INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, com as várias mudanças ocorridas relacionadas ao processo de globalização da economia, vem interferindo na estruturação familiar, dificultando a interação necessária que deve existir entre família e escola. Este artigo foi elaborado com o objetivo de verificar processo educativo dos filhos dentro de uma família, onde que trabalhando adequadamente com a educação e os valores familiares, conseguirá transformar esta sociedade mais justa e ética.

              O presente artigo está composto por assunto referente o tema sendo que fala da Constituição da Família Brasileira, também diz respeito à Família, a Criança e a Aprendizagem, onde mostra que a família é essencial para que a criança ganhe confiança e se sinta assistida e a escola como complemento familiar, ou seja, o seu segundo lar, aquela que educa, orienta e prepara para um futuro digno na sociedade, sobre o adolescente como encarar o tão difícil rito de passagem enfrentado por nossos alunos, pois formar crianças e adolescentes sociáveis, felizes, livres e empreendedores são um belo desafio nos dias de hoje. Tendo base e referência a Escola Municipal Francisco Donizeti de Lima que tem enfrentado sérios problemas com a participação dos pais na vida escolar dos filhos, sendo a causa de grande parte da dificuldade na aprendizagem..

  • CONSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA BRASILEIRA 

          1.1 A família brasileira ao longo dos tempos.

Sabe-se que a família brasileira sempre foi pensada na História do Brasil no período colonial. Nós ainda em certa época não sabíamos do perfil da família, onde víamos sempre a imagem da família patriarcal. E assim, sempre foi visto e para que o povo entende-se melhor sobre as normas da família brasileira ao longo dos tempos.

Pesquisas recentes têm tornadas evidentes que famílias extensas do com estruturas mais simples e menor números de integrantes. Isso significa que as descrições de Freyre[2] (1987) para as áreas de lavouras canavieiras do Nordeste foram impropriamente utilizadas e devem ser reelaborados nas famílias, a partir de critérios que levem em conta temporalidade. A família brasileira apresentava-se um modelo extenso, submetendo-se seus membros à autoridade soberana do pai. Em torno da figura do pai girava toda a vida familiar. Ele dominava o centro da família e sobre as pessoas que com ele habitavam. Já a mulher ela liderava a organização da família era em tudo e por tudo, patriarcal. Os casamentos, por exemplos, eram por conveniência.

A família patriarcal era, então, a espinha dorsal da sociedade e desempenhava os papéis de procriações, administração econômica e direção política. Nas casas das fazendas dos patrões, nasciam numerosos filhos, netos, que ali ficavam para trabalhar e ajudar na organização da fazenda, os pais traçavam o futuro destas pessoas. Cada um com seu papel, todos se moviam segundo intensa cooperação. Muitos das famílias casavam-se com parentes para preservar a fortuna do clã e suas propriedades sob chefia do patriarca.

A pátria é a família amplificada. É família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestruturada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas (..). Multiplicai a família, e tereis a pátria. (Ruy[3] Barbosa)

             Até os meados do século XIX, a família patriarcal era o modelo perfeito. Este modelo de família era reduzida das cidades comerciantes, profissionais liberais e altos funcionários públicos transportava esse modelo para a vida urbana, a mulher era restrita a cuidar somente dos funcionários escravos que cuidavam da destilação de vinhos e fabricação de roupas.

1.2 O Desafio de Educar os Filhos

“Num mundo em que criar filhos é tarefa mais complexa do que foi para as gerações anteriores e o perfil da família se diversifica, os pais se perguntam: O que se espera que nós façamos?”. (ARAUJO[4], 2005, p. 34).

Criar filhos existe grandes obstáculos, emoções como se fosse descer a corredeira de um rio num bote inflável, muitas possibilidades de acidentes pela frente. Pura adrenalina do começo ao fim. Há famílias que conseguem controlar bem o bote e contornar as pedras que surgem pelo caminho com sabedoria e habilidades. Pra elas, a aventura torna uma experiência prazerosa e enriquecedora. Outro, no entanto, não encontra esse ponto de equilíbrio, e acaba se chocando contra as pedras e naufragam. Pais e filhos chegam então ao fim do percurso sem o bote nem o remo, tristes, magoados e decepcionados uns com os outros. 

1.3 Ausência do Pai um Problema Crescente

Segundo TIBA[5] (1996, p. 165).

