A Estrutura das Revoluções Científicas.

Epistemologia de Thomas Kuhn.

19922-1996.

Diz o grande filósofo da Ciência,  o que existe na prática no mundo do fundamento científico entre os tempos diferentes, a respeito da investigação científica são descontinuidades radicais dos paradigmas.

Kuhn Ficou famoso pela elaboração da sua magnífica obra. A estrutura das revoluções científicas, trabalho redigido ainda na sua época de estudante de graduação de física teórica na universidade em Harvard, despertando ao mundo sua magnífica inteligência com a contribuição dada ao instrumento epistemológico.

Formulou a história do fundamento do desenvolvimento da ciência, como algo contínuo e progressivamente, sempre tendo a teoria como critério de aproximação da verdade.

O uso contínuo dos paradigmas, tendo a verdade como estabelecida apenas em referência ao que se determina como conceito da proximidade relativa.  O indispensável na estrutura das revoluções científicas modernas.

Sua  fundamental  argumentação, o que existe no mundo prático dos paradigmas, as descontinuidades radicais entre os tempos históricos ou períodos diferentes na investigação científica.

Desenvolvendo o princípio que a ideia de progresso não seja essencialmente contínua e por outro lado, insustentável ao logo dos diversos períodos.

A história da ciência, dizia Kuhn, determina-se por mudanças radicais revolucionárias em longos períodos da construção da própria ciência.

  Existem os períodos da chamada ciência normal, em que a ciência se conserva, sem o desenvolvimento radical das mudanças.

Nesses períodos não existem as adesões de novas hipóteses, entretanto, novas pesquisas com o tempo originam outras hipóteses, que experimentadas e comprovadas passam a ser aceitas.

 Nesse instante acontece uma nova revolução epistemológica a mudança do paradigma, portanto, estabelece novo critério para apuração da verdade.

Começa então, a destruir o velho sistema, dando origem a um novo paradigma, sendo que o anterior sustentava-se sobre uma rede de hipóteses e crenças entre si aceitas pela comunidade científica. O que fundamenta o caminho da pesquisa, naturalmente o desenvolvimento da ciência.

Para Kuhn apenas resultados que procuram de certo modo fortalecer o paradigma do momento, consegue obter aceitação no período denominado de ciência normal, o que é superado posteriormente por uma nova condição cultural.

O paradigma nunca é questionado em um período tido como normalidade da sua fundamentação.  Porém de tempo em tempo essa situação descrita por ele muda, os paradigmas são derrubados por verdadeiras revoluções intelectuais.

A concepção do intelecto formulada por novos processos de sínteses articuladas no campo experimental revoluciona a ciência.

Isso acontece quando o paradigma fracassa em oferecer padrões adequados para o entendimento dos fenômenos, surge, com efeito, um modelo novo, mais eficiente nas explicações cientifica.

O deslocamento do paradigma provoca uma nova revolução, a ciência é a continuidade de suas revoluções, o que não podemos esquecer que os paradigmas são frutos dos tempos históricos culturais. O que significa que cada paradigma tem o seu tempo histórico adequado.

Exemplos de substituições de paradigmas: a teoria heliocêntrica de Copérnico, substituiu a ideia ptolomaica de que o sol girava em torno da terra, a visão anterior modificada passou a ser entendida a partir do novo entendimento como absurda.

Ou a ideia de Einstein, a respeito da Física clássica de Newton, a substituição pela noção de movimento e relatividade, em relação à ideia de espaço compreendido por Newton, são exemplos de revoluções epistemológicas na perspectiva das substituições dos paradigmas.

Outro grande trabalho prestado por Kuhn foi o desenvolvimento da sua noção de incomensurabilidade, a qual desafiava a ideia de que a ciência está no caminho de um avanço progressivo em direção ao estabelecimento á verdade última. Esse conceito foi totalmente destruído, entendendo a ciência numa perspectiva constantemente descontínua.

Argumenta o filósofo, a evidente rejeição de um paradigma prévio, ou mesmo anteriormente aceito em favor de um novo paradigma radicalmente diferente.

 Não admite naturalmente a ideia da ciência que avança em direção a sua perfeição última o que é do ponto de vista científico absolutamente inexistente.

Kuhn defende que o modo de um cientista entender o mundo, costuma ser radicalmente alterada quando surge um novo paradigma, o velho entendimento em relação ao novo, são qualitativa e quantitativamente incomparáveis.

Isso significa na prática em relação ao desenvolvimento da ciência que os cientistas movimentam em períodos históricos diferentes, com paradigmas às vezes antagônicos, dependendo do tempo histórico.

De tal modo que são habitações psicológicas completamente diferenciadas.  O mundo científico caminha por estruturas psicológicas específicas em seus campos históricos.

Esse subjetivismo em ciência transforma a ideia da verdade absoluta em uma noção questionável, sendo que é impossível investigar a ciência ou a natureza da realidade sem fazer uso dos paradigmas.

Para finalizar ele propõe ao entendimento da ciência como permanente revolução das ideias em compreensão do mundo, sendo que o mesmo muda-se historicamente, o tempo o senhor da relatividade da verdade.

Para Kuhn não existe mais razão para acreditar que as ideias estejam evoluindo em direção a uma verdade definitiva, essa ideologia científica, finalmente teve sua morte decretada. A ciência funciona por meio de cortes epistemológicos profundos como pensou outro grande filósofo da ciência, Bachelard.

Edjar Dias de Vasconcelos.