A alfabetização vem sendo nos últimos anos um ponto de atenção em relação ao processo de ensino e aprendizagem. Visto que tem papel crucial no desenvolvimento escolar da criança. Cabe lembrar que alfabetização neste processo evolutivo passa por transformações de pensamentos, pontos de vistas, mas não perde a ênfase de sua importância.

 Em nível federal ocorreram nos últimos anos várias iniciativas e programas de formação dos professores alfabetizadores, bem como incentivo a estudos que busquem clarificar cada vez mais o que é alfabetizar, sua importância superando as fragilidades encontradas na atualidade brasileira. Visto que se encontra um alto índice de analfabetismo e o nosso país esta no ranking mundial entre os piores resultados de alfabetização que há muito analfabetos, mas daqui a um tempo vão estar em ótima classificação porque estão correndo atrás do estudo de como é importante a alfabetização em nosso convívio. Nesta perspectiva é fundamental e necessário organizar melhorias em vários fatores que envolvem o processo de alfabetização, desde a formação inicial do professor alfabetizador na formação continuada e na relação prática em sala de aula. Identificar as causas e promover melhorias tanto na prática como nas concepções de aprendizagem sobre alfabetização e desenvolvimento humano.

 É partindo desde princípio e acordo assumido pelo governo federal que se inicia pesquisas, estudos e implementação de melhorias na alfabetização. Uma delas que pode ser citada é o Pacto pela Alfabetização na idade certa. Mas antes já são observados outros programas de formação do professor alfabetizador como o PROFA (Programa de Formação de Professores Alfabetizadores) e o Pró- Letramento a qualidade de educação cada qual desenvolvido em nosso Município como formação continuada promovida pelo governo federal com objetivos de melhoria do processo de alfabetização, em cada uma destas formações são observadas diferenças de posicionamentos, concepções, porém todas importantes para sua época e melhorias na qualificação do educador.

 Cabe lembrar que a alfabetização sofre com o passar do tempo histórico mudança de conceitos, concepções e teorias, onde a criança ou indivíduo sofre influência direta na forma como é alfabetizada e vista como sujeito ativo do processo ou mero receptor mecânico do código escrito. Todas estas reflexões promoveram e promovem transformações cada vez mais significativas no processo do aprender. Segunda a autora Elvira Souza Lima.

“Quando uma entra na instituição educativa, sua experiência ali, o que lhe é ensinado tornam-se constitutivo de sua pessoa, modificando-a continuidade. isso significa que todo e qualquer processo de ensinoaprendizagem se insere em um contexto mais amplo de constituição da pessoa, porque a aprendizagem na escola não se efetua como um processo paralelo e dissociado de outras vivências e de outras instâncias de apreensão e compreensão” (2008 p34). Sendo assim compreender a alfabetização ultrapassa o ler e escrever o código da língua escrita de forma mecânica, mas a alfabetização tem fator essencial na inserção do indivíduo na sociedade aprendera ler e escrever, compreender e saber fazer uso da língua escrita em diferentes situações. Segundo Magda Soares alfabetizar inicia na Educação Infantil, onde são desenvolvidos pré- requisitos do desenvolvimento humano.

 A escola no município tem como objetivo de transformar a alfabetização dos educando de Sorriso com qualidade, promover um salto de melhoria nos baixos índices apontados no Brasil, mas que também são observados em nível Municipal e estadual.

 Atualmente estes dados são monitorados e acompanhados por registros dos sistemas de avaliações aplicados no Brasil, um desses Índices de Desenvolvimento da educação Brasileira - IDEB entre outros como o acompanhamento da formação dos professores futuros professores toda assumida pelo Brasil.

 Esta preocupação ocorre desde a educação infantil, tendo em vista que é neste nível que se inicia o processo de inserção da criança com o mundo da leitura e da escrita, socialização, o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático a ampliação do vocabulário, contato com regras e convívio em grupo, além do desenvolvimento da atenção, concentração, percepção, imaginação, memória e autonomia, assim a criança terá probabilidade de sucesso educacional. Uma escola com o projeto educacional claro planejado obtém grandes possibilidades de sucesso na alfabetização de seus alunos, como observa os autores “Para planejar o processo de alfabetização e ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa de texto tomou quatro eixos direcionados: leitura, produção de texto escrito, oralidade e analise lingüística” (MAGALHÃES ETAL2012, p. 07).

