A EVOLUÇÃO CONCEITUAL DO MARKETING

A EVOLUÇÃO CONCEITUAL DO MARKETING

RESUMO
Este artigo científico apresenta o marketing em suas formas e como evoluiu ao longo do ultimo século e a sua trajetória em cada década até os dias de hoje, se transformando e, diretamente, impactando a vida da sociedade, e como os pensadores e cientistas empregaram os seus conceitos para mudar a rotina e o pensamento das pessoas, transformando idéias e rotinas de compra, meios de comunicação e novos mercados e produtos, alem de apontar a relação com o consumo e a vontade de bem estar comum.

Palavras-Chave: marketing, evolução do marketing, marketing promocional, comunicação

INTRODUÇÃO
Marketing, no âmbito geral, seria uma avaliação das oportunidades, satisfação de desejos, e atividades dirigidas a estimular a troca entre produtores e consumidores. Mas para isso necessário salientar as palavras chave: Satisfação de desejos, avaliação de oportunidades, estimular a troca entre quem produz e entre quem consome.
Vários autores definem o Marketing como todas as atividades destinadas a promover relações de troca entre um emissor e um receptor; um produtor e um comprador, mas essa relação de troca deve ocorrer no momento certo, por meio de canais adequados e também por meio de mensagens apropriadas, mensagens que atinjam o foco de interesses dos segmentos-alvo.
A História do Marketing e sua relação com o varejo
A palavra marketing é derivada do latim, mercari, que significa comércio, ou ato de mercar, comercializar ou transacionar, e, segundo o professor Cobra (1997) o conceito da palavra marketing se define em uma expressão anglo-saxônica.
Assim menciona Gomes (2007) quando se fala em Marketing, a primeira coisa que vem a mente da maior parte das pessoas é de que maneira a relação é feita entre uma organização e o seu publico externo, aquele representado pelos consumidores de seus produtos e serviços, pelos fornecedores de insumos e matérias-prima, pelos acionistas, pelos provedores de recursos materiais e financeiros e, de certa forma, pela sociedade em geral, sem mencionar o quão essa organização precisa estar preparada para os acontecimentos e os impactos que são gerados meramente pela sua existência.
Conforme a Wikipédia (2007) menciona na própria gênese do comércio o marketing sendo um campo de estudo novo se comparado com os demais campos do saber. Antes da Revolução Industrial os modelos de produção ocidentais eram essencialmente artesanais. Naquele período, os profissionais, dentre eles o ferreiro, o alfaiate, o sapateiro, produziam para um dado consumidor, independente de ser ele uma pessoa ou uma organização, e atendendo-os quase que apenas sob encomenda ou sob medida, com isso, a capacidade de produzir em série, acabou focando principalmente os produtos básicos.
A padronização, onde eram raras as opções e variações, trouxe consigo hábitos de consumo novos, mas aplicáveis à massa, ao mercado no seu mais amplo sentido, seja ele geográfico ou demográfico. Apesar dos novos processos produtivos e dos maciços investimentos em capitais, instalações e equipamentos, poucas eram as plantas industriais, tornando-se ínfima a concorrência, as políticas governamentais de implantação de indústrias e preservação do crescimento, daquela época, estabeleciam disputas quase que apenas entre os produtores de um país ou continente e os mercados consumidores de outros.
Os produtos básicos chegavam aos mercados atendendo a demandas concentradas e já claramente definidas, eram elas através de produtos de alimentação, vestuário, higiene ou outras igualmente essenciais. Diante disto, os produtos, que antes da Revolução Industrial eram objeto de encomendas, com ela passaram a ser industrializados e estocados.
Os mercados passaram a ser estudados como meras vias de distribuição e escoamento dos estoques, acabando por estabelecer regras e princípios de maior produtividade, tais como mais máquinas, maior carga de trabalho, meios e vias de transporte, desde as fontes produtoras até os canais de distribuição, tais como os grandes entrepostos atacadistas e armazéns varejistas, surgindo assim os intermediários e a maximização de lucros.
Com o fim da Segunda Grande Guerra, até a primeira metade do século XX, os pensadores ocidentais começaram a produzir os primeiros ensaios objetivando compreender o consumidor e seus hábitos de consumo, mas o foco ainda era o produto e como vendê-lo mais, Las Casas (2006, p. 21) resume a evolução histórica do marketing em três fases: "a era de produção, em que o objetivo era aumentar a produtividade para vender mais; a era de vendas, em que os empresários necessitavam vender para zerar os estoques, e a era do marketing." Com isso torna-se imprescindível avaliar o conhecimento da evolução do marketing, dentro de seu contexto histórico.
Diversos autores denominaram o estudo da mercadologia como o empenho em elaborar pesquisas, estudar formas de vendas, meios de distribuição, desenvolver promoções e demais serviços agregados ao processo, buscando, inclusive, meios para produzir mais e mais, transportar mais e com maior rapidez, distribuir, através de intermediários, por canais concentrados em grandes entrepostos e capilarizados em armazéns, tendo como objetivo primordial atender a mercados de consumo de massa. Esse conceito é bem explicado por Seitz (2005): "A origem do termo estratégia remota ao grego, "strategía", aplicada ao planejamento e execução de operações militares, com vista a alcançar determinados objetivos".
As agências de marketing promocional surgem para suprir as necessidades das empresas em colocar em prática a estratégia de divulgar algum produto ou serviço, marca ou até mesmo reposicionar um determinado público ao seu produto e para isso oferece serviços que podem ir desde o planejamento financeiro, operacional, à criação de uma campanha, espaço e tempo para essa execução, além do material humano e ferramentas tecnológicas para gerar um resultado esperado ou até superar expectativas do cliente. Daí o indispensável canal de distribuição que mais tarde se tornaria o principal meio conhecido como mercado ou supermercado ou simplesmente varejo. Assim como Mello at al (2006) explica: "o reconhecimento de oportunidades de negócios pode ser amplamente dividido em três conglomerados: identificação, avaliação e busca de oportunidade de mercado".

