A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Publicado em 27 de abril de 2017 por LIA MARA TAVARES
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, com as várias mudanças ocorridas relacionadas ao processo de globalização da economia, vem interferindo na estruturação familiar, dificultando a interação necessária que deve existir entre família e escola. Este artigo foi elaborado com o objetivo de verificar processo educativo dos filhos dentro de uma família, onde que trabalhando adequadamente com a educação e os valores familiares, conseguirá transformar esta sociedade mais justa e ética.
O presente artigo está composto por assunto referente o tema sendo que fala da Constituição da Família Brasileira, também diz respeito à Família, a Criança e a Aprendizagem, onde mostra que a família é essencial para que a criança ganhe confiança e se sinta assistida e a escola como complemento familiar, ou seja, o seu segundo lar, aquela que educa, orienta e prepara para um futuro digno na sociedade, sobre o adolescente como encarar o tão difícil rito de passagem enfrentado por nossos alunos, pois formar crianças e adolescentes sociáveis, felizes, livres e empreendedores são um belo desafio nos dias de hoje. Tendo base e referência a Escola Municipal Francisco Donizeti de Lima que tem enfrentado sérios problemas com a participação dos pais na vida escolar dos filhos, sendo a causa de grande parte da dificuldade na aprendizagem..
- CONSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA BRASILEIRA
1.1 A família brasileira ao longo dos tempos.
Sabe-se que a família brasileira sempre foi pensada na História do Brasil no período colonial. Nós ainda em certa época não sabíamos do perfil da família, onde víamos sempre a imagem da família patriarcal. E assim, sempre foi visto e para que o povo entende-se melhor sobre as normas da família brasileira ao longo dos tempos.
Pesquisas recentes têm tornadas evidentes que famílias extensas do com estruturas mais simples e menor números de integrantes. Isso significa que as descrições de Freyre[2] (1987) para as áreas de lavouras canavieiras do Nordeste foram impropriamente utilizadas e devem ser reelaborados nas famílias, a partir de critérios que levem em conta temporalidade. A família brasileira apresentava-se um modelo extenso, submetendo-se seus membros à autoridade soberana do pai. Em torno da figura do pai girava toda a vida familiar. Ele dominava o centro da família e sobre as pessoas que com ele habitavam. Já a mulher ela liderava a organização da família era em tudo e por tudo, patriarcal. Os casamentos, por exemplos, eram por conveniência.
A família patriarcal era, então, a espinha dorsal da sociedade e desempenhava os papéis de procriações, administração econômica e direção política. Nas casas das fazendas dos patrões, nasciam numerosos filhos, netos, que ali ficavam para trabalhar e ajudar na organização da fazenda, os pais traçavam o futuro destas pessoas. Cada um com seu papel, todos se moviam segundo intensa cooperação. Muitos das famílias casavam-se com parentes para preservar a fortuna do clã e suas propriedades sob chefia do patriarca.
A pátria é a família amplificada. É família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestruturada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas (..). Multiplicai a família, e tereis a pátria. (Ruy[3] Barbosa)
Até os meados do século XIX, a família patriarcal era o modelo perfeito. Este modelo de família era reduzida das cidades comerciantes, profissionais liberais e altos funcionários públicos transportava esse modelo para a vida urbana, a mulher era restrita a cuidar somente dos funcionários escravos que cuidavam da destilação de vinhos e fabricação de roupas.
1.2 O Desafio de Educar os Filhos
“Num mundo em que criar filhos é tarefa mais complexa do que foi para as gerações anteriores e o perfil da família se diversifica, os pais se perguntam: O que se espera que nós façamos?”. (ARAUJO[4], 2005, p. 34).
Criar filhos existe grandes obstáculos, emoções como se fosse descer a corredeira de um rio num bote inflável, muitas possibilidades de acidentes pela frente. Pura adrenalina do começo ao fim. Há famílias que conseguem controlar bem o bote e contornar as pedras que surgem pelo caminho com sabedoria e habilidades. Pra elas, a aventura torna uma experiência prazerosa e enriquecedora. Outro, no entanto, não encontra esse ponto de equilíbrio, e acaba se chocando contra as pedras e naufragam. Pais e filhos chegam então ao fim do percurso sem o bote nem o remo, tristes, magoados e decepcionados uns com os outros.
1.3 Ausência do Pai um Problema Crescente
Segundo TIBA[5] (1996, p. 165).
