Sempre procuro não me ideologizar.

Motivo pelo qual não sou definido epistemologicamente. 

Não tenho epistemologizações fechadas em minha memória. 

Todo fenômeno é complexo.

A respeito da verdade só é possível  a sua aproximação à compreensão.

Construções relativas ao tempo histórico.

A verdade é um fenômeno em si, entretanto, incompreensível.

Sendo desse modo, epistemologicamente, a verdade não existe.

Em seus aspectos complexos e absolutos.

A linguagem é construída com o objetivo de ser absoluta.

Um lamentável equívoco.

Nem mesmo os dialéticos sabem refletir em suas  parcialidades.

Razão pela qual a fala é enganosa.

 

Existe uma relação quase imponderável.

Entre os mundos fenomenalizados e as lógicas das linguagens.

A diferença fundamental.

Os mundos fenomenológicos resultam de complexidades de fenômenos semelhantes.

Também contrariados.  

Do mesmo modo a linguagem  como produto de sínteses diversas e complexas.

 Antagônicas.

O conhecimento para o mundo fenomenológico.

Tão somente a projeção sintética sistematizada na razão.

O saber é a memória solidificada como síntese ideológica.

O conhecimento pelo menos em parte uma retroprojeção sintética. 

 

O mundo fenomenalizado.

Portanto, as significações do entendimento fenomenológico.

 São produções culturais diversas.

Semelhantes às produções sintéticas intelectivas.

Com efeito, a fenomenalização é uma ideologização parcial.     

Portanto, os objetos são composições incompletas.

Tudo pelo menos relativamente ideologia.

Não é da natureza da Ratio Sapiens.

Compreender a verdade.

 

A verdade quando não é antagônica em sua essência.

 Uma projeção enganosa.

Pelo menos em parte mentirosa.

Portanto, afirmar que alguma coisa é.

Significa não estar dizendo absolutamente a realidade.

No mundo da natureza do espírito.

Em sua forma acabada nada poderá ser.

História, economia, Psicologia, Filosofia, Política e particularmente o mundo artístico.

Refiro a essência das fenomenalizações.

Jamais ao método indutivo empírico.

Aplicado à lógica das ciências naturais.

As únicas objetividades possíveis referem às leis da natureza.

Tudo que resulta das formulações do espírito.

São dialetizações pelo menos parcialmente equivocadas.  

Não é possível a objetividade no campo estritamente da cultura.

Quando alguém desenvolve uma análise econômica associada a alguma ideologia.

Tanto no liberalismo como no marxismo.

Está essencialmente mentido, apesar de ter a convicção que fala a verdade.

No entanto, não tem nem mesmo a consciência. Que sua linguagem é uma ilusão exegética.

Igual a um pastor ou padre que prega a existência de deus.

Alienação é tão brutal  pensa ter a certeza objetivada.

A estrutura da memória é tão mecânica em sua processualidade.

Que retira da razão a capacidade de perceber a alienação.

Como se não existisse a mentira epistemológica.

Quando uma pessoa tem a certeza da verdade.

A sua memória não é mais recuperável.

 Do ponto de vista cultural morfologicamente.

Portanto, todos aqueles que falam como se tivessem realizando uma análise real.

São inúteis para o processo civilizatório.

Pois suas memórias deformadas são irrecuperáveis.

Prática que acontece em todos os níveis fenomenológicos.

 Do mundo da academia a religião e a política.

Com efeito, as únicas pessoas respeitáveis são aquelas que academicamente.

 Refletem ponderadamente considerando todos os aspectos.

 Em  relação ao particular  e a complexidade.

Direcionando o conhecimento dentro do tempo e do espaço.

Considerando as contradições, possibilitando a parcialidade do saber.

 Na perspectiva tão somente aproximativa. 

 

 Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.