A educação ativa formal é dada pela a escola. Porém, a educação global é feita a oito mãos: pela a escola, pelo pai, pela e pelo próprio adolescente. Se a escola exige o comprimento de regras, mas o aluno disciplinado tem a condescendia dos pais, acaba funcionando como um casal que não chega a um acordo, quanto a educação da criança. O filho vai tirar o lucro da discordância pais-escola da mesma forma que se aproveitam quando há divergências entre o pai e a mãe.

 Uma criança que não tem limites no seu lar, que não respeita seus pais e nem os avós como autoridade, dificilmente reconhecerá tal autoridade em seu professor, na escola ou em qualquer lugar que for. Este sempre trará a negatividade para dentro da escola ou lugares por onde passar. Pois o mesmo precisa entender que existe normas e regras em todos os lugares, por isso que é necessária a contribuição dos pais nestes sentidos de impor limites aos seus filhos. Vimos que muitos pais acham bonito o que a criança faz isso dando autonomia para esta criança fazer dos adultos uma peteca.

O comportamento da criança vem já com a educação da família, a escola só transmite o conhecimento e irá prepara-se para lidar com uma formação continuada. A questão é que na maioria das vezes as crianças trazem problemas de casa. 

  1.  A FAMÍLIA A CRIANÇA E A APRENDIZAGEM

          2.1 A importância da família na vida da criança.

Os humanos são dotados de um cérebro indiscutível superior ao de qualquer animal. Essa superioridade se reflete na curiosidade insaciável da criança e na empolgação pela descoberta e pelo conhecimento.

A realidade sócio-cultural a qual a criança pertence, configura pontos de partida no processo ensino aprendizagem. O provérbio latino diz: “As palavras comovem, os exemplos arrastam” diz o quanto é importante à ação do professor, como mediador na aprendizagem, bem como no relacionamento família, escola. Existem pais que vão até a escola e na frente do professor chama a atenção do filho, mas em casa agem totalmente diferente até mesmo dando lado para a criança falar mal do professor, avós enfim pessoas adultas do seu convívio.

Sendo que a influência da família é vital para a educação. É marcante decisivo e primordial para o desenvolvimento da aprendizagem da criança. A raiz do aprender vem da família, qualquer que seja o seu tipo de cultura e berço de sua segurança.

O relacionamento família é o alicerce de sua formação. Pais e filhos incidem no desenvolvimento do indivíduo a ponto de definir sua atitude de dependência ou não. Porém, a família no mundo moderno, perdeu o conceito de “doação e fraternidade” que se conhecia, culminando com os sem números de lares desfeitos, onde os filhos sofrem os inconvenientes, as inconstantes e os desentendimentos dos pais, quando não, pelo “anseio de liberdade” que normalmente casais esperam reconquistar. Insegurança, medo, amor e raiva são alguns dos conflitos que atormentam as crianças diante de um novo relacionamento dos pais. 

              2.2 A Relação Professor e Aluno no Processo de Ensino Aprendizagem

    As relações humanas, embora complexe, são fundamentais na realização comportamentais e profissionais de um indivíduo. Desta forma a análise dos relacionamentos entre professor e aluno precisa ter um laço de amizade e respeito para que o aprendizado se torne mais fácil comportamental dos seres humanos.

Segundo GADOTTI[6] (1999, p. 2), “o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar–se na posição de  detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo o que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida” . 

             Isso significa que o professor não é o dono do saber, mas o conteúdo a auto estima e o diálogo se tornam importantes para um bom relacionamento professor e aluno. O professor facilita a aprendizagem dos alunos que estão  abertos às novas experiências, procurando compreender os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los a auto realização.

 “Uma boa aula é como uma refeição: quanto mais atraentes estiverem os pratos que você, cozinheiro-professor, dispuser sobre a mesa, mais os alunos desejarão saboreá-los”. (TIBA[7], 1998, p.20).

              É como se fosse uma aula saborosa e não deixasse os alunos ociosos. Informações atraentes produzem resultados semelhantes: quantos mais sabemos, mais queremos aprender. O professor precisa ter suas aulas atraentes e ter humos, a clareza, além do seu objetivo final: ser útil.
               A família entra então como um tesouro contido neste sujeito, e á medida que o professor vai descobrindo e aproximando de seus valores ele vai ampliando a compreensão sobre o processo da criança e do contexto de onde ele veio.

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