheçam os diversos estilos musicais para que respeitem e valorizem o que ou outro gosta.

Mas é indispensável que o professor eduque os sentidos do seu aluno, que mostre para ele músicas que muitas vezes não conhece tão diferente do seu contexto como a música clássica.

O professor também precisa antes de tudo valorizar o que o aluno conhece e entende de música, levando em conta seu universo cultural do qual se encontra inserido, caso contrário a música pode e tornar algo amargo para o aluno, onde o mesmo pode até apreender, mas como uma disciplina imposta e não de forma prazerosa.

REFERÊNCIAS

DÒRIA, Lilian Freury. ONUKI, Gisele. DIAZ, Marília. ZAGONEL, Bernadete. Metodologia do ensino da arte. Curitiba: Intersaberes, 2013. 

FARIA, Márcia Nunes. A música, fator importante na aprendizagem. Assis chateaubriand – Pr, 2001. 40f. Monografia (Especialização em Psicopedagogia) – Centro Técnico-Educacional Superior do Oeste Paranaense – CTESOP/CAEDRHS. 

FONSECA, João José Saraiva da. .METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA. Disponível em <http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/conteudo-2012-1/1SF/Sandra/apostilaMetodologia.pdf >. (Acesso em : 30 de agosto de 2015.) 

 

PÀDUA, Elisabete Matallo Marshesini de. Metodologia de pesquisa: Abordagens teórico –prática. 10 Ed. Campinas. Papirus, 2004. 

TAVARES, Isis Moura. CIT, Simone.  Linguagem da música. Curitiba: Ibepex, 2008. 

ZAGONEL. Bernadete. Em direção a um ensino contemporâneo de música.  Disponível em<http://prolicenmus.ufrgs.br/repositorio/moodle/material_didatico/didatica_musica/turma_ef/un19/links/bernadete_zagonel_7.pdf>. Acesso em (30 de agosto de 2015).