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante lembrar que cada década sofreu uma influência distinta do marketing e assim foram importantes para a sua melhoria e formas de utilização para influenciar a sociedade como um todo.
Meados de 1940 vários pensadores estudaram como a psicologia podia afetar mudanças de comportamento no consumo e como o varejo teve que se adequar a essa nova realidade e nesse artigo apresentamos a ingerência da guerra nesse período.
Já nos anos 50 criavam novas ferramentas de aproveitamento e surgiram livros importantes sobre o assunto, mas a mudança drástica ocorreu nos dourados anos 60 onde a imagem do custo e lucro mudou para o conceito de satisfação coletiva. Com isso, na década de 70 as empresas já viam o Marketing como um departamento estratégico em seus negócios e levando aos anos 80 o ideal de usar o mesmo para atingir às massas e empresas de todos os tamanhos para a sua empregabilidade. A internet, rede virtual de acesso, foi o auge no inicio de 1990 e transformaram conceitos, avanço tecnológico desenfreado e jeito de pensar e de socializar e até os dias de hoje, considerado um dos maiores e melhores canais para a utilização de todas as ferramentas e surgimento de outras novas para o Marketing.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cobra, M. H. N. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 1992.
Gomes, Giovana Alves, Endomarketing: Fator Motivacional para Clientes Internos, 2007
Las Casas, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 7 ed. São Paulo: Atlas,
2006.
Mello, Sérgio Carvalho Benício de, at al, Competências Empreendedoras de Dirigentes de Empresas Brasileiras de Médio e Grande Porte que Atuam em Serviços da Nova Economia RAC, v. 10, n. 4, Out./Dez. 2006

Seitz, Helgo Max, O Planejamento Estratégico de Marketing e o plano de Negócios, v. 1, n. 3, out.-dez./2005, p.91-126

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