 Já citado pelos autores a escola precisa ter um planejamento, partindo de um eixo onde sua fundamentação teórica e ações práticas cheguem ao objetivo desejado em relação alfabetização. Nesta perspectiva é fundamental definir que a opção de equipe escolar faz em relação ao processo de alfabetizar, clarificar os conceitos de a equipe traçar metas coletivas, bem como avaliar na instituição o desenvolvimento e resultados. No eixo de leitura é fundamental citar que a criança necessita ler, ouvir e conviver com vários gêneros de leitura e isto desde a educação infantil, pois quando o projeto é da escola estas iniciativas iniciam na Educação infantil e concretizam-se no ensino fundamental com uma alfabetização consciente. A leitura envolve aprendizagem de diferentes habilidades, como: o domínio dos signos e significados que implica na transformação da oralidade em escrita, escritas que possua informação, compreensão de informações explícitas e implícitas do texto lido, a construção de sentido. Quanto mais vezes se leem e ouvem os textos mais será elaborada a produção por parte do leitor, ler é compreender o que está escrito, entender o vocabulário utilizado viajar nas entrelinhas e sentir o prazer e assimilar o contexto do que está escrita. No processo inicial de apropriação do Sistema de Escrita Alfabética, cabe ao professor ser o mediador da turma auxiliando os alunos na elaboração dos objetivos e hipóteses de leitura e escrita. A criação de hipóteses antes e durante o ato de ler e escrever, esta correlacionando aos conhecimentos prévios dos aprendizes com aqueles que se podem reconhecer o texto, é um processo decodificar, compreender, de imaginar, criar, e arquivar o conhecimento aprendido, nesta fase inicial a leitura de imagens é um bom exemplo deste processo.

 Enquanto a criança observa a imagem imite frases, falas como se estivesse lendo um processo natural de criação e imaginação, bem como de imitação do mundo leitor fundamental para aprendê-lo a ler, ler para nossos alunos é prático e fundamental para despertar o gosto e o desejo pela leitura é onde eles aprendem a gostar e começam a ter curiosidade em ler. Entretanto, ler não é o sinônimo de contar histórias, as duas têm papel importante na aprendizagem, contudo a escola precisa praticar o hábito de ler, quando o professor lê uma história para seus alunos os mesmos ficam interessados e despertam a vontade em saber o que está escrita, o querer ler, inclusive ler aos seus colegas em sala de aula ao ler aos colegas o aluno está tendo coragem de aprender as primeiras palavras

 Quando lemos o texto escrito para nossos alunos permitimos que eles aprendessem aspectos peculiares da modalidade escrita, ou seja, como a estrutura sintática, o vocabulário, os elos coesivos. Quando contamos com as nossas palavras e não os do autor deixaram de propiciar a convivência da criança com a linguagem escrita, embora outras aprendizagens possam ser realizadas. É fundamental que o professor alfabetizador utilize diferentes estratégias de leitura, sem esquecer que a leitura é o canal de entrada e de sentido ao querer ler, pois se não sentimos necessidade de ler ela não nos faz sentido não nos interessa e para aprender a ler precisamos estar conectados com o querer aprender e o trabalho sistematizado do professor. No nosso dia-a-dia, utilizamos a leitura com diferentes objetivos (lemos para obter informações sobre um assunto específico para termos informações na rua que muitas vezes para distrairmos para tudo que precisarmos), os quais direcionam nossas atitudes diante do texto. São estratégias práticas sociais que vivenciamos em nossas ações de leitores competentes que devem ser tomadas como base para o ensino e o trabalho em sala de aula com a leitura diminuindo cada vez mais as atividades artificiais e proporcionando, com mais intensidade, e as atividades próximas às práticas sociais do letramento.

 Quando se fala em escrita, no primeiro ano é comum que se associe esta atividade como um fazer diário ler e escrever, porém o texto pode ser uma palavra, uma lista de palavras uma história recontada, uma história criada, a letra de uma cantiga, uma quadrinha, um poema, um anuncio, uma propaganda, um provérbio, uma história literária, um bilhete, uma receita, um cartaz entre outros exemplos a serem escritos em sala de aula para o aluno começar a desenvolver seu próprio texto. Partindo dessa forma o aluno esta espontaneamente em contato com a leitura e escrita e o aprender a ler e escrever serão conseqüências do fazer sistematizado do professor.

 Levar ao aluno a escrever “do jeito que acha que é” é uma maneira de incentivá-lo a buscar estratégias para colocar no papel o que quer informar ao seu leitor. Quando solicitamos que a criança faça um desenho sobre a parte que mais gostou de uma história ouvida e escrever sobre esta parte para divulgar em um mural para que outras pessoas possam ler e entender o que eles fizeram, proporcionamos uma reflexão sobre a escrita e a busca de soluções para as questões que se colocam acerca da apropriação do sistema de escrita.

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