A educação ativa formal é dada pela a escola. Porém, a educação global é feita a oito mãos: pela a escola, pelo pai, pela e pelo próprio adolescente. Se a escola exige o comprimento de regras, mas o aluno disciplinado tem a condescendia dos pais, acaba funcionando como um casal que não chega a um acordo, quanto a educação da criança. O filho vai tirar o lucro da discordância pais-escola da mesma forma que se aproveitam quando há divergências entre o pai e a mãe.
Uma criança que não tem limites no seu lar, que não respeita seus pais e nem os avós como autoridade, dificilmente reconhecerá tal autoridade em seu professor, na escola ou em qualquer lugar que for. Este sempre trará a negatividade para dentro da escola ou lugares por onde passar. Pois o mesmo precisa entender que existe normas e regras em todos os lugares, por isso que é necessária a contribuição dos pais nestes sentidos de impor limites aos seus filhos. Vimos que muitos pais acham bonito o que a criança faz isso dando autonomia para esta criança fazer dos adultos uma peteca.
O comportamento da criança vem já com a educação da família, a escola só transmite o conhecimento e irá prepara-se para lidar com uma formação continuada. A questão é que na maioria das vezes as crianças trazem problemas de casa.
- A FAMÍLIA A CRIANÇA E A APRENDIZAGEM
2.1 A importância da família na vida da criança.
Os humanos são dotados de um cérebro indiscutível superior ao de qualquer animal. Essa superioridade se reflete na curiosidade insaciável da criança e na empolgação pela descoberta e pelo conhecimento.
A realidade sócio-cultural a qual a criança pertence, configura pontos de partida no processo ensino aprendizagem. O provérbio latino diz: “As palavras comovem, os exemplos arrastam” diz o quanto é importante à ação do professor, como mediador na aprendizagem, bem como no relacionamento família, escola. Existem pais que vão até a escola e na frente do professor chama a atenção do filho, mas em casa agem totalmente diferente até mesmo dando lado para a criança falar mal do professor, avós enfim pessoas adultas do seu convívio.
Sendo que a influência da família é vital para a educação. É marcante decisivo e primordial para o desenvolvimento da aprendizagem da criança. A raiz do aprender vem da família, qualquer que seja o seu tipo de cultura e berço de sua segurança.
O relacionamento família é o alicerce de sua formação. Pais e filhos incidem no desenvolvimento do indivíduo a ponto de definir sua atitude de dependência ou não. Porém, a família no mundo moderno, perdeu o conceito de “doação e fraternidade” que se conhecia, culminando com os sem números de lares desfeitos, onde os filhos sofrem os inconvenientes, as inconstantes e os desentendimentos dos pais, quando não, pelo “anseio de liberdade” que normalmente casais esperam reconquistar. Insegurança, medo, amor e raiva são alguns dos conflitos que atormentam as crianças diante de um novo relacionamento dos pais.
2.2 A Relação Professor e Aluno no Processo de Ensino Aprendizagem
As relações humanas, embora complexe, são fundamentais na realização comportamentais e profissionais de um indivíduo. Desta forma a análise dos relacionamentos entre professor e aluno precisa ter um laço de amizade e respeito para que o aprendizado se torne mais fácil comportamental dos seres humanos.
Segundo GADOTTI[6] (1999, p. 2), “o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar–se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo o que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida” .
Isso significa que o professor não é o dono do saber, mas o conteúdo a auto estima e o diálogo se tornam importantes para um bom relacionamento professor e aluno. O professor facilita a aprendizagem dos alunos que estão abertos às novas experiências, procurando compreender os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los a auto realização.
“Uma boa aula é como uma refeição: quanto mais atraentes estiverem os pratos que você, cozinheiro-professor, dispuser sobre a mesa, mais os alunos desejarão saboreá-los”. (TIBA[7], 1998, p.20).
É como se fosse uma aula saborosa e não deixasse os alunos ociosos. Informações atraentes produzem resultados semelhantes: quantos mais sabemos, mais queremos aprender. O professor precisa ter suas aulas atraentes e ter humos, a clareza, além do seu objetivo final: ser útil.
A família entra então como um tesouro contido neste sujeito, e á medida que o professor vai descobrindo e aproximando de seus valores ele vai ampliando a compreensão sobre o processo da criança e do contexto de onde ele veio.
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